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Episódio 45 | Shu
Naruto: Shinobi no Sho - Sistema D8 de RPG :: Naruto RPG Online :: Episódios :: Zenkei :: 3ª Temporada: Guerra de Folhas
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Episódio 45 | Shu
Shu havia completado o ponto principal da missão: assassinar o jinchuuriki falso da Kyuubi. Capturar ou matar Hakuro seria um bônus, mas que se mostrou bem mais difícil do que imaginava. Fugir de Iwa também não foi problema, pois havia meticulosamente se planejado para isso. Dois dias haviam se passado desde então. Nsue havia partido sozinho para realizar o relatório a missão bem-sucedida, enquanto que o Yamanaka esperaria escondido por novas ordens. Naquele momento, estava recluso numa caverna, ainda nas montanhas do País da Terra, mas totalmente seguro. Perdido nos pensamentos, se não fosse um Yamanaka precavido, teria se assustado quando uma cobra surgiu logo ao seu lado. O réptil havia se esgueirado sorrateiramente pelo lugar até se aproximar de Shu. A criatura parecia se contorcer, e então vomitou uma esfera de algum tipo de cristal, de tamanho não maior que a palma da mão. No fim, desapareceu numa cortina de fumaça. Shu já conhecia esse procedimento: era a forma que Masayoshi usava para falar diretamente com seus subordinados. Quando injetou chakra na esfera, a mesma emitiu uma pequena luz. Minutos depois, a figura grisalha do líder da Anbu apareceu. — O que tem para mim, Shu?
Estava sentado sobre uma pedra, olhava para o chão como se estivesse desligado. Mas a verdade era que seu Shindenshin estava constantemente em alerta, a fim de não ser surpreendido por qualquer que seja a criatura. Isso fez com que o jovem Yamanaka notasse logo a presença da cobra, tal como notasse também que a mesma não apresentava nenhum tipo de perigo para ele. Em um breve momento deu um sorriso de canto, quando sussurrou: - Finalmente. O mesmo sabia exatamente o que estava para acontecer, e de imediato abaixou-se, ficando de joelhos em sinal de respeito ao que aconteceria ali. Assim que a imagem de Masayoshi aparecia, o mesmo abaixava sua cabeça e esperava que ele lhe desse a permissão para falar: — Masayoshi-sama. Algumas informações sobre o nosso espião. — O rapaz respirou por alguns longos segundos, parecia pensar exatamente em cada palavra que iria proferir dali em diante. — Começando pelo nome de todos os envolvidos... — Aos poucos e com extrema exatidão, começava a dar o nome de cada envolvido naquela reunião, ou pelo menos de quem havia sido entregue-lhe as informações, principalmente sobre Zenzaki e Jouchirou, pelos quais eram vistos como líderes e importantes. — Após todas as citações, tenho mais algumas informações preciosas. Eles pretendem reunir um exército, com ajuda de Iwagakure. Com a intenção de atentar algo contra Konohagakure, talvez até mesmo contra o Senhor. Com a ajuda de possíveis recrutamentos de dentro da vila, querem infiltrar espiões para agir no momento certo e de surpresa. — Naquele momento Shu abaixou sua cabeça de novo. Esperava agora que Masayoshi se pronunciasse perante aquilo.
Masayoshi ouviu as informações em silêncio, sem esboçar emoções, como de costume. Era natural do líder ouvir tudo na maior atenção e calma para refletir a respeito e tomar a melhor decisão possível. — Então é mesmo verdade que Zenzaki está vivo... Isso é ruim. O ideal seria eliminá-lo antes mesmo que qualquer rumo de sua aparição surja, mas não sei se tenho ninjas bons o suficiente para isso. Eu mesmo poderia fazê-lo, mas Konoha está numa situação muito crucial para eu deixar a vila no momento... Vou precisar de algum tempo para pensar em como conter Zenzaki... Mas quanto essa missão de infiltração, não me assusta. Conseguirei lidar sem dificuldades, e é muito bom saber com antecedência. Fez um excelente trabalho, Shu. — após uma curta pausa, prosseguiu. — Existe algo que quero que faça. De alguma forma, Omeshirama sabia que Jouichirou estava planejando voltar a Konoha nessa aliança com Iwa, e informou isso ao Conselho de Anciãos. Em resposta, o Conselho irá enviar um mensageiro a Iwa para tentar iniciar uma comunicação e evitar o conflito. O problema é que eu não tenho qualquer interesse que isso ocorra. Essa guerra tem que ocorrer. Por isso, sua missão é interceptar esse mensageiro. O que vai fazer com ele é de sua total liberdade, mas a mensagem diplomática não deve chegar até Iwa, entendido?
