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Episódio 37 | Ataque em Iwa. Parte(1)

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Episódio 37 | Ataque em Iwa. Parte(1) Empty Episódio 37 | Ataque em Iwa. Parte(1)

Mensagem  Fesant Dom 11 Set 2016, 19:45

Hakuro e Hirei deixaram o Palácio do Tsuchikage com a sensação de dever cumprido. Foi um encontro diferente do que esperavam. A futura esposa do Sarutobi é mais ríspida e bela do que também esperavam, mas no fim tudo se acertou. E ao deixar o prédio, depararam-se com a luz daquela manhã que ainda se iniciava, e com bons ares.

Enquanto caminhavam por Iwa, ainda escoltados até que se retirassem da vila, viram a luminosidade baixar de leve, como uma nuvem a bloquear o sol. Não tardou muito, e todo o céu ficou nublado, carregado de nuvens espessas. O ar, que já era rarefeito pela altitude, ficou ainda mais pesado de ser respirado. Tudo que era leve se tornou sinal de mau presságio.

Os maus ventos finalmente chegaram, acompanhados do som de uma explosão, não muito distante dali. Ao longe, gritos de dor e desespero puderam ser ouvidos, misturados com sons de casas e prédios em ruínas. Quando os sons de destroços caindo começaram a cessar, ainda em meio a gritos de medo, aos quais se juntaram brados de alerta, ouviu-se um uivo ruidoso, quase um berro bestial, que por pouco não seria ensurdecedor se não fosse a distância. O berro embrenhou-se na alma de Hakuro, ressonando na Besta que o próprio trazia aprisionada ao corpo. De logo, o Jinchuuriki entendeu o desenho daquele cenário.

Uma intensa movimentação de ninjas principiou, com a maioria deles se dirigindo para o local da explosão. Quando deram por si, Hirei e Hakuro viram o Tsuchikage pousando ao lado dos dois, com uma expressão séria que sequer combinava com as feições descontraídas vistas minutos antes.

— Seus amigos agiram antes do esperado... — disse assim que alcançou os dois ninjas de Konoha.


Abertura




— Agora terei que ir tratar com aquela besta... Mas minha prioridade é proteger a vila e os moradores. Vocês trouxeram seus problemas para cá, e vocês devem resolver. Você deve ir chamar Jouichirou com urgência — falou, olhando para Hirei — Mas você fica, Hakuro. Não quero outra Kyuubi longe dos meus olhos por agora. — e finalmente voltando-se para os dois ninjas que já realizavam a escolta, ordenou — Não permitam que ele deixe esse exato local até que os demais ninjas de Konoha voltem, entendido?

Nervosos, os dois ninjas somente acenaram positivamente com a cabeça.


Última edição por Fësant em Qua 26 Out 2016, 23:19, editado 3 vez(es)
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Episódio 37 | Ataque em Iwa. Parte(1) Empty Re: Episódio 37 | Ataque em Iwa. Parte(1)

Mensagem  Fesant Ter 13 Set 2016, 02:52

A situação havia saído de controle antes mesmo que Hakuro pudesse inspirar aliviado os ares de sua vitória durante as negociações. Ele era, agora, um homem comprometido - ou assim se considerava, a despeito da maneira frívola como sua noiva havia descrito seus laços matrimoniais como nada senão uma ferramenta política. Prestes a retornar para seu pai, o Jinchuuriki sorriu para seu companheiro e parecia abrir a boca para dizer algo, mas tanto sua expressão quanto sua fala mudaram com a explosão e berros repentinos que chegaram do horizonte:  — Mas ... o que ?!  — O rapaz imediatamente se prontificou a correr até a origem do tumulto, mas foi impedido pela chegada de seu futuro sogro. De testa franzida, Hakuro contestou as ordens do Tsuchikage com um olhar quieto e uma expressão descontentada:  — Ôi, desdo começo meu propósito era ajudar a lutar contra esse Jinchuuriki... mas — Com um suspiro, o rapaz abaixou a cabeça e prostrando a palma da mão na testa. Ao erguê-la, assentiu e cruzou os braços:  — Eu concordo com seu raciocínio. Aguardarei reforços, mas seguirei para o combate assim que chegarem.

— Desde que Jouichirou ou outra pessoa fique de olho em você, pode sim ir para a batalha. Não me entenda mal, rapaz. Mas o chakra separado da Kyuubi pode tentar se reunificar, e você mesmo não estará seguro se isso por ventura ocorrer. — O Kage deu um passo a frente, já se preparando para seguir em velocidade ao encontro do Jinchuuriki inimigo. Antes de partir, virou o rosto, de forma que pudesse olhar novamente para Hakuro. — Apesar disso, eu realmente quero vê-lo em ação. Quero ver se tem força suficiente para ser meu genro, ao final! — e após o comentário completamente desconexo com a tensão situação, sorriu, passando depois a correr em velocidade. Agora, o Sarutobi estava a sós com os dois ninjas da escolta, que limitavam a olhá-lo, aparentemente suando frio, sem nada a dizer.

Hakuro semi-cerrou os olhos diante da provocação do Tsuchikage, expondo um curto sorriso no canto da boca. Quando o Kage partiu, a raposa olhou em volta, ansiosa, e teve de se contentar com seus dois vigias como distração até que fosse dado o sinal verde para sua largada:  — Qual o problema? Vocês dois tem tanto medo assim de morrer ... ou seria de mim?  — Questionou, em tom levemente sarcástico.

Os dois ninjas engoliram em seco, em sincronia quase cômica, e depois se entreolharam. Então, um deles olhou de volta para Hakuro, respondendo. — Medo? Ja-jamais! Somos ninjas de Iwa! E é melhor ficar "na sua", cara!

