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Episódio 36 | A Proposta
Naruto: Shinobi no Sho - Sistema D8 de RPG :: Naruto RPG Online :: Episódios :: Zenkei :: 2ª Temporada: Folha e Pedra
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Episódio 36 | A Proposta
Abertura
Jouichirou acatou a sugestão de Hakuro, e tratou de apressar a conversa com o Tsuchikage afim de estabelecer uma possível aliança. Enquanto isso, ficou no esconderijo para reorganizar as forças e tentar encontrar o paradeiro da kunoichi jinchuuriki. A missão de tratar com o próprio Kage de Iwa seria feia pelo próprio Hakuro, que iria ao encontro do mesmo tendo Hirei como companhia, para ajudá-lo na parte diplomática.
O encontro já estava arranjado, marcado para a manhã do dia seguinte. Para se mostrar livre de más intenções, era necessário que a dupla adentrasse a Vila da Pedra pela entrada principal, passando pela guarda, e deixando-se ser acompanhada por ninjas de Iwa até o escritório do Tsuchikage, seguindo todo o protocolo de segurança necessário quando ninjas estrangeiros entram na vila sem vistos de autorização prévia.
E assim, após algumas poucas horas de caminhada e espera, estavam finalmente perante o líder máximo de Iwa. O Tsuchikage tinha pele clara, e físico bem atlético. Loiro, com barba avantajada e olhos azuis tão claros que beiravam o branco, a tal ponto que se fosse um ninja de Konoha seriam confundidos com o Byakugan. A boa forma escondia a idade, mas com certeza não possuía menos de 50 anos.
— Então... Sarutobi Hakuro, não é? — principiou ele, sem preocupar-se com a singela formalidade de cumprimentar os dois ninjas apropriadamente. O Tsuchikage parecia ser um homem rude, e de fato seu primeiro comportamento assim transparecia. — Vamos direto ao ponto, sim? Jouichirou preferiu não me dizer sobre o assunto da visita de vocês dois. Normalmente sequer cogitaria recebê-los, mas decidi prestar essa "cordialidade" em respeito à sua família. Então... o que é de tão urgente?
O Kage encostou-se na poltrona, deixando a mão direita sobre a mesa, passando a bater com os dedos sobre a madeira de forma continua. E permaneceu calado, somente olhando para a figura de Hakuro sem esboçar qualquer reação. Ficou assim por uma boa quantidade de tempo, que rendeu um silêncio mais que estranho. — E...? Só isso? Eu nunca lhe vi na vida, rapaz. Muito menos minha filha. E você vem com essa proposta descabida? Se não tiver nada melhor a dizer, tem toda a licença para sair. — disse então o Tsuchikage.
O Kage ouviu atentamente, sem se pronunciar. Os diálogos com ele pareciam sempre seguir dessa forma, de forma direta, sem interromper quem lhe fala para que pudesse ouvir tudo com atenção e não haver necessidade de repetições ou esclarecimentos maiores. Após ouvir, ainda ficou um tempo calado, olhando para baixo, pensativo, antes de voltar a falar. — Quanta coisa... Se parar para raciocinar, no final das contas, acabaríamos em guerra contra Konoha de qualquer jeito. Porém, em uma hipótese seria uma retaliação pelo ataque de um hipotético segundo Jinchuuriki da Kyuubi; e na segunda seria para ajudar num golpe de Estado. Nas duas situações eu sacrificaria ninjas e poder bélico, mas o prêmio da primeira é bem maior. Não precisaria me preocupar com qualquer Kyuubi se toda Konoha estivesse subjugada a Iwa, não acha? Também não precisaria de qualquer aliança.
O governante da Vila Oculta da Pedra fez uma pequena pausa, não para finalizar seu discurso, mas somente para que os dois pudessem apreender tudo o que ele havia dito. E então, concluiu. — Situação é a seguinte, garotos. — disse, movendo o tronco para frente de forma que pudesse cruzar ambos os braços sobre a mesa enquanto apoiava seu corpo sobre ela. — Konoha e Iwa nunca fora aliadas. Jouichirou está aqui. O Andarilho também. Mas pelo menos metade da vila não os querem aqui, e com toda a razão. Já estou no limite daquilo que posso fazer por Jouichirou, e casar você e Tomoyo seria a gota d'água.
