Naruto: Shinobi no Sho - Sistema D8 de RPG
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Episódio 02 | Uma Nova Liderança

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Mensagem  Darthix Qui 01 Fev 2018, 01:22


Abertura




No episódio anterior, um grupo de assassinato à mando da Revolução emboscou a caravana que supostamente escoltava um embaixador imperial. Preparados para realizar uma emboscada, o trio da névoa foi pego numa armadilha ao lançarem um ataque contra o comboio - agora, enfrentando um General que já os aguardava, se viram pressionados em batalha. Nekomata, o Jinchuuriki de Duas Caudas, foi vítima de um cruel ataque que o deixou à beira da inconsciência; pingando sangue por diversos rasgos e furos em seu corpo, o shinobi sentiu a besta em seu interior rosnar e arranhar as barras da gaiola que a impediam de vir ao mundo. Precisou respirar fundo e se recompor, mas todo instante era vital - se não se atentasse, talvez o próximo golpe se tornasse o último. Observando aquela situação se desenrolar, era hora de Kohrimakura agir.

Kohrimakura arregalou os olhos em resposta ao ataque sofrido por Nekomata. A sua expressão não tinha como demonstrar mais surpresa, de tanto que enfatizou esta feição, chegando a tirar a máscara por alguns insantes. Chegava a ser exagero por sua parte comportar-se assim diante daquilo. Um colega seu ser vítima de uma técnica daquela escala era surpreendente - sem dúvidas - mas não ao ponto de ficar ali boquiaberto por vários segundos. De cabeça pra fora de um espelho, todos podiam ver o rosto paralisado do shinobi do Gelo, como se tivesse presenciado uma cena de outro mundo. - Nekomata-kun!!! Que porrada foi essaaaaaaa?! Hahahaha agora tenho certeza de que vamos morrer todos aqui! Começando pelo Nekomata-kun! Hahahaha! - Ainda que estivesse esboçando uma extrema surpresa, a sua risada constante vinha à tona cada vez mais à medida que falava, até voltar completamente ao seu estado normal - que de normal nada tinha. - Ah, não tenho escolha! Preciso ir com tudo!!! Algum de nós precisa ir ou nosso felino vai cair logo logo! - Partindo de um espelho para o outro em uma imensa velocidade, Kohrimakura mal era visto a olho nu, de tã rápido que era em deslocar-se entre os espelhos. Durante estes percursos, no entanto, lançava várias shurikens na direção do inimigo. Não parando por aí, tratou de dar início a vários selos com a outra mão que - livre - dava origem a mais um dragão de gelo que partia com tudo em direção ao mesmo alvo, destruindo e congelando tudo em seu caminho.

Um dragão gigantesco de cristais gélidos se formou por debaixo da redoma que cobria parte do campo de espelhos - sua cabeça se projetou para fora das pedras e destruiu completamente a estrutura, rosnando conforme uma névoa densa se formou ao redor do campo de batalha devido à rápida baixa de temperatura; serpenteando em direção ao general, o ataque colidiu contra seu peito, fazendo o homem esbugalhar os olhos e gritar em dor e pânico. Seu corpo foi arremessado diversos metros para trás em alta velocidade, quicando no chão a cada dois ou três metros deslocados - conforme batia e rolava, um vulto quase invisível acertava seu corpo, fazendo sangue jorrar e criar uma trilha na terra batida. Quando finalmente parou próximo de Nekomata, o Jinchuuriki viu que o inimigo já estava morto. Seu rosto, completamente branco e pálido, havia sido perfurado nos olhos, pescoço e testa por diversas shurikens. A armadura se quebrou completamente no ponto de impacto do ataque de gelo e a caixa torácica implodiu com a pancada, fazendo com que suas costas se abrissem e suas costelas invertessem de lado, perfurando a pele e saindo por detrás do corpo. A batalha havia terminado tão rápida quanto havia começado. O uivo do vento foi tudo que sobrou naquele lugar. Kohrimakura, de uma posição mais elevada, viu ao longe uma sombra se movendo para o norte em alta velocidade.

O Nekomata ficou sem reação. Mesmo já conhecendo a habilidade de Kaito, a forma como o inimigo foi literalmente aniquilado o deixou sem palavras. Respirou fundo e passou a dissipar a energia vermelha que rodeava seu corpo, voltando ao seu estado normal. A luta havia acabado e não havia mais motivos para exigir mais apoio de seu "aliado interior". -- Humm... Que bom que acabou... O problema agora é que isso em nada tinha a ver com nossa missão. Estou na dúvida se realmente existiu uma caravana diplomática ou se absolutamente tudo foi invenção desse General... Pior que não teremos como perguntar mais...