Num sorriso maquiavélico, Hakuro se aproximou do homem e arregalou os olhos. Sua íris alaranjada transbordou-se numa espécie de vermelho que a preencheu aos poucos. A íris, já em listra, se afinou o suficiente para se assemelhar a de um réptil; de forma provocativa, o Jinchuuriki exibiu as presas protuberantes em sua boca num sorriso meio macabro:  — Ah... legal, cara.  — Foi tudo o que disse, mas fez questão de pôr uma fronte intimidadora ao dizê-lo, como se a prática do bullying servisse de passa-tempo.

(...)

A máscara não permitiu a Hirei revelar a sua reação perante as ordens do Tsuchikage. Embora não fosse de seu feitio concordar com algo do tipo, pareceu deixar passar desta vez, virando-se pra trás quase que sem hesitar. Não fez questão de despedir-se ou algo do tipo, partindo em direção ao local onde Jouichirou estaria. O tempo era curto, tanto pelos incidentes já terem começado, como pela pouca velocidade de corrida de que Hirei dispunha. Em qualquer outra situação, Hakuro haveria sido o indicado para realizar tal trabalho, mas com as suspeitas do Kage, não lhe restava outra escolha. Desta forma, a única coisa ao seu alcance para melhorar a situação era apressar-se, e foi o que fez.

Hirei havia partido logo que o Kage pediu. O Yamanaka nem precisou ir até o último esconderijo, pois Jouichirou já havia deixando um subordinado de prontidão no meio do caminho, para passar uma mensagem urgente se assim fosse necessário. E como já era de se esperar, a precaução do ex-líder da Anbu se fez valiosa mais uma vez. Após reportar o ocorrido ao mensageiro, Hirei iniciou o caminho inverso, que foi interrompido por uma pessoa... um subordinado de alguém a quem ainda devia prestação de contas...



— Inozaki... — Ouviu alguém lhe chamar pelo verdadeiro nome. De imediato, já sabia do que se tratava. Quando virou o rosto para a direita, viu a sombra de um ninja atrás de uma árvore, o qual nem esperou que o ninja parasse a corrida para lhe dizer o propósito da aparição. — Omeshirama-sama me pediu que viesse. Ainda não reportou o progresso de sua missão...

Hirei parou, sendo chamado desta vez por seu verdadeiro nome. Não havia tempo a perder e o ninja sabia disso. — Infiltração bem-sucedida. Sou um importante membro do grupo de Jouichirou, sendo responsável até por conseguir uma aliança com Iwa. Mando os detalhes depois, de maneira mais elaborada, a respeito deste acordo. Existe uma segunda Kyuubi, a qual devo encontrar no campo de batalha logo mais. Depois da luta irei contata-lo, ou outro ninja subordinado a 'ele", para conceder informações mais profundas a respeito de tudo isso. Gostaria de faze-lo agora mas estou próximo do clímax da missão. Cada minuto aqui são sabe-se lá quantas informações perdidas com o confronto já ocorrendo. Peço a 'ele' que seja mais paciente, só por mais algumas horas. — Embora a pressa, Hirei pareceu ter feito pouca questão de reportar a respeito do Jinchuuriki original, ou ao menos conteve-se para tal.

O subordinado de Omeshirama, tal como todos os outros com quem Inozaki tem conversando até então, somente ouviu as informações calado, parecendo gravar cada palavra e cada vírgula instantaneamente. Este, contudo, agiu levemente diferente dos demais, passando a falar dando uma informação que o ninja não havia pedido. — Captado. Omeshirama-sama ordenou lhe informar que a notícia de que você abusou de Hyuuga Nagi corre solta em Konoha. Keisei começou a conversar com o clã Yamanaka, pedindo uma compensação pela desonra de sua irmã mais nova. É provável que o intuito dele é enfraquecer a aliança neutra entre os clãs Akimichi, Nara e Yamanaka, e assim reduzir a influência de Haweda, que já não é muita, ou atrapalhar seu trabalho. Omeshirama-sama agradece os serviços prestados até então, mas está preocupado com o fato de você estar constantemente em contato com lados diferentes. Pediu para lhe lembrar a quem você jurou lealdade...

E com essas palavras, a presença do informante desapareceu, tão silenciosa e abruptamente quanto havia aparecido....




(...)

Os sons de luta eram intensos e ininterruptos. Já os gritos de pânico foram gradativamente diminuindo, sinalizando que a população civil estava sendo evacuada... ou morta. A cada explosão e berros, Hakuro sentia o sangue ferver. Conhecia a sensação: era a Raposa em estado de inquietação. Provavelmente, era sobre isso que o Tsuchikage havia lhe falado minutos antes. Mas conforme o tempo avançava, a própria inquietude da Kyuubi se misturava ao fervor do Jinchuuriki. De alguma forma, ele também ansiava por estar naquela luta. Embora a espera parecesse uma eternidade, mal havia notado quando Hirei regressou.

Não demorou muito, e finalmente Jouichirou havia chegado...

— Konoha está aqui. Já estou ciente da situação, rapazes. Estão liberados. — disse ele aos dois ninjas de Iwa logo que chegou. A expressão séria e compenetrada do líder somente era vazada pelos olhos de quem pouco havia dormido. Junto com o ele, mais nove ninjas, todos de rostos já conhecidos. Contudo, um desses rostos, abatido, talvez não devesse estar ali.

— Hakuro... Que bom vê-lo... — fraca e sem brilho, mas inconfundível. A voz de Chiharu quase não foi percebida por Hakuro, que não conseguiu evitar uma expressão surpresa ao vê-la de pé. A kunoichi com certeza não estava nos seus melhores dias: trazia palidez na face, um sorriso mais tímido do que o de costume, talvez tentando mostrar a força que não tinha; e ataduras envolvendo o tronco por baixo das roupas de ninja, ainda sujas de sangue e parcialmente rasgadas.

O rosto da raposa fechou no instante em que Chiharu entrou em sua linha de visão. A íris, já avermelhada e demonstrando sinais de contaminação pelo chakra da besta, voltou-se para o pai e para a menina repetidamente, invertendo entre os dois como quem tentava compreender a situação ou tirar alguma lógica daquele cenário: —  O que acha que está fazendo? Volte para o acampamento, o campo de batalha não é lugar pra alguém que já tá meio caminho andado pra cova. — Sua voz, incisiva e mais pesada que o normal, transmitia a mensagem clara de que não tinha a menor intenção de deixá-la os acompanhar.