— E eu pensando que você era um mero guarda-costas mudo. — disse o Kage, em um tom que dificultava entender que o comentário se passava de uma simples brincadeira. — E você, Hakuro, é exatamente como Jouichirou disse: sem qualquer tato para a diplomacia. Mas, para a sua sorte, sou do mesmo jeito. — falou, rindo com o canto da boca. — Jouichirou já havia me explicado toda a situação, e eu já havia concordado com a aliança. Mas fingi que não sabia de nada ver como vocês tentariam me convencer. Ver na prática como são vocês, principalmente meu possível futuro genro... ainda que seja um mero arranjo político. — confessou o Kage, que voltou a se encostar na cadeira, dessa vez com uma expressão desanimadora no rosto. — Mas você ainda precisa convencer Tomoyo, Hakuro. Devo confessar que não consigo dobrar aquela menina... saiu pior que o pai! Ela deve estar chegando a q... — uma batida na porta interrompeu sua fala. — Ah. Parece já ter chegado.
Última edição por Fësant em Seg 29 Ago 2016, 12:36, editado 5 vez(es)
Re: Episódio 36 | A Proposta
— Pode entrar — autorizou o Kage. E eis que de fato surge a filha do grande líder de Iwa. Adentrou a sala educadamente, fechando a porta atrás de si. A moça aparentava ter a mesma idade de Hakuro. Relativamente alta para a média feminina, tinha um corpo belo, torneado e um tanto exposto sob as vestes de ninja: cobrindo o tórax até parte da barriga, uma malha acinzentada, semitransparente, preta somente na altura do busto; sobre ela, um casaco escuro que cobria por completo os braços e as mãos, mas com um decote valorizando os seios; calças justas, negras, com um lenço em verde pastel amarrado na altura da cintura. Não somente a silhueta, mas a bela face da kunoichi também chamava a atenção. Delicada, contrastando com a expressão séria e levemente intimidadora. Cabelos curtos e castanhos, assim como os olhos, que ainda tinham um tom mais claro. Num todo, uma beleza tão formidável que beirava ao ilusório.
— Bom dia, Tsuchikage-sama. — cumprimentou primeiro o líder da vila, seguindo a hierarquia e ainda o tratando pelo título, mesmo sendo seu pai. Em seguida, olhando de forma breve para os dois ninjas que desconhecia, tratou de cumprimentá-los também, enquanto se aproximava, ficando também à frente da mesa do Kage. — Bom dia. Alguma missão especial? Por que esses ninjas de Konoha estão aqui? — indagou ela.
— Este rapaz é Sarutobi Hakuro, ninja de Konoha, como pode ver. Mais que isso: é o Jinchuuriki da Kyuubi. Eu comentei brevemente com você so...
— Aquela ideia ridícula de me casar? Dispenso. Algo mais? — interrompeu a ninja, numa mistura de voz doce e imperatividade única.
A beleza da moça parecia inquestionável - embora Hakuro não se interessasse tanto em relação a isso, fazia questão de não casar com uma moça feia para evitar que seus filhos nascessem tortos. Quando vislumbrou a moça, então, suspirou aliviado. Ele aguardou que ela chegasse até seu pai, o cumprimentasse, e parecia pronto para falar quando por fim ouviu a resposta ríspida da mulher. Sua sobrancelha se arqueou de imediato - semi-cerrando os olhos, aproximou-se devagar e a encarou por breves segundos: — Com licença ... prazer? — Cumprimentou, um tanto quanto sem saber como lidar com aquela situação pouco comum: — A ideia não é ridícula. Ela representa um bom ganho de poder para a sua vila e uma salvação para a minha.
