Re: Episódio 09 | Segunda Caça

**Fesant** Dom 23 Dez 2012, 20:34

O ninja felino então avançou impetuosamente. Ao desferir o corte em forma de cruz, o inimigo se assustou com a sorrateira presença em seus flancos, e tentou de imediato saltar para o galho de outra árvore. No processo, contudo, como não havia notado a aproximação de Hiro, e portanto sem ter reagido a tempo, a ponta de uma das espadas cortou levemente suas costas. Em seguida, o shinobi gatuno usou de mesma velocidade e furtividade para se afasta do inimigo e esconder-se. Contudo, com receio de ser seguido, não teve tempo o suficiente para sair por completo da zona de efeito daquela estranha névoa verde, e o resultado dessa ação começou a ser visto de pronto. Uma crise de tosse começou a tomar conta de Hiro, que de imediato sentiu dificuldades para respirar. Em seguida, notou que seu corpo estava progressivamente ficando mais dormente e, pelas suas capacidades médicas, concluiu que ficar muito tempo respirando aquele ar inevitavelmente lhe causaria uma paralisia total do corpo.

**Darthix** Dom 23 Dez 2012, 20:40

Ao notar as dificuldades encontradas por seu corpo, Hiro imediatamente procurou sair do alcance da névoa o quanto antes. Aquilo de fato lhe trazia problemas, e seu conhecimento médico confirmava isso. Entretanto, a sua velocidade extraordinária lhe permitiria sair dali sem quaisquer problemas, e foi o que fez. Sem as maiores delongas, o jovem híbrido se retirou dali, aproveitando pra reeencontrar o seu colega de equipe; o qual, pelo tempo passado, já deveria estar quase, senão, totalmente curado.

E quando se deparou com o aliado, viu que este ainda precisava mais de cura e tão logo de mais tempo fora de combate. Com um único selo, Hiro fez explodir em fumaça todos os clones, com excessão de dois deles. Um, continuou a cura, ao ser ordenado para tal ato pelo seu original. O demais, também pelo igual método, se preparou para acompanhar Hiro até o próximo local onde se refugiariam, próximos do inimigo.

Em poucos segundos o ninja médico reparou que não sentia mais as dificuldades ao mover o corpo encontradas devido à névoa. Provavelmente deveria evitar manter-se perto dela, se quisesse permanecer assim.

**Darthix** Dom 23 Dez 2012, 21:26

Ao se aproximarem do oponente, furtivamente, pararam para dar início ao plano de ataque. O original, o qual empunhava ambas katanas ainda de maneira invertida, tinha como diferencial agora o chakra azulado que percorria a lâmina destas. O clone, por sua vez, inicou uma sequência de selos, originando uma névoa sob o local, a qual se misturava à já existente. E como se não bastasse, conjurou 3 facas de chakra em sua volta que imediatamente se dirigiram para a posição do adversário, visando atingi-lo.

Enquanto Hiro via a sua réplica cobri-lo com seus ataques de longa distância, rapidamente se movimentou de maneira furtiva, e acima de tudo veloz, para as costas do oponente para onde quer que este fosse, visando pega-lo de surpresa com suas lâminas envoltas de chakra. Ao contrário dos demais golpes, entretanto, estas visavam agora os braços do inimigo, sob a tentativa de inutiliza-los até o restante do combate.

**Fesant** Dom 23 Dez 2012, 22:01

Quando o inimigo notou os projéteis de chakra, pouco tempo havia para escapar. Mesmo assim, com grande destreza, o adversário ainda inominado moveu-se seu corpo para o lado esquerdo, aproveitando o movimento para colar suas costas ao tronco da árvore. Provavelmente, havia se lembrado que Hiro utilizava clones, e que também atacava furtivamente pelas costas. E, de fato, era o que ocorreria. O ninja felino notou o movimento de seu alvo. Embora sua espada banhada em chakra tivesse a capacidade de cortar o tronco com o qual o inimigo havia protegido suas costas, ao fazer isso evidentemente iria desperdiçar parte do poder ofensivo. Por esse motivo, mudou seu movimento, para atacar o inimigo de frente. E quando Hiro apareceu diante de seu alvo, desferiu os dois golpes de katana. Entretanto, usando um salto acrobático, o inimigo fez uma cambalhota ao ar, aderindo ambos os pés ao tronco da árvore, a alguns metros mais acima, ficando de pé horizontalmente e, claro, escapando de ambos os ataques de Hiro.