O jovem Yuki assistiu à morte imediata do inimigo, não revelando expressão certa em relação a aquilo. De certa forma, mata-lo não lhe trouxe qualquer alegria como traria caso fosse Wanizame, tampouco o fez reagir de maneira muito relevante. Não esperava que seu ataque acertasse tanto em cheio, mas também não se alegrou a ponto de comemorar. A morte dos demais, partindo do seu comportamento naquele momento, parecia não lhe significar muito, como se não entendesse de fato o que significava. Não havia peso em sua consciência e nem mesmo um senso de dever cumprido. No entanto, ao mirar seus olhos nos companheiros, um sorriso voltou à tona, ao saber que continuaria a lutar com o mesmo grupo, por não ter havido quaisquer perdas. No entanto, um pensamento tomou conta de si em meio a aquela situação, que decidiu compartilhar ao dize-lo em voz alta. - Droga, esqueci que era pra deixar vivo. Wanizame-kun vai me matar. Hahahaha! -Olhando de longe para o companheiro, tratou de desculpar-se de imediato: - Perdão, Wanizame-kun! Juro que foi sem intenção! - Indo para perto de Nekomata, averiguou suas condições, para ver se estava sob algum perigo. Após confirmar que não era tão grave, foi surpreendido pela sombra se movendo em alta velocidade ao longe. De modo a comunicar os demais, exclamou: - Ei! Tem uma sombra se movendo para o norte, ali!

Sai de dentro da poça, olhando para a casa de espelhos de Kohrimakura. O shinobi respirava fundo e suspirava, aquilo havia acabado mais rápido que o esperado, mas ainda assim, havia sido o suficiente pra quase aniquilar Nekomata, isso seria, sem dúvidas um grande problema. -- Acho que todos esses anos na minha companhia te fizeram bem, Kohrimakura. Pena que ele morreu, gostaria de torturá-lo e conseguir mais informações. - Então voltava seu olhar a Nekomata, que ainda sangrava em decorrência do último ataque do general. -- Bom que você tá vivo, eu que vou te matar. - Dava um sorriso ameaçador com o canto da boca. Então voltava seu foco para o objetivo e lembrava-se do ocorrido antes da batalha. -- Então, aqueles guardas e a tal sombra... provavelmente eram algum tipo de genjutsu, devíamos ter suspeitado. E o que vamos fazer quanto ao Embaixador? Nossa missão ainda não foi concluída, pelo menos não aparenta estar. - Observava para a direção apontada por Kohrimakura. -- É pra lá que devemos ir.

O trio imediatamente iniciou corrida rumo ao norte, seguindo a direção geral pela qual aquela sombra parecia ter seguido. Pulando entre as árvores, observaram a floresta tornar-se cada vez mais escura conforme invadiam aquela mata - o ar denso, úmido e morno trazia uma sensação completamente diferente de Kirigakure, em especial pela falta da névoa constante que cobria suas visões. Dez minutos se passaram antes de terem qualquer sinal da presença de um inimigo. Por entre alguns galhos, o grupo vislumbrou o surgimento de uma enorme clareira artificial, com seu centro preenchido por barracas improvisadas de pano. Próximo de uma fogueira apagada, um homem escrevia às pressas num pedaço de pergaminho - ele fechou o rolo de papel, realizou alguns selos e uma chama azulada tomou conta do objeto, o incinerando: - Merda... merda ... preciso sair daqui, a porra do General morreu! Ninguém me falou que a missão era Rank S... porra... Eu vou me aposentar depois disso, vou pegar minha esposa, meus filhos e vou pra longe dessa vida.  - O homem balbuciava para si ao passo que juntava alguns objetos no chão e colocava em sua bolsa, desde utensílios de viagem a algumas armas ninja comuns.

Esboçava outro de seus típicos sorrisos ao ver o homem assustado em seu alojamento provisório. -- Nosso alvo está aqui. Hehehehe! Nekomata-san, você consegue ver se tem mais alguém escondido por aqui? Não vai ser bom sermos pegos de surpresa novamente. Estalava o pescoço, estava quase em êxtase de ver um homem como aquele na situação em que estava, planejava utilizar o medo do Embaixador para arrancar o máximo de informações que pudesse e, só de pensar nisso seus punhos já se cerravam imediatamente. -- Essa tensão ao encontrar a presa... O shinobi diminuia a voz, atingindo um grave um tanto quanto assustador. -- ...é tão bom! Olhava para Kohrimakura. -- E você trate de deixar um pouco da diversão para mim também!

Kohrimakura avistou o homem com uma expressão calma. Ainda que estivesse coberta pela máscara, sua postura imediatamente dizia que estava tranquilo em meio a aquela situação. O homem desconhecido, ainda que pertencendo à facção inimiga, não demonstrava qualquer vontade de lutar. O ninja do Gelo não sentia empolgação nenhuma ao estar diante dele. Se não fosse ter um combate emocionante, a vontade de fazer algo a respeito era pouca. Pra sorte sua, este não era o caso dos outros dois - assim pensava. Ao notar as palavras de Wanizame, respondeu baixo, com uma expressão sorridente no rosto. -- Ele é todo seu, hahahaha! - Apesar de sua personalidade estranha e louca, não possuía a sede de sangue do companheiro, fazendo-o reagir com indiferença naquele momento. -- Acho que não precisa ver se tem mais alguém não. Faça a sua "coisa", Wanizame-kun. Eu lhe dou cobertura!