— "Satisfação" em conhecê-lo. Prazer é a última coisa que terá comigo, Garoto Raposa. — principiou ela a responder, demonstrando mais uma vez sua personalidade desbocada. — E é sim uma ideia ridícula. Nós sucumbimos a Konoha na última grande guerra. Pensei que nossa meta era nos tornamos fortes o suficientes para que isso não ocorresse novamente. E aliás, nos aliarmos à Folha é ainda pior. É um atestado de submissão completa. Sou contra isso, Pai. — argumentou, olhando para o Kage ao final.
— Ah, sim. É um casamento político, não se preocupe, nós podemos falar de filhos num futuro distante, talvez. Em todo caso, não tem nada a ver com prazer. Aaaah ! — Pausou, de repente, e retomou o raciocínio quando se deu conta de que havia esquecido de algo extremamente importante: — Perdão, que rude da minha parte. Me chamo Sarutobi Hakuro, e você é Tomoyo, não? Te achei tão bonita que me esqueci do básico. — Concluiu, rindo. Seu rosto, levemente ruborizado, parecia esconder o sorriso de uma raposa por detrás da careta de moleque. Ele coçava a nuda de forma despreocupada, como alguém que havia cometido uma gafe besta.
A reação um tanto incomum de Hakuro, em virtude da situação, pareceu deixar a moça confusa por uns instantes, que ficou somente olhando para o rosto corado do rapaz, aparentemente sem discernir bem o que se passava pela cabeça do mesmo. — Sim. Sou Tomoyo... E sei que seria um casamento político, e que na trágica hipótese de realmente ocorrer, nunca seria consumado, deixo claro! — a kunoichi então cruzou os braços sob os fartos seios, respirando antes de prosseguir. — Ok. Para que eu não seja acusada de ser intransigente, vou dar a oportunidade de vocês tentarem me convencer. Mas se vierem com alguma ideia descabida, irei embora. Podem falar. — A ninja virou-se para os dois membros de Konoha. Enquanto isso, o Tsuchikage somente assistia a cena, sem nada a dizer, com um sorriso de satisfação.
Hirei pôs-se a observar a situação. Já havia retirado a mão do ombro de seu colega há tempos e o mesmo nitidamente não notou, como esperado tendo em conta a situação em si, e havia ficado somente assistindo desde então. De uma maneira um tanto quanto irônica, parecia mais difícil ajudar o companheiro para convencer aquela garota do que o Kage há minutos atrás. Havia uma certa delicadeza na situação em questão, e como tal ainda esboçava o melhor momento para se intrometer — isto é, se isto fosse realmente possível. Havia que de alguma forma destacar alguma caraterística no seu colega, embora estivesse procurando com muita insistência uma que fosse agradar a moça, tendo em vista a sua aparente personalidade. Eis então que Tomoyo pareceu incluir o próprio Hirei na conversa, embora não soubesse se havia sido algo realmente proposital ou não. Como tal, viu-se na necessidade de se pronunciar: — Tomoyo-san, por que acha que se aliar à Folha significa se submeter a ela? Sinceramente, se fossemos por esse lado, estaria mais para o contrário. De toda a forma, posso dizer com firmeza que Hakuro é a pessoa mais fiel que eu conheço. Antes que diga que ele seria mais a Konoha que a você, digo logo que não. Convenhamos, olhe pra ele. — Apontou, fazendo questão de destacar o rosto corado do companheiro. — Sério que acha que ele medirá esforço algum para ajuda-la? Ele mal sabe o que está fazendo e mesmo assim veio até aqui pra propor algo deste tamanho. Antes de pensar no pior, por que não enxerga a situação como ela realmente é? Ele é provavelmente a pior pessoa para assuntos diplomáticos e ainda assim, guiado pela vontade de salvar a sua vila, ele está aqui, fazendo mais que todos. Ele também está sacrificando muito, talvez mais que você, mas ainda assim o faz com um sorriso no rosto e querendo deixar tudo a seu gosto. Ele nem conseguiria engana-la mesmo se quisesse, cacete. — Pausando para respirar profundamente por alguns segundos, como quem nunca se imaginaria tratando de um assunto como esse, logo retomou. — Sobre a posição de Iwa... Será que já não é hora de deixarmos as nossas diferenças de lado e nos ajudarmos? O passado não deu certo e talvez o motivo tenha sido esse. E sendo você a garantia deste acordo, com certeza terá muita influência nele. E pelo pouco que conheço de sua pessoa, posso dizer que fará o melhor para a sua vila possuindo tamanha responsabilidade.