Shu poderia ser o tipo de pessoa mais doentia possível, porém sabia o momento certo de ficar quieto e atento às palavras de Masayoshi. O mesmo permaneceu de cabeça abaixada durante todo o tempo que ele falava, como se concentrasse para aquilo fixar em sua memória. Devido a sua personalidade narcisista, o mesmo acabou gostando do elogio feito pelo próprio Masayoshi, praticamente ignorando o que o mesmo havia dito anteriormente a isso, quando comentou sobre não ter ninjas bons para tal. Porém o ápice de sua satisfação vinha logo depois do elogio. A missão dada por Masayoshi era de extrema gratificação para Shu, um assassinato, uma intervenção com seus venenos, Shu teria toda a liberdade para escolher o que fazer com o mensageiro. Então assim que o líder da Anbu Ne terminou de proferir tais palavras, Shu comentou: — Sobre o mensageiro. Informações? Um ninja? Ranqueamento? Alguma possibilidade de vir acompanhado? Sei que todos os ninjas devem possuir uma recomendação de percurso, há alguma que eu deva seguir para intervenção? — Eram dúvidas importantes levantadas por Shu, afinal, o mesmo deveria antecipar cada movimento de Konoha para não ser pego despercebido.
— Ainda não tenho a informação de quem seja. Mas, por ser uma mensagem importante, devem enviar alguém de nível Jounin Especial, no mínimo. Ou talvez uma dupla. Sobre a rota, será a rota principal. Como a ideia é iniciar uma conversação amigável, vão por uma rota aberta, para mostrar cordialidade. Assim que eu possuir informações de quem realizará a missão, será informado para se preparar melhor. Mas a princípio, vigiar a fronteira já é um bom caminho. Como se trata de algo urgente, talvez acabem enviando alguém que já esteja nas redondezas.
Durante as palavras que eram ouvidas atentamente, Shu já parecia começar a planejar suas ações, tais como preparar suas armadilhas usando todo o seu conhecimento em mecanismos. Se havia algo que tinha aprendido em todo seu tempo de Anbu Ne, era que devia sempre se preparar para que o pior acontecesse, nesse caso, uma dupla extremamente qualificada para a missão. Por isso, por não ser nenhum tipo de ninja destinado ao combate, toda a estratégia de Shu deveria ser meticulosamente preparada com antecedência e perfeição. Na mesma hora o mesmo levou o dedo ao chão. Então assim que Masayoshi finalizou o seu discurso, o mesmo assentiu com a cabeça, concordando com tudo que havia sido informado. — Estarei no aguardado. Masayoshi-sama. — Um breve sorriso era esboçado em seu rosto e então um breve sussurro: — Está na hora de brincar, meus queridos. — O jovem ninja Yamanaka começava a concentrar-se em seu Shindenshin, a ideia agora era identificar todo tipo de animal na redondeza, onde tal como feito na entrada em Iwagakure, Shu faria com que vários tipos de animais estrategicamente alocados fizessem uma ronda para verificar se havia alguém às redondezas para à cargo da missão. Como faria isso utilizando o Shinten Bunshin no Jutsu, o seu principal corpo trataria de agir para alocar armadilhas e mecanismos nas possíveis rotas.