— Precisaremos dela em último caso, Hakuro. — principiou a responder a Jouichirou, não deixando espaço de tempo para Chiharu dar qualquer outra explicação. Neste meio tempo, os dois ninjas da escolta, já deixavam o lugar. — Yui recuperou-se um pouco e se esforçou para estabilizar Chiharu. Ela não poderá lutar, mas ficará de prontidão caso o pior aconteça. Se conseguirmos vencer o outro jinchuuriki, não precisaremos nos preocupar com ela... Sei que é uma escolha delicada... Mas a situação pede.

— Deixa eu colocar isso de uma forma fácil de entender ... Chiharu, eu gosto de você. — Prontamente vociferou o Jinchuuriki, olhando fixamente para a menina. Embora qualquer outro entendesse aquilo como uma espécie de declaração romantica, a expressão de Hakuro era impassível, tão dura quanto uma rocha, pouco condizente com o que havia dito. Continuando, então, descruzou seus braços: —  Isso significa que se você morrer, eu vou perder a cabeça, e se eu perder a cabeça, eu não vou pensar duas vezes antes de soltar a Kyuubi apenas para matar quem te matou ... porque me dói admitir, mas sou extremamente rancoroso. Então, ottoo-san, faça o favor de expulsar ela daqui.

Chiharu limitou-se a ouvir, calada. A situação era a mais inusitada possível, e com certeza a moça não esperava ouvir aquilo de forma tão direta, muito menos da boca de Hakuro, e menos ainda naquele cenário. A Senju ainda pareceu tentar responder, mas gaguejou e lhe faltaram palavras. Foi uma explosão mais forte, ao longe, que trouxe todos de volta à realidade. E assim, Jouichirou tomou de novo a voz.

— Te prometo que nada acontecerá com ela, Hakuro. Tem minha palavra. — disse, dando um passo para frente e pondo a mão direita no ombro do filho. — Agora vamos. Não podemos deixar que mais gente de Iwa seja ferida por um problema da Folha. Sigam-me. — foram as ordens. Um por um, os ninjas foram seguindo Jouichirou, que partia. Chiharu foi a última, olhando para Hakuro antes de ir.

(...)

Em pouco tempo, o grupo de Konoha chegou ao campo de batalha, que naquele momento se resumia a uma grande cratera no meio da vila. Ao redor, uma imensa muralha rochosa, danificada em algumas poucas partes, provavelmente feita pelo Kage para isolar a área enquanto os civis eram evacuados. Sobre a muralha, alguns ninjas de Iwa se revezavam em ataques, usando ninjutsus à distância. No solo, um grupo de dez ninjas, com o Kage entre eles, encarando o inimigo de frente, tentando impedir que deixasse a zona delimitada. Ao redor, corpos espalhados, alguns mutilados, outros desfigurados demais para serem reconhecidos.

E no centro, a Besta de Nove Caudas. Era mesmo a Kyuubi, sem sombra de dúvidas. Os ninjas de Konoha já sabiam que o jinchuuriki inimigo poderia ser fortemente treinado no controle da Bijuu. Entretanto, chegar ao estágio de uma transformação completa era algo que não passava pela cabeça de qualquer um deles, mesmo de Jouichirou. Mas lá estava ela: a grande raposa, de pelagem rubra, com as nove caudas balançando violentamente ao ar; os olhos vermelhos e a boca, ambos contorcidos pela expressão de pura cólera, mostrando os grandes caninos quando berrava de forma ensurdecedora. A sensação que todos tinham era que tudo em volta da Besta era dominado por ela, e nada poderia escapar de seu julgamento. Uma visão tão formidável quanto aterrorizante.

— Como? Não é possível que existe um jinchuuriki da mesma época do Hakuro e que consiga usar a Kyuubi dessa forma! Minha falha se mostra cada vez maior... Céus... — dizia Jouichirou, ao se deparar com a cena.


—  Tsc ...  — Os olhos de Hakuro se arregalaram com a visão estarrecedora da raposa em sua forma completa. Ele já havia visto a Kyuubi, e portanto sabia do tamanho colossal da besta, contudo seu corpo parecia ainda maior agora que se encontrava de frente com sua materialização no mundo real. Sem tempo para ficar deslumbrado, Hakuro imediatamente apertou a barriga - local onde encontrava-se o selo da raposa - com força: —  Devo atacá-la de frente, imagino. Ottoo-san, não esperava enfrentar a versão completa da coisa ... Se a situação apertar, talvez barganhar com a minha própria raposa seja minha única opção. —  Era incrível o quanto Hakuro já havia se tornado anestesiado para as cenas horríveis de um campo de batalha. Embora houvesse tido seu primeiro contato com o mundo há pouco tempo, a psiquê do rapaz já fora treinada para a matança desde de adolescente, no berço da ANBU. Dando um passo adiante, esperou as ordens de seu pai, pronto para partir para a batalha.

— Aguarde um instante, Hakuro. — disse Jouichirou. Segundos depois, lá no centro do campo de batalha, um dos ninjas de Iwa parecia ter dito algo ao Kage, que em seguida olhou para cima, na direção da delegação de Konoha. O Grande Líder da Pedra nada disse, somente acenando com a cabeça. E só então Jouichirou voltou a falar. — De alguma forma, apesar de todo esse desastre, a situação parece estar dentro do controle do Tsuchikage. Primeiro vamos adentrar o campo de batalha, assumindo sua posição e pegar informações sobre a luta até agora. Acompanhem-me todos! — ordenou, passando então descer pela muralha, andando horizontalmente sobre sua superfície. Os ninjas o foram seguindo um a um, e o grupo faria o trajeto sem dificuldades, até alcançar o Kage e seus subordinados.