— Haha! E não é que esse Anbu realmente sabe falar? E então, Tomoyo. O que diz? — disse o Kage, em tom razoavelmente provocativo. De todos ali, parecia ser o único a se divertir, como se naquele momento não se estivesse discutindo o futuro de sua própria vila.
Tomoyo olhou para o pai de forma repreensiva, e ficou uns instantes calada. Pensava, enquanto movia o dedo indicador direito de cima para baixo repetidamente, batendo-o no braço que ainda mantinha cruzado. — Um casamento por si só não é qualquer garantia. Ainda que a vila ajudasse vocês a "recuperarem" Konoha, nada garante que tenhamos uma aliança sólida depois disso. Além desse maldito casamento, precisaríamos de um tratado forma que nos fornecesse mais segurança... Um possível pacto comercial, ou de intercâmbio de ninjas... ou de compartilhamento de dados e jutsus... Enfim. Algo mais sólido. Se puderem oferecer algo do tipo, posso pensar na proposta. — Tomoyo se mostrava inteligente e cautelosa, e aparentemente acostumada a situações diplomáticas. — E então?
— Bom, posso me comunicar com os membros do clã Sarutobi e tentar montar uma embaixada aqui em Iwa. Ao mesmo tempo, vocês podem escolher um clã proeminente de Iwa para que monte uma embaixada em Konoha. Isso deve cementar uma aliança mais forte e uma forma fixa de comunicação. Se necessário, também não vejo problemas em te abrigar em Konoha, comigo, já que em todo caso é seria minha esposa. Demais trocas e coisas do gênero seriam fáceis de se regularizar com uma embaixada em ambos os territórios. — Concluiu, um tanto quanto lúcido de mais em comparação a seu estado bobo de antes. Hakuro suspirou uma vez mais e se aproximou de Tomoyo, desta vez com uma expressão extremamente séria: — Tenho apenas um pedido egoísta, caso não se importe ... Shinobi Kumite... Gostaria de fazer um com você.
— Com certeza, podemos conversar melhor a respeito depois e decidir isso, de maneira mais elaborad-... — Eis que ouviu as palavras de seu companheiro, tentando realmente entender o que se passava em sua cabeça com um pedido daqueles. Tentando ignorar o ocorrido, não como se esperasse que isto fosse possível, mas por realmente por não saber como lidar com uma atitude inusitada daquelas, prosseguiu com suas palavras: — Posso dar as informações mais detalhadas somente depois, mas acho que posso adiantar algo como o que o meu colega sugeriu... de início... e também o auxílio das habilidades de meu clã. Não sei se possuem conhecimento do clã Yamanaka, mas somos extremamente eficazes na extração de informações de ninjas capturados. Gostaria de apontar mais tipos de pactos e ofertas por parte da Folha, mas isso é algo que somente poderei fazer depois, infelizmente. Porém, no que diz respeito ao meu clã, posso dizer que mesmo se necessário eu em pessoa ajudarei nisto. — Hirei não entendia de absolutamente nada da parte econômica de Konoha, e como tal encontrava dificuldade em prosseguir naquela conversa. Como forma de garantir que Tomoyo não mudasse de ideia, buscou oferecer tudo aquilo que conseguiria de fato, recorrendo até às habilidades secretas de sua família.