Este, no fim, como havia feito até então, fugiu do alcance de combate corporal, escondendo-se no alto, entre as árvores. Contudo, e novamente, aquela estranha névoa novamente agiu sobre seu corpo, fazendo-o ficar novamente atordoado. Hiro estava protegido, pelo menos era o que imaginava. Enquanto estava se reestabelecendo, para finalmente escapar da zona de efeito da estranha névoa, o jounin notou através de sua técnica de rastreio que seu inimigo começou a se mover em alta velocidade em sua direção, como se soubesse a posição na qual se encontrava. Quando deu por si, o adversário estava sobre um galho de uma árvore atrás de si. Virando seu corpo para fita-lo, conseguiu percebê-lo no término de uma sequência de selos.

Imediatamente depois que o inimigo completo a sequência de selos, Hiro sentiu que sua visão estava ficando progressivamente mais turva, de forma rápida e assustadora, até que foi tomada pela mais completa escuridão. Em seguida, as memórias do clone que atacou com as facas de chakra retornaram ao jounin felino, informando-o também que a réplica havia sucumbido aos efeitos da névoa paralisante.

**Darthix** Dom 23 Dez 2012, 22:41

Totalmente incapaz de prosseguir a batalha, pelo menos daquela forma, Hiro notou que o único modo de escapar daqueles jutsus que em tanto lhe prejudicavam seria ao conseguir algum tempo. Para tal, lentamente voltou seu corpo para a direção contrária à do inimigo, mostrando querer fugir dele. E nisto, deu início a um selo, originando um Kage Bunshin a 5m de si, oculto, enquanto tratou de seguir até o mesmo, o qual se prontou a guia-lo para longe dali, sem que pudesse ser alvo de armadilhas.

**Sarutobi Hakuro** Dom 23 Dez 2012, 23:34

A cura estava completa, e com isto, Shizuma havia finalmente retornado ao campo de batalha! De sobrancelhas franzidas, o garoto agaixou-se e tocou o tronco em que se encontrava com uma das mãos, fazendo com que um selo de teletransporte se transfigurasse na madeira — Ôi, Hiro-kun, preciso de uma mãozinha! — Com a outra mão, retirou uma kunai de dentro de sua bolsa e estendeu para o clone, que havia acabado de reemdá-lo. A vida de seus companheiros dependiam do desempenho de Shizuma e Hiro, e o pequeno prodigio havia jurado para si próprio que não sacrificaria a vida de seu time ou os deixaria morrer em vão - o peso de perder Kuro já era alto o suficiente, a final! Num movimento rápido, realizou uma sequência de três selos, gritando em voz seca e firme — KAI! — O fluxo de chakra do Shinobi se alterou de maneira considerável. Injetando quatidades absurdas de energia em seus tecidos, Shizuma amplificou suas capacidades físicas de maneira exponencial; tamanha era a transferência de chakra que uma pequena alteração se formou no ar que envolvia o garoto, transparecendo um efeito de distorção similar ao que trepida na superficie de uma chama — Reikinjutsu: Seikishiki (Arte Espiritual Proibida: Cavaleiro Astral) — Volvendo o olhar para o clone, prosseguiu com as instruções de maneira rápida, e guardou ambas as katanas conforme se preparava.

**Darthix** Seg 24 Dez 2012, 00:03

O inimigo então decidiu esconder-se por dentre as árvores. Enquanto isso, um dos clones de Hiro escutava atenciosamente cada palavra de Shizuma, enquanto que o original por sua vez permanecia escondido em outro local ali próximo, juntamente com uma cópia sua.