Masayoshi ouviu as informações em silêncio, sem esboçar emoções, como de costume. Era natural do líder ouvir tudo na maior atenção e calma para refletir a respeito e tomar a melhor decisão possível. — Então é mesmo verdade que Zenzaki está vivo... Isso é ruim. O ideal seria eliminá-lo antes mesmo que qualquer rumo de sua aparição surja, mas não sei se tenho ninjas bons o suficiente para isso. Eu mesmo poderia fazê-lo, mas Konoha está numa situação muito crucial para eu deixar a vila no momento... Vou precisar de algum tempo para pensar em como conter Zenzaki... Mas quanto essa missão de infiltração, não me assusta. Conseguirei lidar sem dificuldades, e é muito bom saber com antecedência. Fez um excelente trabalho, Shu. — após uma curta pausa, prosseguiu. — Existe algo que quero que faça. De alguma forma, Omeshirama sabia que Jouichirou estava planejando voltar a Konoha nessa aliança com Iwa, e informou isso ao Conselho de Anciãos. Em resposta, o Conselho irá enviar um mensageiro a Iwa para tentar iniciar uma comunicação e evitar o conflito. O problema é que eu não tenho qualquer interesse que isso ocorra. Essa guerra tem que ocorrer. Por isso, sua missão é interceptar esse mensageiro. O que vai fazer com ele é de sua total liberdade, mas a mensagem diplomática não deve chegar até Iwa, entendido?
— Ainda não tenho a informação de quem seja. Mas, por ser uma mensagem importante, devem enviar alguém de nível Jounin Especial, no mínimo. Ou talvez uma dupla. Sobre a rota, será a rota principal. Como a ideia é iniciar uma conversação amigável, vão por uma rota aberta, para mostrar cordialidade. Assim que eu possuir informações de quem realizará a missão, será informado para se preparar melhor. Mas a princípio, vigiar a fronteira já é um bom caminho. Como se trata de algo urgente, talvez acabem enviando alguém que já esteja nas redondezas.
Última edição por Fësant em Qui 22 Jun 2017, 02:10, editado 3 vez(es)
Re: Episódio 45 | Shu
Com sua nova missão em mente, Shu inicia os preparativos para a execução, passando a vigiar as redondezas e as proximidades da fronteira, na medida do possível. Naquele mesmo dia, Masayoshi lhe contatou novamente pelo mesmo instrumento, que não deveria suportar outra utilização além daquela última. Qualquer informação necessária deveria ser dita ou pedida naquele momento. — Shu, consegui as informações sobre o mensageiro. — principiou a falar o atual líder da Anbu. Apesar de sua inconfundível voz ser perfeitamente ouvida, sua imagem já se encontrava turva, indicando o desgaste daquele mecanismos de comunicação. — Ele é Nara Souji. Como imaginei, ele recebeu a ordem de se dirigir até Iwa logo após terminar uma missão, tendo que mudar seu caminho para o País da Terra em vez de regressar para Konoha. Ele é um Jounin, tão habilidoso quanto você, então mantenha isso em mente. Além disso, está acompanhado de dois chuunins, embora eles não deve apresentar nenhuma ameaça real.
Como de costume, ficava ajoelhado perante o holograma de chakra criado pelo líder da Anbu, Masayoshi. Ouvindo atentamente cada informações que o mesmo tratava de passar. — Um Nara? Famosos por seu conhecimento estratégico? — O jovem Yamanaka dava um sorriso satisfeito. Um confronto entre estratégias era algo que o ninja gostava. Porém o que mais deixava-o animado era o fato de haver três ninjas na missão. Isso significava que poderiam ser três corpos para uso, algo que dependendo do objetivo seria de extrema ajuda. — Masayoshi-sama. Gostaria de saber... em qual missão esse grupo se encontrava? Seria interessante saber a origem dessa missão, visto que posso antecipar um caminho pela qual eles venham a seguir. Conforme o senhor sabe, há várias rotas que levam a Iwagakure.
— Eles partiram da Vila Oculta da Grama, e receberam a ordem de seguir a rota principal até Iwa. — Respondeu Masayoshi de forma curta e direta.
Assentiu com a cabeça, nessa hora sua cabeça que estava abaixada, levantou e seu olhar foi direcionado a imagem de Masayoshi. — Existe alguma previsão para que eles finalizem a missão e se encaminhem para Iwagakure? O tempo irá interferir em meus preparativos. No mais, não tenho mais questionamentos. Entrarei em contato assim que a missão estiver concluída. — O rapaz finalmente parecia estar pronto para seguir com sua missão, o assassinato do mensageiro de Konoha. Portanto apenas esperava a retirada de Masayoshi para dar inicio à seus preparativos.