-- Lamento, Peixe-san, mas levei a pior contra o General, não tenho como ajudar muito agora... -- disse Mikazuki, enquanto aproveitava a parada para inutilmente tentar limpar da pele algumas das manchas de sangue dos ferimentos sofridos do último combate. -- E não contem comigo pra mais nada também. Sou o Nekomata, mas não tenho sete vidas. Não vou fazer nada de arriscado ou desnecessário. Boa sorte pra vocês. -- disse ao final, encostando-se em uma árvore e cruzando os braços.

Descendo das árvores, Kohrimakura e Wanizame discretamente seguiram até se posicionarem na retaguarda de uma das barracas improvisadas. Pela falta de som no ambiente, era provável que não houvesse mais ninguém lá, a menos que aquela fosse outra armadilha engenhosa. O shinobi solitário continuava a apressadamente juntar suas costas; quando finalmente terminou, colocou a mochila nas costas e suspirou fundo, limpando a testa com a palma da mão e fechando os olhos por um segundo: - Pronto ... Agora é só eu ir pra casa feliz, missão cumprida. Quando chegar vou me demitir na pr-... imeira. - A velocidade de sua fala se reduziu na última palavra. Quando abriu os olhos, avistou o corpo avantajado de Wanizame surgiu por entre as tendas. O membro da revolução viu a cor fugir do rosto do inimigo de maneira literal. As pernas do homem se abalaram por um segundo, e embora ele parecesse querer correr, demorou um bom tempo para que seu corpo obedecesse. Desenfreado e desengonçado, ele bateu retirada para o norte, entre tombos e desequilíbrios. O medo era tanto que qualquer sinal de profissionalidade havia ido embora.

Genjiro se sentia como um grande predador selvagem perante a sua presa, seu alvo coberto em medo apenas lhe aumentava a excitação. -- Chegar onde, shinobi? - Então, um sorriso brotava por detrás da máscara assim que seu alvo começava a correr. A caçada começava de fato, então o shinobi realizava uma sucessão de selos de mão, visando lhe aplicar um genjutsu, então ia até o homem. -- Vamos começar a festa, e você vai começar a contar tudo o que sabe. Começando pelo teor desta reunião com o país do fogo. E eu não estou para brincadeiras. - Falava tudo no tom mais calmo que conseguia. Então pegava duas kunais, atravessando cada uma em uma das coxas do shinobi.

Em meio a sua corrida, o shinobi simplesmente freou como se uma parede invisível o impedisse de seguir adiante. O corpo congelado pelo medo e pela técnica ilusória trincou os músculos, e conforme Wanizame se aproximava, sentiu o cheiro peculiar de urina começar a permear o ambiente. Quando cravou as kunais nas coxas do alvo, dois rasgos enormes fizeram com que pequenos esguichos de sangue começassem a sair pela carne, como chafarizes que jogavam sangue fora a cada batida de seu coração. Os olhos do ninja se encheram de lágrimas e seu lábio inferior tremia como o de uma criança em pânico: - P-Por favor ... por favor ... não ... leste ... país do fogo ... dinheiro ... armamento ... eu não sei!  - As palavras desconexas do shinobi eram intercaladas por soluços e um choro agudo: - Eu tenho filhos ... por favor ... eu tenho esposa. Konoe-chan ... eu te amo ...

Kohrimakura olhava para aquela cena revestido pela máscara. Seus olhos - a única parte visível - pareciam normais e livres de sentimentos. Esta era a posição do ninja do Gelo em relação a aquilo tudo: indiferente. Ele não sabia o que movia Wanizame em comportar-se assim, mas também não se importava. Não compartilhava do mesmo gosto por violência, porém nada fazia a respeito. De certa forma, era como se o jovem Yuki sequer estivesse percebendo o que ocorria ali. Ainda que observasse com clareza, a sua mente era incapaz de tentar buscar uma razão para aquilo, ou se aquilo era certo ou errado. Se o seu colegava gostava daquilo, então não havia mais o que se pensar a respeito. Voltando a expressar seu sorriso de sempre, ficou ali olhando ao longe, com a cabeça apoiada em sua mão, como se estivesse assistindo a uma peça de teatro. Voltando o seu olhar para onde se encontrava Nekomata, sorriu ao ver que ele realmente estava descansando próximo à árvore. Se pudessem ver o seu rosto, ele parecia dizer: "Já imaginava". E então sua atenção voltou-se para o indivíduo que estava sendo aterrorizado. Kohrimakura, a aquela altura, só assistia até o fim.