Hiro encontrava-se pensando no que fazer para livrar-se da cegueira ocasionada pelo genjutsu. Eis então que uma ideia surgiu-lhe à mente, baseada em sua experiência como shinobi. As suas katanas, novamente empunhadas, encontravam-se ainda envoltas por chakra, de modo que permitiam que o seu plano desse certo. As mesmas foram pausadamente perfurando a barriga do jovem felino, causando o menor dano possível para que se livrasse da ilusão. O chakra que envolvia as lâminas permitia que tal dano fosse interno e mínimo, facilitando o seu sucesso.

E em questão de instantes, o híbrido pôde ver novamente tudo à sua volta, encontrando a libertação do genjutsu. A sua visão, entretanto, não podia ser a sua única opção de detecção do oponente, e como tal refez o seu jutsu de rastreio. Ao final das preparações, pôs fim à existência do clone à sua frente, visto que sua função já havia sido executada.

**Sarutobi Hakuro** Seg 24 Dez 2012, 00:37

— Hiro, prepare-se! — Comunicou de imediato, conforme seu plano entrava em ação. Shizuma forçou os pés contra o galho em que se encontrava, num movimento similar a alguém que se impulsionaria - mas, em vez disso, desapareceu em pleno ar, teletransportando-se através das dimensões em busca de seu oponente! Pretendia surpreendê-lo com sua furtividade absoluta, mas não era sua intenção atacá-lo de maneira direta. Caso visualizasse o oponente, tentaria imobilizá-lo com um agarrão, tirando proveito de sua força amplificada, tal como restringir as mãos do maldito para evitar que utilizasse algum jutsu. A submissão deveria ser precisa e inquebrável para que tudo aquilo funcionasse. Após ter o alvo devidamente assegurado, o clone arremessaria a kunai para o mais alto possivel, para a qual Shizuma se teleportaria e, após soltar o inimigo, o faria cair com tudo no chão!

Shizuma apareceu às costas do inimigo silenciosa e rapidamente. Sem que o mesmo pudesse fazer nada contra, o jounin o segurou, travando principalmente seus braços. Depois, aplicou toda sua força, amplificada pela sua técnica de controle de chakra. O adversário tentou resistir, mas foi inútil: um grito desesperado de dor e um som de ossos quebrando avisaram a Shizuma que os antebraços do capturado foram quebrados. Logo em seguida, o ninja gênio avistou a réplica de Hiro saltar ao ar, lançando em seguida a kunai que havia recebido. O clone em seguida, caiu ao chão, desfazendo-se em uma cortina de fumaça.

Avistando a kunai, Shizuma fez como o planejado: teleportou-se para a mesma, soltou o corpo do inimigo, com a cabeça do mesmo voltado para baixo, e em seguida teleportou-se de volta à posição de Hiro, ficando ao seu lado. O oponente, cujo nome não mais poderia ser descoberto, caiu ao chão em queda livre, sem nenhuma forma de defesa. O corpo do mesmo mal tocou o solo, e uma série de explosões e fumaça tomaram conta do mesmo. Alguns segundos depois, um corpo inerte, quase desnudo e completamente queimado restou caído.

A sucessão de explosões criou o som de fundo do fim da manobra. Conforme Shizuma reassurgir próximo a Hiro, em postura ereta, as luzes oriundas do fogo brilhavam na sua retaguarda, e o Shinobi apenas permaneceu ali, inerte e de olhos fechados, numa expressão visivelmente fúnebre ante o fato de ter, após tantos anos, assassinado novamente — Desculpe, mas entre meus companheiros e você ... a escolha foi óbvia. — Susurrou Shizuma, para si próprio, conforme seus olhos se abriram para vislumbrar Hiro, que estava logo ao seu lado. Com um suspiro, retirou uma tira do próprio kimono e amarrou os cabelos em seu típico rabo de cavalo, desativando suas técnicas e fazendo com que a aura de distorção dissipasse de seus arredores — Hiro-kun, acho que acabamos por aqui. Bom trabalho. — Comentou, volvendo o olhar para Hana, que havia lhe atacado, um tanto quanto desconfiado.