— Sua cara não está das melhores, Jouichirou! — disse o Kage, assim que chegaram. Apesar de sujo e com algumas escoriações, o líder de Iwa parecia inteiro. Os demais ninjas estavam bem feridos, mas nada que parecesse vital. Todavia, se Konoha tivesse demorado mais a chegar, o quadro poderia ser outro. — Quando cheguei, o jinchuuriki já estava transformado, então não conheço sua aparência. Confesso que fiquei surpreso ao ver a Kyuubi assim, completa, na minha frente... Mas não parece tão forte quanto eu me lembro... Tem algo estranho... Acho que vocês podem cuidar dela sozinhos, e eu ficarei de cobertura, para evitar que escape e causa mais estragos, e mais mortes. Mas, ainda assim, tenham cuidado: ainda é a Nova Caudas ali.

— Certamente que terei cuidado. Deixe conosco agora. — respondeu Jouichirou, de forma firme. — Iremos fazer o primeiro ataque. Aproveitem esse espaço para recuar... Essa situação é lamentável... mas trataremos melhor disso depois, Tsuchikage-sama. — embora veterano de guerra, Jouichirou não deixava de tratar um líder de vila com o devido respeito. Este, somente acenou positivamente com a cabeça, e aguardou que as ações fossem tomadas. — Quero vocês dois atacando o alvo à distância lateralmente, para chamar a atenção. — principiou então com as ordens de batalha, apontando para os subordinados — Vocês dois farão o mesmo pela esquerda. Vocês atacarão de frente no final, comigo e Hakuro. Você e Hirei ficarão atrás junto com Chiharu. Todos prontos, ao meu comando...

O Jinchuuriki imediatamente sacou sua espada. A lâmina deslizou pela bainha num chiado curto, mostrando seu fio branco e bem polido - havia sido recentemente substituída, a final, mas estava pronta para ação. Hakuro estalou o pescoço e, por fim, levou a mão até as laterais de seu kimono, na parte interior. Ele o abriu e abaixou, deixando exposto apenas a blusa negra que vestia por debaixo, levemente colada ao corpo, o que revelava seu físico magro, porém tonalizado, dando a impressão de um biotipo que valorizava a velocidade. No sinal, finalmente, partiu!

O Sarutobi correu à toda velocidade pelo campo de batalha. Ligeiro, seu corpo se deslocou além do limite possível, tomando a dianteira até chegar perto o suficiente para seu golpe; seus pés deslizaram no chão levantando poeira, e quando terminou sua frenagem, repousou a katana com a ponta contra a terra para que suas mãos rápidamente executassem uma sequência ampla de selos - mais que a quantidade normal para aquela técnica característica do Jounin Especial: — Katon: Chou Haisekishō! (Elemento Fogo: Grande Cinza Ardente) — Com um supro, uma quantidade anormal de fumaça visível se expeliu. Diferente de sua versão comum dessa técnica, a fumaça parecia extremamente carregada e quente antes mesmo de entrar em contato com fogo. Ela emitia chiados estranhos dentro de sua nuvem disforme, como se faíscas estivessem para sair a qualquer instante. Se seu pai seguisse com um ataque de fogo, os dois se combinariam numa ofensiva poderosa e gigantesca.

Tudo fora feito conforme o ordenado, em sincronia ímpar. As duas primeiras duplas se deslocaram para as laterais da Besta, atacando com ninjutsus elementais diversos para perturbar a atenção do inimigo. Em seguida, Jouichirou liderou a investida frontal: os subordinados restantes atacaram com ninjutsus, seguidos por Hakuro, que usou sua característica técnica Katon: Chou Haisekishō. Assim que reconheceu o jutsu do filho, Jouichirou fez uma rápida execução de selos, inspirando rápida e profundamente para então expelir uma forte rajada de chamas. — Katon: Karyuu Endan! (Explosão do Dragão de Fogo) — O fogo subsequente funcionou como um grande estopim da técnica do Sarutobi, resultando numa grande explosão. As chamas resultantes foram grandes os suficiente para cobrir todo o corpo da Kyuubi, e quase alcançava os ninjas mais próximos dela. A fumaça se misturava à poeira levantada pelos destroços de pedras, obstruindo a visão por poucos instantes.

Enquanto ainda havia fumaça, o Kage recuava com seu grupo, recuo este que se iniciou com alguns segundos de atraso, pois alguns ninjas de Iwa ficaram parados, boquiabertos ao contemplarem a combinação de ninjutsus de pai e filho. Hirei também se afastava um pouco junto de Chiharu e outro ninja aliado. O primeiro ataque, embora mais estratégico do que realmente ofensivo, havia sido bem sucedido.

Mas o inimigo não ficaria parado. Quando a fumaça baixou, a Fera de Chakra se mostrou inteira, como se nada lhe houvesse ferido. E em retaliação, disparou de sua boca uma rajada de energia, tão potente quanto veloz. Ao perceber o ataque, Jouichirou moveu rapidamente suas mãos. Pretendia defender a todos, se assim pudesse...

O disparo de chakra veio rápido. Hakuro, sempre alerta, jogou-se para a esquerda, escapando por pouco da trajetória do ataque. A Kyuubi movia a boca de um lado para o outro enquanto atacava, fazendo o disparo percorrer o campo de batalha como um leque. De imediato, Jouichirou conjurou uma parede de pedras, espessa e longa, protegendo a si e aos demais ninjas que não foram ágeis o bastante para escapar. A parede, entretanto, não suportou mais que aquele ataque, desfazendo-se logo em seguida. Com a cena, com o líder comandando a batalha e defendendo os que não podiam fazê-lo, uma confiança se alastrou de imediato pelo campo. Uma faca de dois gumes...