A situação toda causava um grande prazer ao Hoshigaki, a sensação da tortura era sempre algo incrível. Então, o shinobi aproximava seu rosto da face do shinobi, para lhe fazer suas últimas perguntas. -- Comecei a gostar de você, você coopera comigo. - Dava uns tapas de leve no rosto dele -- Agora, responda todas as minhas perguntas e eu lhe deixo ir. Primeiro, onde está o Embaixador? Segundo, quantos shinobis há com ele? E terceiro, o que era esse pergaminho que você acabou de queimar? - Então, mexia o pescoço até ouvir um estalo. -- Não se preocupe com sua família, se eu encontrar sua Konoe-chan e seus filhos por aí, eu conto a eles que você os amava, ok?

O ninja deu um sorriso nervoso quando ouviu que agradava seu torturador, como se aquilo o desse um mínimo de esperança de sair de lá com vida: - Ehe ... ehehe ... obrigado - Os olhos dele viravam-se de lado a lado constantemente, como se procurasse por mais inimigos espreitando nas sombras, mas sempre se fixavam em Wanizame quando o mesmo se movia, atento ao que estava por vir: - O-O Embaixador já está em K-Ono... Ono... Hara.... Kono... ha. E-Eu não sei quantos ... não agora ... eu fiquei para trás para acompanhar o general e relatar a vitória dele, mas... mas ... claro que vocês venceram! - O tom dele mudou repentinamente, para um alegre, embora imbuido em nervosismo e choro, como numa tentativa vã de virar o jogo: - V-Viva a revolução! V-Viva...  - E com a última frase de Wanizame, o desespero voltou em dobro. Já ciente de que sua vida não seria poupada, o homem debulhou-se em lágrimas e sua expressão se contorceu em pânico e tristeza.

- Nekomata-kun, quer jogar baralho enquanto o Wanizame-kun termina ali? A gente sempre fica aqui esperando ele! Aaaaaah! Ele quando começa não para! - Voltando-se para o ninja-peixe, Kohrimakura começou a gritar para que ele o ouvisse, como se não ligasse mais para a sua posição ser revelada. - Wanizame-kun! Apressa aí, por gentileza!!! Não podemos demorar muito!!!

Revirava os olhos em uma manifestação de asco ao ouvir as últimas palavras do torturado. -- Não me vem com essa história de revolução, porra! - Pegava outra de suas kunais e fincava no braço esquerdo do shinobi. -- Eu tava gostando tanto de você, rapaz. O que eu diria pra Konoe-chan se ela me perguntasse o que aconteceu com seu amado esposo? Que ele foi um shinobi que morreu porque não disse meia-dúzia de palavras? Seus filhos também ficariam envergonhados de saber disso! Então, vamos recapitular. Qual o conteúdo do pergaminho? E quem era o destinatário? Duas perguntinhas e você tá livre pra ver seus filhos queridos e sua esposa amada, além de finalmente poder se demitir dessa vida ingrata de shinobi, hein? - Encarava o shinobi friamente. -- E é bom não me enganar e nem fazer gracinhas, entendeu?

- P-Pro embaixador! P-Pro ... Embaixador! Por favor, não me mata. Por favor! Eu prometi pro meu menino que compraria um boneco de ação pra ele, por favor. Tá na minha bolsa! T-Tá na minha bolsa! Eu ia levar pra casa... por favor. O pergaminho dizia que o general foi morto, só isso, eu juro! Dizia que três nukenins da revolução o haviam matado, eu juro! E que ... e que um era o Jinchuuriki da Nibi... da Nibi... só isso! - Ele tentava se mover, mas não era capaz de sequer apontar para a mochila que havia em suas costas. As lágrimas secaram, como se a promessa de vida o fizesse tomar certa coragem, mas havia um problema - o rosto dele perdia cada vez mais cor, e olhando para baixo, Wanizame se deu conta de que o sangue continuava jorrando de suas coxas. Se continuasse assim, ele certamente morreria em breve por falta de sangue.

Mikazuki nem observava o que ocorria. Somente se mantinha de olhos fechados, encostado na árvore. Quando Kohrimakura o chamou, abriu o olho direito antes de responder. -- Humm? -- limitou-se a murmurar, em vez de realmente responder. Abrindo finalmente os dois olhos, passou a fitar a cena de Wanizame extraindo informações daquele ninja de baixo nível. -- Tsc.. Que desnecessário... Eu nem deveria ter pisado os pés aqui... Odeio esse lugar... E odeio baralho também.

Retirava as kunais das pernas do homem, finalmente havia adquirido toda a informação que desejava e certamente não gostava daquilo, o ódio que Wanizame sentia pelas outras nações, ainda mais com a atual circunstância, transbordava. -- Muito obrigado pelas informações. Não doeu, viu? Eu sei que meu charme pessoal ajuda com essas coisas! - Dirigia o olhar para a posição de seus companheiros e então voltava a olhar o shinobi. -- Eu deveria te deixar morrer na floresta, mas já sofreu demais. Mando lembranças a sua família. - Pegava uma das duas kunais e degolava o shinobi.