**Darthix** Seg 24 Dez 2012, 01:28

— Acabamos mesmo. Como ninja médico posso dizer que nosso oponente foi derrotado, haha. - Brincou Hiro, visivelmente satisfeito com o resultado da batalha. Não se importava mais com a morte de seu inimigo, afinal não se comparava em nada ao pequeno trauma sofrido tirando a vida do shinobi da Grama na recente missão. Tal frieza recém-adquirida, entretanto, havia permitido-o se focar na missão no momento atual, de forma que pôde esquecer o ocorrido e dar seguimento à missão. Como tal, se preparou para proferir suas próximas palavras: — Mas bem, temos que ver como estão Hana e Saturo. Siga-me. - E em um movimento rápido Hiro se dirigiu à localização dos restantes integrantes do grupo, sendo auxiliado pelo seu jutsu de rastreio que permitiria conseguir tal intento.

**Sarutobi Hakuro** Seg 24 Dez 2012, 01:36

Prostrado um pouco mais afastado, Shizuma fitou a Kunoichi desacordada e pôs uma das mãos no cabo de sua arma, aguardando enquanto Hiro a tratava. Lhe havia sido explicado que o descontrole anterior foi resultado que culminou de alguma espécie de poder, mas o Shinobi não confiava ou conhecia aquela mulher o suficiente para abaixar sua guarda diante dela uma segunda vez. Aguardando, permaneceu ali, e apenas alertou — Saturo-kun, irei levá-lo de volta a Konoha. Você está ferido, e fraco, e preciso que reporte a situação atual da missão ao Hokage. Seria bom se levasse o cadáver a ele, também, junto de Hana. Enquanto isso, proponho que Hiro e eu continuemos a missão. Boa parte do laboratório permanece inexplorada.

Saturo então acena positivamente com a cabeça, concordando em absoluto com as palavras de Shizuma. Este, por sua vez, após Saturo por em seus ombros o corpo do inimigo, tratou de teleportar-se junto com os outros dois até Konoha e, rapidamente, após deixar seu amigo em casa, voltou ao lado de Hiro, que terminava de fazer um pequeno tratamento médico em Hana. Pouco a pouco, a kunoichi foi despertando, até que finalmente abriu seus olhos, levantando-se e ficando sentada, enquanto reconhecia os rostos de Hiro e Shizuma que estavam abaixados ao seu lado.

Hikari Hana Seg 24 Dez 2012, 01:49

-- Não se assuste, Shizuma. Perdoe-me o que aconteceu, eu não medi as consequências de usar meu poder no nível máximo e acabei perdendo a cabeça. Foi uma grande irresponsabilidade da minha parte como Líder deste grupo. - Levantava-se devagar, enquanto tentava ajustar alguma coisa de sua roupa que estava um tanto quanto queimada. Aquela situação já era de se esperar, não havía se acostumado aos poderes ocultos do Selo Amaldiçoado depois que enfretara o Deus da Força, ou algo do que ele era. Sua sede de batalhas estava maior e não podería mais controlar com eficácia o Selo Amaldiçoado n'um momento de tensão. - -- O meu Selo Amaldiçoado tem esse efeito colateral, o portador do Rin'negan costumava me controlar e me acalmar quando isso acontecía.. porém, peço desculpas a vocês e especialmente a você, Shizuma. - Fazendo uma pequena reverência, voltava a falar. - -- Infelizmente não vou me ausentar daqui, afinal, o Hokage me colocou como responsável e essa missão pode me trazer informações importantes sobre Seshuu e fora isso, não estou ferida o suficiente.

**Sarutobi Hakuro** Seg 24 Dez 2012, 01:56

Shizuma fitou a kunoichi com uma expressão extremamente séria. Seus olhos focalizavam na moça, de maneira áspera, e a contornava com um semblante de hostilidade. Ele aspirou, abriu a boca, e parecia que uma discussão se iniciaria quando, de repente ... o garoto fez uma careta torta, olhou para abaixo do pescoço de Hana e falou, em voz abobalhada — ... Puberdade é tão legal. — Estava óbviamente mencionando sua contentação ao ver os peitos de Hana, que haviam sido mais expostos devido aos rasgos em suas roupas oriundos das explosões que sofrera. Como quem não estava mais nem ai para nada do que aconteceu, pulou da árvore e voltou devagar à entrada do casebre, ávido por continuar a explorar aquele laboratório.