Um dos ninjas que ainda estavam na zona lateral direita da Kyuubi deu dois passos à frente, um erro que lhe custou caro. A Raposa virou rapidamente para o mesmo, que somente teve tempo de ver a sombra de seu grande corpo erguer-se sobre si. A boca da Besta cresceu em direção ao ninja, fechando-se na altura de sua cintura, sem chances de evitar o contrário. A Bijuu puxou com força a metade do corpo abocanhado, dilacerando-o ao meio, e jogando a metade de cima para a frente, tendo esta caído justo aos pés de Hakuro. Enquanto vagou pelo ar, jorrou sangue do corpo, sujando quem estava pelo caminho. O outro ninja da direita, que permaneceu vivo, ficou paralisado, sem ações, tremendo enquanto via as vísceras expostas de um companheiro de batalha que estava vivo segundos atrás. A lição foi dura, porém simples: não se podia descuidar com a Kyuubi.


Última edição por Fësant em Ter 25 Out 2016, 00:11, editado 3 vez(es)
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Episódio 37 | Ataque em Iwa. Parte(1) Empty Re: Episódio 37 | Ataque em Iwa. Parte(1)

Mensagem  Fesant Ter 20 Set 2016, 14:12

Hirei mostrou-se devidamente supreso com a situação. Embora não fosse do tipo mais sentimental, assistir alguém ser dilacerado tão brutalmente em sua frente o fez suar frio. Não fosse pela máscara, ficaria evidente para todos ali o seu grande desconforto, algo bem fora do seu jeito característico. Toda a empolgação acumulada até então por ter a oportunidade de participar de um combate envolvendo a Kyuubi foi por água abaixo. Parado, pareceu precisar de um tempo para se recompor — embora de fato tivesse todo o tempo do mundo, aparentemente, visto a sua pouca utilidade para a luta. Ter habilidades exclusivamente mentais foi o que determnou a sua incapacidade ali, pelo menos provavelmente.  

— Satoru... — Jouichirou deixou escapar em murmúrio o nome de seu subordinado morto. A reação de todos ali, incluindo o líder, era de puro espanto ao ver uma vida ser terminada em segundos, como se nada fosse. Embora pasmo, Jouichirou era veterano de guerra, e já viu situações semelhantes, ou até piores. E como o Capitão daquela companhia, tinha o dever de equilibrar novamente a moral do grupo, pois aquele era somente o início de batalha. — Alinhem-se! Satoru se foi, mas não temos tempo de chorar sua morte ainda. Precisamos vencer, e sair daqui vivos para dar a ele um funeral digno. E aprendem a lição: esta é a Kyuubi, uma bijuu! Não façam movimentos desnecessários. Vamos repetir o ataque, agora com força total! Não meçam esforços! Todos, ao meu comando...

Hakuro entre-abriu sua boca por alguns milímetros com a morte do companheiro. Seus olhos acompanharam a parte remanescente do corpo do rapaz ser levada embora enquanto o cenário ao redor parecia em câmera lenta em sua visão. Quando a morte foi confirmada pelo seu cérebro, o alvo imediatamente voltou a ser a falsa raposa a sua frente. Ele guardou sua espada, arqueou o corpo para frente e rugiu alto o bastante para chacoalhar as árvores ao longe! O rugido, contudo, não era humano. Era como um eco do rugido daquela besta - ou melhor, era o rugido de uma segunda besta daquelas! Bolhas avermelhadas de chakra escaparam pelos poros da sua pele e pouco a pouco contornaram seu corpo. Uma, duas, três caudas surgiram ao redor do Jinchuuriki, cujo corpo já havia sido tomado por aquela energia sinistra - foi quando um passo além foi dado. A energia ao redor de seu corpo iniciou um processo estranho de condensamento e sua transparência desapareceu. Ela se tornou opaca, brilhante e flúida como uma espécie de fogo liquido! Uma quarta cauda surgiu e mais um rugido resôou. Hakuro enfiou as duas mãos no chão, agora enormes e de dedos pontudos. O braço percorreu caminho pelo subsolo e surgiu em tamanho colossal debaixo da Kyuubi, seguindo até o pescoço do monstro a fim de enforcá-lo.

Somente um bijuu poderia ser capaz de conter outro. E nesse caso, foi Raposa contra Raposa. Quando Hakuro deixou o chakra feral lhe fluir pelo corpo, os aliados mais próximos se assustaram, e automaticamente deram um passo para trás. Nenhum deles havia enfrentado um jinchuuriki na vida, muito menos dois. Somente quando viram o Sarutobi demonstrar total domínio sobre a Besta de Cauda que tinha em seu corpo é que os demais ninjas se acalmaram um pouco. O braço de denso chakra surgiu sob a Kyuubi, mirando e acertando seu pescoço, passando a apertá-lo com força. Por reação, a Raposa moveu levou as duas patas dianteiras até o braço, tentando-o fazer com que a soltassem pela força, mas sem êxito até então.

— Ataquem, todos! — bradou Jouichirou de imediato. E com isso uma série de ninjutsus foram novamente lançados contra a Bijuu que berrou alto no final da sequência de técnicas, embora provavelmente menos por dor do que pela cólera de estar imobilizada. Quando os ataques cessaram, a fera foca novamente em tentar se livrar do agarramento, usando de todas as suas forças para retirar de seu pescoço o braço de chakra criado por Hakuro.

Entretanto, quando a Kyuubi parecia quase estar prestes a se soltar, viu o braço de chakra que lhe sufocava tomar corpo de súbito, aumentando a intensidade do aperto a um ponto em que a Raposa não conseguia sequer resistir. Hakuro sabia que a fera inimiga não ficaria parada e tentaria se desprender a todo custo, e por esse motivo esperou o momento certo para aumentar a potência do chakra no braço de forma rápida, como alguém que espera a hora certa para dar o puxão final em um cabo de força. Em resultado, a Kyuubi grunhiu, mas dessa vez num som alto e fino, como um animal que tem sua voz esganada.