O rasgo aberto na garganta do homem foi tão grande que a língua dele se desenrolou e um pedaço saiu pelo buraco criado. Agora, os três shinobi estavam sozinhos na floresta. A missão parecia ter falhado, para todos os efeitos, considerando que seu alvo estava longe e seguro dentro da vila da folha - poderiam esperar que retornasse, mas não havia nenhuma informação sobre quanto tempo ele passaria por lá. Além disso, ficar fora por muito tempo comprometeria o anonimato dos três dentro da sociedade de Kiri.

- Hahahaha, tudo bem, Nekomata-kun! Eu acabei de lembrar que nem tinha trazido o baralho mesmo!!! - Disse Kohrimakura, com a mão escondida, voltando a guardar o baralho que estava sacando. Sacudindo um pouco a máscara, olhou para Wanizame. - Vejo que se divertiu, Wanizame-kun! Acho melhor voltarmos pra Kiri, ele não conseguiu dar a localização exata dele. Mas está tudo bem, mesmo tendo falhado na missão, nos divertimos muito!!! - Erguendo-se do chão, limpou as roupas e começou a andar na direção que apontava para a vila natal dos três. - Aaah, não aguento mais essa máscara! Vou tirar ela por um pouco só, quando estivermos na água!

Pegava de volta as kunais que usara e as guardava em sua bolsa de armas, então sinalizava para os companheiros descerem até a clareira. -- Esse homem me contou tudo. O Embaixador já está em Konoha, o General era apenas para nos atrasar, pelo menos descobri pra que serve essa reunião. O País do Fogo está ajudando os defensores do Daimyo com dinheiro e armamento, aquele antro de leprosos é nosso inimigo declarado. Então voltava seu olhar para Nekomata, o que diria a seguir é de extrema importância para ele. -- Lembra-se do pergaminho que ele enviou? Contava que nós vencemos o General... e que você é um jinchuuriki. Olhava para Kohrimakura. -- É o que nos resta, nós três não conseguiremos fazer mais nada com o Embaixador.

-- Yare, yare... Me deixei levar pela luta... Devia ter ficado escondido desde o início. Agora não tem muito mais o que ser feito. De volta a Kiri... -- disse o Nekomata, finalmente deixando sua posição para começar a andar, sentido à praia. Voltar para a Vila Oculta da Névoa, mesmo derrotados, era o que restava.

Embora tivessem perdido a oportunidade de assassinar um embaixador imperial, a morte de um membro de elite do exército certamente abalaria parte do poderio militar dos inimigos da revolução. Juntos, os shinobi de Kiri regressaram às águas, lugar onde mais estavam habituados a atuar, e deixaram para trás as praias do país do fogo rumo a sua casa. Conforme se distanciavam, longe dali, uma figura encapuzada se aproximava do corpo destruído do general. Ele vestia uma armadura similar, porém carregava duas katanas presas às costas. Com os pés, o estranho pisou no rosto do falecido, explodindo sua cabeça, e cuspiu em seguida: - Inútil...

Continua...


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Episódio 02 | Uma Nova Liderança Empty Re: Episódio 02 | Uma Nova Liderança

Mensagem  Darthix Sex 02 Fev 2018, 01:03

[ 12:04 PM - 3º dia após o regresso para Kirigakure ]

O trio de assassinos se reuniu uma vez mais na terceira noite após seu regresso para a Vila da Névoa. Em meio a uma intensa chuva de verão que inundava o ar em neblina, frio e umidade, os ninjas rápidamente alcançaram o ponto de encontro no subsolo de um prédio abandonado no bairro norte. Aquele era um dos muitos salões de reunião secreta da revolução, rotacionado aleatóriamente a cada encontro para que seus membros nunca se juntassem no mesmo esconderijo duas vezes seguidas. Passando por um corredor estreito e mofado, com paredes descascadas e infestadas de inseto, chegaram até uma porta de madeira apodrecida - para entrar, era necessário quebrar um selo específico posto na matéria que a compunha, mas fazê-lo não foi um problema. Genjiro, Mikazuki e Kaito passaram pela barreira e observaram que a sala estava vazia - fora uma mesa retangular no centro, com cadeiras empilhadas de ponta cabeça em suas bordas, não havia absolutamente nada mais por lá. No canto direito, uma segunda porta dava espaço para uma rota de fuga e, logo à esquerda da passagem por onde haviam entrado, outra culminava num pequeno armário de vassouras, inutilizado há muitos anos e hoje casa para ratos e baratas.