**Darthix** Seg 24 Dez 2012, 02:13

— Bem, primeiro irei curar-lhe, Hana. - Proferiu Hiro conforme aproximava-se da mulher e erguia suas mãos, acelerando a regeneração de células dos tecidos danificados em seu corpo. Ao término da cura, o shinobi médico logo decidiu que seria a sua vez de recuperar-se um pouco, embora não se tratasse de algo realmente urgente. Após a cura exercida, observou Shizuma realizar um ato um tanto incomum para a situação, que poderia causar problemas caso se prolongasse, o que felizmente não ocorreu. Seguindo o mesmo, se dirigiu ao laboratório, ainda atento para as armadilhas que poderiam existir no local.

**Fesant** Seg 24 Dez 2012, 02:26

Após terminar o tratamento, Hiro segue o caminho de Shizuma de volta ao esconderijo, acompanhado depois por Hana, que já se encontrava bem o suficiente para ficar perfeitamente de pé. Após alguns poucos instantes, os três já se encontravam novamente no laboratório mal iluminado, onde o corpo da grande criatura com a qual haviam lutado ainda jazia caída e morta. Sem perderem tempo, o grupo começa a vasculhar todo o grande espaço, procurando qualquer pista, por menor que seja, sobre aquele espaço, sobre o antigo dono dele, e a relação de tudo isso com o shinobi da Grama capturado dias antes por Hiro, e o inimigo que havia sido morto minutos atrás. Em meio a recipientes, vazios ou com líquidos estranhos, e a gavetas velhas de arquivos, Hana encontrou alguns papéis amarelados. A maioria possuía escritos e fluxogramas dos quais nada entendia, mas um deles parecia trazer algo importante. Olhando com um pouco mais de cuidado, apesar dos riscos um tanto descuidados com padrões, a kunoichi tinha quase certeza de que aquele papel era algum tipo de mapa simplificado, com a localização de algum outro lugar. Pelas anotações do rodapé, embora um tanto apagadas, podia-se deduzir que se tratava de um outro laboratório.

Do outro lado, Hiro nada encontrou, a não ser livros velhos e ultrapassados de ciências médicas, e alguns outros recipientes com substâncias desconhecidas. Por fim, Shizuma também teria dado sua busca como infrutífera. Tinha achado alguma quantidade de papeis velhos, com anotações sobre prováveis experiências, mais nada que lhe chamasse a atenção, até ler o conteúdo da última folha: “Experiência nº. 157. Tipo: Mutação Animal. Gênero: Felino. Síntese dos Resultados: A cobaia não reagiu aos experimentos da forma almejada. Cobaia e experiência descartadas.”

**Sarutobi Hakuro** Seg 24 Dez 2012, 02:33

O garoto se calou de imediato. Seus olhos se arregalaram, suas mãos trepidaram e, por fim, algo que raramente ocorria aconteceu — Não ... NÃO! — Shizuma perdeu a calma. Com a mão direta cerrada, acertou um soco de encontro a uma das mesas dali, fazendo com que a própria se partisse ao meio. Desespero, angustia, tristeza; um redemoinho de sentimentos negativos esmigalharam sua esperança de forma tão meticulosa que nem mesmo migalhas vieram a sobrar. Aturdido, o garoto se debruçou sobre um dos tubos azulados, de punho em riste, com a testa recostada na superficie envidraçada enquanto se esforçava e reunia todas as forças que um dia acumulou para superar aquela quebra de realidade — Não ... isso não é piada. Deve ser apenas uma coincidência ... devem haver outras cobaias com caracteristicas similares por aqui... — Num surto de reaver suas esperanças, Shizuma começou a vasculhar por todos os papéis e fichas de pacientes, trêmulo e desesperado, buscando em vão algo que lhe devolvesse harmonia e sentido!