— Hum... Para uma conversa inicial e inusitada como essa, está de bom tamanho. Vou deixar essa parte burocrática com meu pai. — concordou finalmente a kunoichi, descruzando os braços e levando a mão direita à cintura. Passou então a olhar mais fixamente para Hakuro, prosseguindo com o que parecia ser sua última condição. — Tem mais uma coisa, Sarutobi Hakuro. Nosso casamento será político. De fachada. Mas não é isso que vai me deixar presa. Sou dona de mim agora, e sempre serei. Isso significa que você não terá uma mulher de fato ao se casar comigo, da mesma forma que eu não buscarei você como homem, e serei livre para buscar isso fora de nosso relacionamento armado. Claro que você também terá esse direito, pois não poderia exigir o contrário. Está de acordo com isso também?
— Eu não vim aqui buscando ser dono de ninguém. Se tem algo que eu jamais quero ser, de fato, é dono de outra pessoa ... Conheço na pele o que significa ser tratado como uma propriedade. Mas peço que não zombe do meu comprometimento, por favor... Eu vim aqui preparado para ceder minha única liberdade em prol da minha nação, o mínimo que peço é que isso não seja descartado como algo sem valor para ser usado como fachada. Você não me conhece, eu entendo, da mesma maneira que não te conheço, mas para alguém que tanto fez questão de trazer a tona a credibilidade do acordo para a construção de uma aliança sólida, como pretende que isso se faça real construído em cima de uma farsa? — Dando um passo para trás, o Sarutobi olhou em direção ao Tsuchikage, em seguida para Hirei e, em tom cansado, concluiu: — Eu farei o que é necessário para salvar minha Vila, mas prefiro que tenhamos uma relação digna, tal qual queremos que nossas nações o tenham.
— Você é muito antiquado, mesmo devendo ter a mesma idade que eu. — disse ela inicialmente, em tom impaciente. — Mas não se preocupe. Nossa relação será digna aos olhos de todos os demais. Um ninja deve agir pelas sombras, não é mesmo? Também não sou tola de sacrificar toda uma aliança por homem algum, por mais que me apeteça aos olhos. Só quis deixar claro como sou para que não se sinta enganado e saiba desde já como seria nossa vida de casado. — E virando-se ao seu pai, prosseguiu. — Acho que já está tudo de acordo. Se me der licença, estou de saída, Tsuchikage-sama. — falou, em leve reverência.
— Se honra é do passado, sim, sou do antiquado. — Concluiu, então.
O Kage levantou-se da poltrona pela primeira vez, e ainda com a expressão de satisfação, falou. — Está tudo decidido então. Pode comunicar isso a Jouichirou, Hakuro. Eu cuidaria da parte burocrática e tratarei de conversar com o Conselho de Ninjas, mas é algo que posso contornar. Quando os primeiros ajustes forem realizados, vocês poderão inclusive sair da clandestinidade e se instalarem oficialmente em Iwa. Peça a Jouichirou para arranjar uma forma de manter uma comunicação regular comigo. Assim dito, estão dispensados!
— Bom dia, Tsuchikage-sama. — cumprimentou primeiro o líder da vila, seguindo a hierarquia e ainda o tratando pelo título, mesmo sendo seu pai. Em seguida, olhando de forma breve para os dois ninjas que desconhecia, tratou de cumprimentá-los também, enquanto se aproximava, ficando também à frente da mesa do Kage. — Bom dia. Alguma missão especial? Por que esses ninjas de Konoha estão aqui? — indagou ela.
— Este rapaz é Sarutobi Hakuro, ninja de Konoha, como pode ver. Mais que isso: é o Jinchuuriki da Kyuubi. Eu comentei brevemente com você so...
— Aquela ideia ridícula de me casar? Dispenso. Algo mais? — interrompeu a ninja, numa mistura de voz doce e imperatividade única.
— "Satisfação" em conhecê-lo. Prazer é a última coisa que terá comigo, Garoto Raposa. — principiou ela a responder, demonstrando mais uma vez sua personalidade desbocada. — E é sim uma ideia ridícula. Nós sucumbimos a Konoha na última grande guerra. Pensei que nossa meta era nos tornamos fortes o suficientes para que isso não ocorresse novamente. E aliás, nos aliarmos à Folha é ainda pior. É um atestado de submissão completa. Sou contra isso, Pai. — argumentou, olhando para o Kage ao final.