Hirei pareceu ter tido o tempo suficiente para se recompor após a cena assistida ainda há pouco. A fera, embora extremamente forte, ainda se tratava de uma fera. Não possuir uma mente consciente e inteligente podia ser um problema para o genjuteiro, mas para os seus aliados em combate podia ser uma das melhores vantagens. Fosse como fosse, não cabia a si somente assistir o desenrolar da luta. Era o seu trabalho antecipar as possíveis situações onde tudo poderia se desmoronar, onde algo poderia dar errado. Embora se tratasse de um inimigo pouco esperto, aquele responsável por solta-lo ali não deveria ser. Alguém estava por detrás daquilo, e embora óbvio poucos mostravam se importar de fato. Não havia porque culpa-los, uma Bijuu seria a melhor das distrações, caso fosse este o seu propósito. "Essa Kyuubi é estupidamente forte, sem dúvidas... Mas por mais que ela seja, será que esperavam mesmo que fosse passar por todos sozinha? Não sei se previam o envolvimento da verdadeira Kyuubi e de Jouichirou, mas a única coisa que me resta fazer é esperar que sim, esperar o pior. Todos sabem que existe um motivo oculto nisto, provavelmente, mas eu sou o único livre para pensar sobre, já que não estou envolvido com a batalha. Preciso pensar... Bem, por hora, farei o básico." Após alguns selos, usou sua técnica Yamanaka responsável por procurar mentes alheias. Embora não fosse um ninja rastreador, possuía alguma habilidade para tal. Tudo o que lhe restava fazer é prever a chegada de algum inimigo, enquanto pensava mais a respeito da situação em si.

— Ataquem! Despejem todo o chakra no inimigo! — ordenou mais uma vez Jouichirou, à medida em que ele próprio também realizava selos de mão. O grande líder inspirou profundamente, para em seguida soprar uma imensa onda de chamas sobre a Kyuubi, soprando continuamente como se todo o fôlego do mesmo fosse se perder com aquela única técnica. A Bijuu foi tomada pelas chamas, berrando, enquanto outros ninjutsus e ataques se juntavam ao fabuloso katon de Jouichirou. Naquele momento, era somente Konoha quem atacava, e a cada ofensiva o sabor da vitória parecia se desenhar no campo de batalha. No fim, uma grande cortina de fumaça cobriu o lugar. Por também ter sofrido os ataques, o braço de chakra de Hakuro se enfraqueceu, desfazendo-se. Quando a fumaça baixou, viram a Raposa de Nove Caudas com a cabeça arqueada, visivelmente enfraquecida. O bom ânimo voltava a fluir pelo grupo.

Mas o erro de instantes atrás se repetiu. Um dos ninjas que estavam próximos a Hakuro, na dianteira do campo de batalha, avançou contra a Kyuubi descuidadamente. Sem qualquer piedade, a Bijuu o abocanhou de uma só vez, tremendo de raiva, e simplesmente mastigou o corpo ainda vivo do pobre ninja, que gritou em desespero, e ao final foi cuspido ao chão como restos disformes banhados em sangue.

Com ele, já foram duas baixas. As mortes eram tão violentas quanto absurdas, e todos custavam a acreditar no que viam. Apesar de somente Jouichirou ser um veterano experiente, todos ali eram ninjas qualificados demais para cometer deslizes do tipo. Por um momento, culpavam a euforia dos ataque bem-sucedidos, mas não era ali que residia a verdade. Contudo, somente uma pessoa seria capaz de, talvez, entender o que se passava.

Sem grandes pretensões, e mais por cautela, Hirei usou a técnica de transmissão mental de seu clã para vasculhar os arredores, e com isso notou algo estranho. Um estranho, uma mente não conhecida, foi identificado a 30 metros de sua posição, e estava até então parado.

"— Hakuro! Jouichirou-sama! Um estranho está localizado a 30m daqui, parado. Eu podia gritar em voz alta, mas prefiro não arriscar caso ele ou outra pessoa esteja acompanhando esta luta." — Hirei tratou de ser o mais direto possível, comunicando-se com os dois em questão por telepatia.

"— Um estranho?" — indagou Jouichirou, também respondendo a Hirei em pensamento "— Não posso ignorar isso, mas não posso mandar ninguém daqui averiguar. Dois já morreram, e se perder mais um subordinado a batalha pode desandar..." — a comunicação mental silenciou por alguns instantes, e quando retornou, os dizeres de Jouichirou foram mais que óbvios "— Vá até lá, Hirei. Chiharu terá que ficar sozinha na retaguarda, mas não há outro remédio. Avalie a situação e reporte o que descobrir. Retorne imediatamente se for o indivíduo identificado não for de importância."

Hirei sequer hesitou à ordem de Jouichirou. Era como se somente estivesse esperando permissão para ir até lá, visto que ninguém poderia se retirar dali no meio da batalha. Foi o mais discreto que pôde, embora contasse com o elemento surpresa e o sensor para conseguir chegar perto do alvo, pelo menos o suficiente para alcança-lo com algum de seus jutsus.

Ao aproximar o suficiente, mais uma vez não hesitou: Shintenshin no Jutsu! Projetou a sua mente na direção do alvo, buscando tomar controle de seu corpo no ato. O ato era arriscado, de fato, porém o risco seria maior ainda caso um genjutsu seu falhasse e tivesse a sua posição descoberta. Além do mais, não era como se estivesse se arriscando menos que aqueles em frente ao poder da Kyuubi. Não havia razão para recuar.

Enquanto Hirei cumpria a determinação de Jouichirou, o grupo ainda lutava contra a Kyuubi, a qual, agora livre, inicia sua retaliação. A bijuu abre sua grande boca e começa a concentrar uma grande e densa quantidade de chakra dentro da mesma. O processo demorou uns instantes, tempo no qual os ninjas da Folha pareciam sentir todo o fluxo de ar convergir para aquele ponto, ao passo em que o céu também ficava mais escuro, com nuvens mais carregadas. Um clarão tomou conta do céu subitamente, como o anúncio da tempestade que logo chegaria. E quando o chakra da Raposa atingiu o ponto máximo de sua concentração, transformando-se em uma grande esfera de pura energia, a Fera disparou o ataque. A bola de energia pousou ao chão e avançou violentamente para frente. Jouichirou realizou uma sequência de selos na maior velocidade que pôde e conjurou uma nova muralha de pedras para tentar conter o ataque. Contudo, não foi o suficiente, e a esfera derrubou a proteção como se nada fosse. E quando finalmente alcançou a posição do grupo, explodiu.