Hikari Hana Seg 24 Dez 2012, 02:43

-- Senhores. - Pegava em mãos com bastante cuidado o papel amarelado e velho que ali estava. Aquilo sem dúvidas se tratava de um tipo de mapa, porém onde levaría ?! Este era o maior mistério. Seus olhos fitavam Shizuma e Hiro que continuavam a investigar aquele laboratório. Tudo ali estava um tanto quanto confuso, as letras no rodapé indicavam que podería existir outros laboratórios, o que a intrigava bastante, afinal, todo tipo de experiência podería ser feita naquele lugar. - -- Existem outros laboratórios, apesar de uma hipótese.. tenho quase certeza de estar certa.. Estou com um mapa em mãos. - Nesse momento, se assusta com a repentina ação de Shizuma, aquele surto fora anormal. O mesmo devería ter um motivo muito forte para agir daquela maneira. - -- Shizuma.. acalme-se, se nossa posição for revelada, podemos não sobreviver a um novo ataque.. e muito menos sairmos vivos daqui para concluir nossa missão. Estou com um péssimo pressentimento em relação a esse laboratório, portanto, fiquem mais atentos que nunca.. pode ser que encontremos novos inimigos. O meu maior receio é encontrar mais alguma cobaia, afinal.. pode sempre existir alguém que não saiu daqui. Por mais que as experiências que não dão certo, sejam eliminadas.

**Darthix** Seg 24 Dez 2012, 02:44

Segurando os livros velhos e ultrapassados encontrados, Hiro esboçou uma feição de decepção e frustação, à medida que girava o seu corpo até encontrar a direção dos aliados, pronto a observar o que estes haviam encontrado. Eis que o jovem felino notou a perturbação de Shizuma ao se deparar com algo, não podendo dar a devida atenção às palavras de Hana, e como reação se dirigiu para perto do garoto pausadamente, procurando entender o que ocorria. Não conseguia imaginar o que ele poderia ter visto ali que lhe pudesse deixar em tal estado, e como tal questionou-lhe o motivo disto. Se fosse algo a respeito de Konoha deveria saber, logo perguntar mostrou-se ser a opção certa a se escolher. Enquanto aguardava a resposta, voltou sua atenção para a líder do grupo, pronto a responde-la. — Outros laboratórios? Um mapa? Isso parece ser um problema, mas acho que investigamos o suficiente aqui. Encontramos algo valioso para a vila.

**Sarutobi Hakuro** Seg 24 Dez 2012, 03:08

A espiral de fúria que se deslocava no coração do prodigio tomou proporções biblicas - aquele garoto, des de cedo, sofreu o limite da pobreza e esteve entre o limiar da vida e da morte mais vezes do que jamais pôde contar. Ao longo da infância, devido as condições precárias em que nasceu, perdeu um a um todos os entes com os quais já veio a se importar. Kuro era a última peça remanescente de suas raízes. Ela era o suporte que sustentava toda a estrutura emocional de um menino cujas capacidades em muito superavam sua idade, experiência ou maturidade. Naquele instante, com aquela minuscula confirmação, um monstro brotava no escuro do laboratório.

Flashback

Fogo. Destruição. Caos. Mulheres corriam entre as ruas de areia batida conforme homens as perseguiam, de espada em riste. As que não eram impaladas de imediato, eram nocauteadas e arrastadas pelos cabelos até carroças cuja traseira resguardava uma jaula para escravos. Em meio a tudo isto, um senhor de idade segurava uma criança, escondido atrás de um barril num beco escuro e úmido — S-Shizuma ... seja forte ... viva ... — Vermelho. Sangue. Morte. Os cabelos compridos da criança eram ensopados no líquido carmesim de sua figura paternal, cuja garganta provava do gosto metálico de uma espada que a acertou por detrás. Escuro. Negro. Kuro. Os anos que sucederam o massacre se resumiram a um pequeno inferno particular. De mãos sangrentas e calejadas, Shizuma trabalhava em meio a escravos numa antiga mina de carvão, sob comando dos bandidos que dele tudo tiraram. Sua esperança, sua única e frágil esperança, residia na presença de uma menininha a quem havia salvado anos atrás. E por fim, vazio.

No laboratório

O silencio imperou uma vez mais quando Hana e Hiro cessaram diálogo. Imóvel, a sombra dos cabelos do prodigio recaia sobre seu rosto, impedindo que sua expressão pudesse ser vista. Numa raiva contida, Shizuma pressionou o pulso contra o vidro, fazendo com que a plataforma que continha o tonel estremecesse...

— Todos eles ... pagarão.

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