A reação um tanto incomum de Hakuro, em virtude da situação, pareceu deixar a moça confusa por uns instantes, que ficou somente olhando para o rosto corado do rapaz, aparentemente sem discernir bem o que se passava pela cabeça do mesmo. — Sim. Sou Tomoyo... E sei que seria um casamento político, e que na trágica hipótese de realmente ocorrer, nunca seria consumado, deixo claro! — a kunoichi então cruzou os braços sob os fartos seios, respirando antes de prosseguir. — Ok. Para que eu não seja acusada de ser intransigente, vou dar a oportunidade de vocês tentarem me convencer. Mas se vierem com alguma ideia descabida, irei embora. Podem falar. — A ninja virou-se para os dois membros de Konoha. Enquanto isso, o Tsuchikage somente assistia a cena, sem nada a dizer, com um sorriso de satisfação.
— Haha! E não é que esse Anbu realmente sabe falar? E então, Tomoyo. O que diz? — disse o Kage, em tom razoavelmente provocativo. De todos ali, parecia ser o único a se divertir, como se naquele momento não se estivesse discutindo o futuro de sua própria vila.
Tomoyo olhou para o pai de forma repreensiva, e ficou uns instantes calada. Pensava, enquanto movia o dedo indicador direito de cima para baixo repetidamente, batendo-o no braço que ainda mantinha cruzado. — Um casamento por si só não é qualquer garantia. Ainda que a vila ajudasse vocês a "recuperarem" Konoha, nada garante que tenhamos uma aliança sólida depois disso. Além desse maldito casamento, precisaríamos de um tratado forma que nos fornecesse mais segurança... Um possível pacto comercial, ou de intercâmbio de ninjas... ou de compartilhamento de dados e jutsus... Enfim. Algo mais sólido. Se puderem oferecer algo do tipo, posso pensar na proposta. — Tomoyo se mostrava inteligente e cautelosa, e aparentemente acostumada a situações diplomáticas. — E então?
— Hum... Para uma conversa inicial e inusitada como essa, está de bom tamanho. Vou deixar essa parte burocrática com meu pai. — concordou finalmente a kunoichi, descruzando os braços e levando a mão direita à cintura. Passou então a olhar mais fixamente para Hakuro, prosseguindo com o que parecia ser sua última condição. — Tem mais uma coisa, Sarutobi Hakuro. Nosso casamento será político. De fachada. Mas não é isso que vai me deixar presa. Sou dona de mim agora, e sempre serei. Isso significa que você não terá uma mulher de fato ao se casar comigo, da mesma forma que eu não buscarei você como homem, e serei livre para buscar isso fora de nosso relacionamento armado. Claro que você também terá esse direito, pois não poderia exigir o contrário. Está de acordo com isso também?
— Você é muito antiquado, mesmo devendo ter a mesma idade que eu. — disse ela inicialmente, em tom impaciente. — Mas não se preocupe. Nossa relação será digna aos olhos de todos os demais. Um ninja deve agir pelas sombras, não é mesmo? Também não sou tola de sacrificar toda uma aliança por homem algum, por mais que me apeteça aos olhos. Só quis deixar claro como sou para que não se sinta enganado e saiba desde já como seria nossa vida de casado. — E virando-se ao seu pai, prosseguiu. — Acho que já está tudo de acordo. Se me der licença, estou de saída, Tsuchikage-sama. — falou, em leve reverência.
O Kage levantou-se da poltrona pela primeira vez, e ainda com a expressão de satisfação, falou. — Está tudo decidido então. Pode comunicar isso a Jouichirou, Hakuro. Eu cuidaria da parte burocrática e tratarei de conversar com o Conselho de Ninjas, mas é algo que posso contornar. Quando os primeiros ajustes forem realizados, vocês poderão inclusive sair da clandestinidade e se instalarem oficialmente em Iwa. Peça a Jouichirou para arranjar uma forma de manter uma comunicação regular comigo. Assim dito, estão dispensados!
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