O usuário do elemento gelo não mais possuía uma máscara. Apesar disto, ainda tinha praticamente todo o seu rosto coberto por bandagens, indo do pescoço até um pouco antes dos olhos, deixando-os como a única parte visível do seu rosto. Azuis fortes, estes mesmos olhos parecima combinar com a vila à qual pertencia. Os seus vestes, por sua vez, eram os mesmos da missão passada, carregando aquele mesmo sobretudo também de coloração azul. Ao entrar no local, pareceu não se importar com a ausência de pessoas ali, tampouco com só ter uma única mesa retangular no centro. Olhando pra ela, Kaito tratou de aproximar-se e pegar uma das cadeias empilhadas. Posicionando-a na posição que queria, sentou-se e apoiou os pés na mesa, revelando estar bastante confortável com tudo aquilo. Ainda que estivesse ali pra relatar o fracasso de uma missão, a diversão que teve nela o fazia esquecer isso. Em verdade, a sua personalidade provavelmente o faria esquecer a falha mesmo se não tivesse tido um bom tempo lá. Kaito era alguém praticamente imune a aborrecimentos. - Hahahaha não tem ninguém aqui!!! Que hilário! - Comentou, como se só tivesse reparado que estavam sozinhos ali naquele mesmo instante.

Chegava a ser um tanto quanto estranho voltar a ver seus companheiros sem nenhum dos shinobis estarem de máscaras, era quase como se estivesse vendo alguém que não via há muito tempo. Genjiro mantinha-se quieto ao chegar no local, observando ao redor para ver se não havia passado nenhum detalhe ou shinobi escondido nas sombras daquele prédio abandonado. O Hoshigaki era adepto da pontualidade e o mesmo, agora, estranhava o fato de seus superiores ainda não estarem presentes e esperava que o atraso deles não estivesse relacionado com algum tipo de punição que poderia vir devido a falha da última missão para qual os três jounnins foram enviados. Mantinha seus olhos em constante movimento, não gostaria de ser surpreendido, então o Hoshigaki quebrava seu silêncio com seu típico tom de voz, tão calmo que parecia nem mesmo pertencer ao shinobi que torturara de forma sangrenta e brutal um shinobi há poucos dias atrás. -- Espero que apenas tenhamos chegado cedo demais. - Então dirigia-se à parede, escorando-se na mesma com esperanças de que o prédio não viesse abaixo.

-- Esse cheiro de mofo e poeira... Quando é que vão arranjar um lugar decente para as reuniões? Desde quando ser revolucionário significa ser fodido ao ponto de dividir um lugar com ratos e baratas? -- Mikazuki dizia enquanto entrava. Passou o dedo indicador sobre a mesa observando o quão espessa era a camada de poeira ali depositada. -- Tsc. Me recuso a sentar neste chiqueiro. Espero que pelo menos não demorem muito. Detesto esperar, ainda mais num lugar como este... -- E assim, o Jinchuuriki se limitou a ficar de pé, com os braços cruzados, esperando em sua impaciência.

Mais de dez minutos se passaram até que houvesse um mínimo sinal de vida ali. O eco de passos pesados se propagou pela porta à direita, coligada com a rota de fuga, e logo um baque forte a abriu de forma violenta, fazendo com que batesse na parede e se depenasse para o lado. A figura de um homem de enorme porta surgiu ali - maior até mesmo que Genjiro - vestido em um sobretudo negro que cobria completamente seu corpo. No rosto, a máscara branca em adornos vermelhos assemelhava-se a um macaco. O trio nunca havia lidado com aquela figura antes; seu contato habitual era o completo oposto, magro e baixo, furtivo e escorregadio. Com voz imponente, o homem rosnou em desgosto antes de finalmente abrir conversa: - Boa tarde. Seu contato está indisponível no momento ... na verdade, pra sempre. Aqui.  - Levando uma mão até o interior do bolso de seu sobretudo, o gigante removeu um pergaminho e prostrou sobre a mesa. Ele adicionou um pouco de chakra no invólucro, que se abriu e cuspiu um jato de tinta contra a parede. A tinta dançou pela superfície, lentamente formando letras para transmitir uma mensagem.

"Há quatro noites atrás, enquanto retornavam de sua sexta  missão, o contato responsável pelos times da terceira zona foi assassinado. Por exceção do transmissor dessa mensagem, do líder revolucionário e dos três demais presentes no momento que esse pergaminho for aberto, todos os demais operativos deverão ser tratados como suspeito. Por serem os únicos com forte álibi, Kohrimakura, Nekomata e Wanizame devem, nesse momento e entre si, decidir por um substituto para o cargo de líder de operações. A decisão tomada será permanente e efetivada em imediato. O transmissor da mensagem concederá novas informações e diretrizes àquele que assumir a posição." - Cerca de trinta segundos depois, a tinta se desfez da parede, evaporando em uma estranha fumaça branca até desaparecer por completo. O homem mascarado cruzou os braços e permaneceu imóvel como uma estátua, aguardando.