Hakuro e Jouichirou tinham conseguido conjurar uma combinação de técnicas Katon magnífica, com explosão de mesma magnitude. Todavia, o ataque que o Jinchuuriki já reconhecia como a Bijuudama provocou uma explosão ainda maior. A terra tremeu como se fosse o fim dos tempos, despedaçando-se. As rochas que se desprendiam do chão passavam pouco tempo no ar, desintegrando-se em instantes. O corpo era tragado pela força da explosão, tornando-se quase impossível manter-se de pé. E no fim, um calor infernal desceu ao chão, fazendo a umidade do ar se alterar e forma abrupta, o que de logo deu início a uma chuva. No fundo, como fúnebre trilha sonora, o som da Kyuubi em uivo, finalizado com o trovão do clarão visto instantes antes. Quando se foi possível abrir os olhos, a cena vista foi a mais lamentável: mais dois ninjas jaziam ao chão, mutilados. Jouichirou havia corrido para trás no último instante, abraçando Chiharu e assim protegendo um pouco a mulher a quem seu filho declarou amor. As costas do líder estavam em carne viva, misturando-se com os restos das vestes de forma indistinguível. Hakuro tentou usar de sua agilidade para diminuir os danos, mas pouco conseguiu. Se não fosse a pouca proteção do chakra Bijuu que também lhe circundava, com certeza seu corpo teria sido dilacerado. Por sorte, ou não, saiu ensanguentado, com ferimentos abertos em todos os cantos possíveis do corpo, mas que logo começaram a fechar, evitando uma hemorragia. Uma Kyuubi lhe feriu, e a outra lhe salvava.

O cenário de destruição em massa fez com que Hakuro pausasse por alguns instantes. Sobreviver a algo daquela magnitude havia atordoado os sentidos do Jinchuuriki, e naquele instante, tudo que podia sentir era a dor de seus ferimentos pouco a pouco se alastrando pelo corpo. Ele olhou em volta, seus olhos negros e disformes pesquisando o ambiente em busca das únicas pessoas ali com quem de fato se importava - e quando se deu conta do quanto seu pai havia sofrido, rugiu. A morte de mais dois companheiro não causou nenhuma reação no Jinchuuriki em forma de monstro, mas olhar o estado deplorável de seu pai e a possibilidade da morte de Chiharu o instigou além de mera raiva. Ele então afastou-se alguns metros, até repentinamente parar e arquear-se para frente. Sua cabeça praticamente encostou no chão, com ambas as mãos sustentando o corpo em posição de bote. Foi quando, de repente, sua boca se abriu, escancarando além do humanamente possível num movimento rápido e brusco, quase mecânico. Do interior, então, surgiu uma densa fumaça que se esvaiu pelos cantos do seu rosto - de repente, um tracejo vermelho, outro e mais outro em sucessão rápida, cada um deslocando o ar e levantando poeira conforme sua velocidade aumentava, todos disparados contra a Kyuubi falsa. Feito uma metralhadora, Hakuro atirou uma quantidade incontável de esferas de chakra escandescentes para explodirem contra a fera, cada qual zumbindo no vento feito um tiro de metralhadora anti-aérea - ou nesse caso, anti-tanque. Desse ponto em diante, a Kyuubi verdadeira pretendia igualar o poder de destruição da falsa.


Última edição por Fësant em Dom 25 Jun 2017, 17:48, editado 3 vez(es)
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Episódio 37 | Ataque em Iwa. Parte(1) Empty Re: Episódio 37 | Ataque em Iwa. Parte(1)

Mensagem  Fesant Qua 21 Set 2016, 22:56

Os disparos de chakra de Hakuro foram rápidos e potentes. O primeiro acertou a Kyuubi bem no meio dos olhos, desnorteando-a por um ínfimo instante, o suficiente para acertar um segundo tiro bem sob o seu grande maxilar. O jinchuuriki tentou encaixar mais um ataque, porém a Fera conseguiu se recompor no último segundo e desviou a bala de chakra com a pata dianteira, fazendo-o colidir alguns metros depois com a parede de pedras que estava à direita, destruindo-a.

Enquanto isso, Hirei se aproximava do indivíduo desconhecido, que permanecia parado enquanto o ninja de Konoha se movia. Quando se encontrou perto o suficiente, o Yamanaka usou a técnica característica de seu clã, e assumiu o controle do corpo do estranho. Olhando para baixo e para cada parte de si, analisou o novo corpo que controlava. Sentia uma máscara sobre a face, que lhe abafava um pouco a respiração. As vestes eram comuns, em tons de preto. Mas duas coisas chamaram a atenção de Hirei naquele momento: a primeira era que aquele se tratava de um corpo do sexo oposto, e bem agraciado em curvas; e a segunda era que aquele corpo contava com um habilidade natural de sensibilidade ao chakra, que permitia ao ninja sentir tudo o que ocorria à sua volta, algo inimaginável para ele até então.

— Olha só... — Comentou no novo corpo, falando em voz alta com aquele tom feminino. — Eu geralmente não me sinto bem controlando gente do sexo oposto mas enfim. Ah ops, esqueci de você. Tá tudo bem contigo aí, querida? — Tentou comunicar-se com a dona do corpo no qual se encontrava, embora parecesse fazer isto mais com a intenção de provocar ela do que com algum objetivo construtivo em si. — Nossa, é com certeza diferente sentir o chakra com tanta profundidade e naturalidade. — Após terminar de empolgar-se com o novo corpo, tratou de tentar sentir o máximo possível de shinobis ao seu redor, visto a nova habilidade em posse. Após isso, dirigiu-se o mais rápido possível para perto da batalha, afim de atrapalhar até onde fosse possível qualquer que fosse a intenção da mulher da qual possuía controle.