- Hahahahaha! Que merda!!! - Gargalhando como de costume, Kaito parecia realmente não saber como lidar com aquela situação. O assassinato pelo contato responsável pelos times daquela zona iria trazer graves problemas - não que Kaito realmente entendesse o impacto disto. Olhando para os dois companheiros, carregando uma expressão nervosa em seu rosto - ainda que o sorriso permanecesse - ficou aguardando algum deles se pronunciar. - Quem de nós vai ser, hein?! Hahahaha! - O pânico da situação, de certa forma, trazia bastante diversão para o ninja gélido, que mal conseguia se controlar diante de uma situação delicada como aquela. Enquanto uma pessoa normal responderia com a seriedade adequada, ele simplesmente iria rir mais do que costume, e divertir-se tanto quanto aparentava. Apesar de sua personalidade imatura, o Yuki foi o primeiro a tomar a iniciativa de forçar o grupo a escolher imediatamente.

-- Eu passo. -- Tratou logo de responder o Nekomata. -- Sempre fui comandado, mesmo durante o tempo em que estava nas mãos do Império. E lá ainda era pior, porque não tinha vontade própria alguma. Minha capacidade de comando é abaixo de zero. -- Apesar do tom aborrecido, todas as palavras possuíam verdade. A situação era ainda pior: nenhum dos três possuía qualquer aptidão para assumir este posto. Descruzando os braços, Mikazuki passou a apontar para Kaito e Genjiro ao continuar. -- Eu mal consigo lidar com esses dois malucos, então não sirvo. Kaito é um imaturo, como você mesmo pode ver. E Genjiro... Bem, ele é um peixe. -- cruzando novamente os braços, Mikazuki mudou levemente o assunto, pois uma dúvida surgiu à sua mente. -- E aliás. Como foi esse assassinato? Eu sei que ainda não possuem um suspeito concreto, mas como foi a morte em si?

Os sons de passos vindos traziam um pouco mais de tranquilidade para o Hoshigaki, que finalmente poderia entregar o relatório da missão, entretanto, as coisas acabaram não acontecendo como o procedimento normal. Genjiro não conseguia tirar os olhos do homem que entrara, nem mesmo por um segundo, o Hoshigaki sempre utilizara seu tamanho como forma de intimidar os inimigos e, desta vez, se sentia na pele deles, a única coisa que fazia o shinobi tirar os olhos do homem recém-chegado era o conteúdo do pergaminho e sua mensagem. Genjiro não conseguia acreditar naquilo, apenas shinobis poderosos entravam na revolução e a morte de um líder de operações certamente significava muito para eles, sentia que a vantagem que eles haviam tido ao derrotarem o general escapava por entre seus dedos, mas não era hora de ficar lamentando a respeito da morte de uma peça, era hora de agir, e agir rápido, e assim que o homem e Kaito terminavam de falar, Genjiro fazia o mesmo. -- Eu acredito ser o mais qualificado para ser o novo líder de operações, ainda mais agora que os homens do Daimyo sabem que o jinchuuriki do Nibi está entre os revolucionários. Imagino que eles pensem que alguém com esse poder teria algum cargo de mais destaque entre a nossa causa, deixá-lo junto com o maior contingente de shinobis seria o mais correto a se fazer, na minha opinião. - Então, finalmente pausava o monólogo para recuperar um pouco do fôlego e, então, voltar a falar. -- Aliás, não sei se pode revelar tantos detalhes a nós, mas quem encontrou o corpo e onde? Pode ser útil para averiguarmos se é uma traição ou simplesmente assassinato.

-- Olha esse peixe mostrando as barbatanas...

O gigantesco homem permaneceu calado e imóvel até o momento em que uma decisão foi tomada. Completamente imparcial e sem dizer uma palavra sequer além do necessário, ele entregou um segundo pergaminho nas mãos de Genjiro, afastando-se em direção à saída logo em seguida: - Todas as informações necessárias estão contidas nesse pergaminho. Nem mesmo eu tenho o privilégio de todos os detalhes por detrás do assassinato. Minha missão foi cumprida. - Sem mais delongas, ele deu de ombros. A menos que algum dos três o parasse, o homem continuaria a percorrer o corredor até sumir de vista. Seu tamanho colossal fazia com que o espaço parecesse pequeno - onde caberiam facilmente duas pessoas lado a lado, ele cobria todo o espaço, sem deixar folgas, de forma que seus braços se arrastavam pelas paredes conforme balançavam.

Kaito olhou Mizakuzi, com uma expressão um tanto quando desconfiada, como se, de alguma forma, buscasse entender o motivo de te-lo chamado de imaturo. Quando viu Genjiro posicionando-se como possível líder para o cargo, imediatamente riu de alegria, parabenizando-o: - Isso! Genj-... Wanizame-kun será o líder então, parabéns!!! Hahahahaha! Lógico que não conseguirá sem os meus conselhos, mas eu me ofereço para ajuda-lo! Viva a revolução! - Terminou de dizer, Kaito, visivelmente empolgado com a situação. Ao notar a saída do homem, ficou observando-o sair, enquanto voltava sua atenção para o resto do grupo, esperando a reação deles, principalmente a de Genjiro - o qual possuía acesso às informações confidenciais.

Terminava de ler o pergaminho dado pelo homem e as suspeitas de Genjiro coincidiam em partes com as suspeitas do Líder. Passava os olhos na mensagem mais algumas vezes a fim de perceber algum detalhe que fornecesse alguma informação nas entrelinhas, até que lembrava-se de seus companheiros ali presentes que, certamente, estavam curiosos a respeito do conteúdo do objeto. -- É, parece que fomos enganados. Nossa missão de assassinar o Embaixador foi fachada, por isso falhamos, ela não foi dada pelo comando, alguém está dando missões falsas pra gente propositalmente, pelo menos esta serviu como álibi. De acordo com o pergaminho, o antigo líder de operações foi morto em missão, uma missão comum, mas sua morte é meio esquisita e rodeada de mistérios, o que ele fazia quando morreu também era. - Guardava o pergaminho e a pena em um dos bolsos do grande sobretudo preto que vestia.

Pela primeira vez desde que chegara naquele prédio, o shinobi se desencostava da parede, permanecendo de pé juntamente aos outros dois homens. -- Ah, sim. Quanto a nossa próxima missão. Há um carregamento de armas e aparatos de guerra saindo de Ame, com destino ao País da Água, que vai ser entregue daqui a 4 dias. Esse carregamento vai vir pela rota sul, passando pelo País da Onda e seguirá de barco direto pra cá. As armas vão ter escolta de um número indefinido de shinobis e, a partir do País da Onda, o comboio vai ser escoltado por Yamagawa Ishin. - Recuperava um pouco do fôlego e logo retomava a fala. -- Temos que destruir o carregamento e capturá-lo. Vivo. - Retirava o pergaminho do bolso, abrindo-o e mostrando a foto de Ishin. -- Esse é o nosso alvo.

Kaito olhou arregalado para Genjiro, como se não esperasse aquilo. - Uma missão divertida dessas logo de cara?! Aí, sim!!! Esse Ishin é bolado! Eu luto com ele! Quero nem saber, pedi primeiro!!! - Apesar da situação delicada em que se encontravam, o descendente dos Yuki estava mais preocupado em ser ele a ter uma luta singular com o alvo. Nada mais parecia lhe importar, ou ele ao menos sabia que os outros dois encarregariam-se desses detalhes eles mesmo. Este sempre fora o padrão em suas missões. E, sabendo que mesmo a última tendo resultado em fracasso, sabiam agora que ela havia sido desde o início uma farsa, logo não tinha porque mudar a forma do grupo agir. Sabendo disso, Kaito comportou-se como de costume, sabendo que o trio da revolução iria ter sucesso na missão.

Mikazuki viu o grande homem sair da sala sem nada dizer. Também em silêncio, ouviu as palavras de Genjiro... até escutar o nome de Yamagawa Ishi. -- Pera, pera, pera! Como assim capturar um dos melhores espadachins do império vivo? Por que não pedem logo para a gente cometer suicídio? É mais prático! -- apesar da reclamação, o jinchuuriki não alterou o tom de voz. Não havia realmente preocupação em sua fala, mas era óbvio que o jovem não deixaria de reclamar sobre o grau de dificuldade da missão, mesmo que talvez achasse plenamente capaz de realizá-la. Quando viu a reação de Kaito, prosseguiu o esbravejo de tom baixo -- Mas é claro que esse Boneco de Neve ia ficar desse jeito. Olha isso! Nem tem noção do perigo... -- Mikazuki levou a mão direita aos cabelos, bagunçando-os violentamente, em sinal de impaciência. -- Yare, yare. Fazer o que... Ah, mas aviso logo que não vou entrar em combate corpo-a-corpo com Yamagawa Ishin. Tenho apreço pela minha vida. Obrigado pela compreensão.

Voltava a guardar o pergaminho no mesmo bolso de anteriormente. Eram previsíveis as reações de seus companheiros, afinal, eles eram um livro aberto um para o outro depois de anos de convívio. -- Você só reclama, Mikazuki, mas dessa vez tenho que concordar com você, lutar corpo-a-corpo com Ishin é suicídio. Teoricamente temos vantagem contra ele, somos bons à médias e longas distâncias, mas o número de shinobis que estarão com ele e o carregamento me preocupam. - Virava-se em direção a saída, usar a rota de fuga como saída apenas serviria para revelar uma entrada para a base. -- Vamos, todo o tempo que pudermos utilizar a nosso favor é bem-vindo.

Com a nova posição de liderança, outra fase se inicia na participação dos três shinobi durante revolução de todo um país. Com um mistério para solucionar e um alvo para capturar, as responsabilidades se empilhavam nos ombros do trio. Juntos, após deixarem o terrível prédio abandonado, rumaram suas casas, onde se preparariam para o que estava por vir. Dois dias se passaram para que o grupo conseguisse a oportunidade de escapar de Kirigakure sem erguer suspeitas - reunidos mais uma vez na parte externa da Vila, seus pés tocaram a água uma vez mais. Era hora de partir.

Continua...



Darthix
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