“— Mas que diabos é isso?! Você está controlando meu corpo? Ah... Só pode ser um Yamanaka... É muito azar...” Hirei então ouviu em sua mente a resposta revoltada da inimiga controlada.

Enquanto isso, a luta de vida ou morte continuava no centro da Vila Oculta da Pedra, a qual já somava quatro baixas entre os ninjas de Konoha. Jouichirou parecia terminar de conversar algo com Chiharu, deixando-a no fim com uma ordem. — Entendeu, filha? Agora se afaste mais. Outro ataque desse calibre será fatal para você. — A Senju, ainda debilitada, somente assentiu com a cabeça, e passou a correr na direção contrária, afastando-se. Em seguida, Jouichirou passou a andar apressadamente até alcançar a frente de batalha. Com um gesto, chamou os demais ninjas que ainda estavam espalhados pelo campo, reorganizando-os logo atrás de si. A situação do líder, principalmente de suas costas, era deplorável, agoniante e doloroso só de olhar. Mas o mesmo permanecia ereto, de pé, suportando toda a imensa dor que com certeza sentia. E novamente agindo como o grande líder que sempre foi, disse. — Não vou admitir mais mortes. Não viemos aqui para morrer. Viemos para lutar, sim, dentro e fora do campo de batalha. Juntar as forças necessárias para voltar a Konoha e recuperar das trevas nossa amada vila. E para isso, temos que sair todos daqui! Permaneçam atrás de mim. Protegerei a todos na medida do possível. Ataquem ao meu comando!

E então mais uma chuva de jutsus foi lançada contra a Besta. O grupo começava a mostrar sinais de cansaço, tanto físico quanto moral, e a luta parecia ainda distante de acabar. Os ataques eram bem conectados, porém a resistência da Bijuu era descomunal, algo até então nunca enfrentado pelos ninjas da Folha ali presentes. E logo após se recuperar, a Kyuubi cuspiu sobre eles mais um disparo de chakra. De imediato, Jouichirou conjurou uma nova muralha de pedras para, pelo menos minimizar os danos e garantir a sobrevivência de todos.

Dessa vez, a barreira de pedras resistiu bem ao ataque, deixando somente escapar alguns filamentos de energia ao final, quando sua integridade estava no limite.

A barragem de disparos não parou. O Jinchuuriki de Konoha mais parecia uma metralhadora montada em um trapézio que uma besta de caudas. Sua boca continuamente expelia uma quantidade anormal de esferas de chakra contra o inimigo, cada disparo mirado contra o corpo colossal da criatura; os tiros zumbiam e explodiam numa chuva de fogo e morte, o que era sorte não haver ninguém em combate corporal com a Kyuubi por ali. Foi quando, de repente, a chuva de tiros parou. A boca da Kyuubi de quatro caudas se trancafiou num movimento brusco e desapareceu, não restando nem mesmo um risco que indicasse seus lábios. Via-se agora apenas os olhos negros no rosto liso da criatura que Hakuro havia se tornado, pronto para adotar outra estratégia - seu chakra não aguentaria muito mais daquele assalto.

Hakuro precisou cessar o controle sobre o chakra bijuu que tinha em seu próprio corpo. Costumava fazer isso em um tempo seguro, por precaução, para evitar correr o risco de perder o controle. Contudo, aquela hora não poderia ter sido a pior possível para deixar de usar a única proteção que tinha. A Kyuubi inimiga pareceu querer mostrar ao jinchuuriki Sarutobi como deveria ser um verdadeiro disparo de chakra sequenciado, e disparou exatas três esferas de puro chakra condensada, tal como Hakuro também havia feito. Mas o poder destrutivo daqueles disparos era visivelmente maior, somente de olhar. O ataque foi tão rápido que Jouichirou não teve tempo de refazer a muralha de proteção, e assim Hakuro, um subordinado, e ele próprio foram atingidos. Do corpo do ninja atingido, nada sobrou, nem sequer uma ínfima gota de sangue, sendo desintegrado na explosão do projétil. Jouichirou tentou evitar ser atingido como pôde, mas não conseguiu impedir que todo o seu corpo fosse novamente queimado. A explosão fez o corpo do Líder ser arremessado para cima e cair novamente ao chão, tendo lá ficado. A vida não lhe foi tomada naquele ato, mas a poça de sangue que começou a se formar sob seu corpo caído já dizia que algo precisava ser urgentemente feito.

Mas quem realmente sofreu com o ataque fora o jinchuuriki. O impacto foi tamanho que por muito pouco seu braço esquerdo foi fora arrancado do corpo, ficando preso ao tronco por alguns poucos filamentos de músculos e pele, mas completamente inutilizado. O sangue lhe descia do corpo de forma tamanha que nem mesmo a regeneração natural que tinha conseguia conter. Hakuro caiu de joelhos, mal conseguindo ficar nesta posição, e logo se deixando quedar completamente ao chão. Aos poucos, via sua consciência se perdendo. Não sentia o próprio corpo, não sentia o ar lhe encher os pulmões na difícil e ruidosa respiração, e sequer sentia dor, mesmo no deplorável estado do corpo. E no fim, toda visão havia ficado turva, e depois no mais absoluto negro. Sua vida esta lhe escapando...

... Mas a Besta em seu interior não deixaria isso acontecer...

Hakuro estava caído, mas com o envolto pelo já conhecido chakra da Raposa, mas de uma forma visivelmente mais violenta e incontrolável que o habitual. Instantes depois, levantava-se... ou quase. O rapaz havia assumido uma posição quadrúpede. O chakra revolto da Kyuubi o circundava por completo, dando a ele uma aparência bestial, e com três caudas desenhadas ao final do tronco. A Kyuubi e o jinchuuriki em transformação se encaravam e rosnavam um para o outro. Uma luta entre Bijuus se anunciava...


Encerramento





Última edição por Fësant em Ter 25 Out 2016, 01:04, editado 3 vez(es)
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