— A missão deles já foi finalizada, e já estão a caminho de Iwa. Devido à proximidade, estimo que devem estar chegando à fronteira em cerca de um dia. — as últimas palavras, apesar de entendidas, já ficaram distorcidas. A esfera de cristal anunciava o fim de seu funcionamento. A imagem do líder da Anbu já não mais era distinguível, e Shu ouviu somente sua recomendação final, antes da comunicação se extinguir e a esfera se quebrar em vários pedaços. — Espero os bons resultados de costume, Shu.
Manteve-se ajoelhado ao chão, enquanto pegou todos os pergaminhos que havia levado a missão, inclusive um deles, que era maior do que o de costume. Colocando-os todos no chão, era como se analisasse cada um deles, cada um teria uma finalidade. Depois de pensar por alguns minutos, guardou todos os pergaminhos, deixando apenas três pergaminhos. — Estou tão ansioso. — Dava um sorriso animado, enquanto passava a língua pelo lábio costurado e olhava para suas cicatrizes. — Tem que ser um espetáculo! Tem que ser magnífico! Tem que ser belo! — Levantava e logo abria os braços, como se sentisse a energia em seu corpo. — Vou fazer com que sintam algo que jamais sentiram. Kukukukuku... — Pegou os três pergaminhos, ficando com os três em mãos e então não hesitou em partir para o local à sua escolha como ponto de encontro para que começasse seus preparativos.
No dia seguinte, tudo estava pronto. Shu calculou cada passo que seria dado pelo grupo a ser emboscado, e estava ansioso para ver seu plano em ação. E lá estavam eles. Exatamente como Masayoshi informou, ele viajavam pela rota principal, identificando-se aos ninjas que guardavam a fronteira e provavelmente explicando o motivo da viagem. Como a ideia era enviar uma mensagem de paz, usar de subterfúgios seria mau sinal. O Yamanaka observou aquele trio passar pela fronteira e viajando pela estrada aberta do País da Terra, rumo a Iwagakure no Sato. E como o caminho era totalmente previsto, deixou surpresas preparadas para suas presas...
Dez horas da manhã. Nara Souji, acompanhado de dois chuunins, avançava em velocidade pela estrada, aparentemente despreocupado. Mas uma mudança sutil podia ser vista na expressão deles, por um ínfimo instante. Um dos seus subordinados pareceu ter notado isso, e provavelmente lhe perguntaria o que se passava, mas não seria preciso: uma rajada de incontáveis kunais simplesmente surgiu da direita da estrada, avançando em direção ao trio. O Nara conseguiu notar que algo estava estranho e reagir, saltando para a frente em diagonal. Um de seus chuunins fez o mesmo, mas o segundo não teve tanta habilidade. Duas das kunais o acertaram, uma na perna e outra no braço, enquanto ele tentava se esquivar. Em vez de completar o movimento evasivo, acabou caindo ao chão, ferido e gemendo. Sua reação de dor era estranha demais para duas kunais fincadas em seu corpo, mas logo o motivo seria revelado pelo mesmo, que gemeu no esforço de tentar falar. — Ve... ne... no...
O trio caiu em uma armadilha. Mas não imaginavam que a chuva de kunais havia sido somente o primeiro passo. Assim que Souji e seu companheiro pousaram, notaram que o chão que pisaram não era verdadeiro. Um círculo de metal estava sob seus pés, e dele rapidamente se erguem uma parede de mesmo material, com o objetivo de prender os dois ninjas ali dentro. Com sorte, conseguiram notar a segunda armadilha a tempo, e saltaram do lugar bem antes da redoma metálica se fechar.
Entretanto, ainda havia uma terceira armadilha. Assim que pousaram do segundo e mais longo salto, viram que uma folha de pergaminho estava depositada ao chão, como se esperassem por eles. De imediato, um selo se ativou na mesma, e um líquido escuro e viscoso começou a ser liberado, prendendo os pés do Nara. O chuunin, que estava a dois passos dali, por única e exclusiva sorte, não foi pego na terceira e aparente última armadilha.
Aparentemente se irritava com o que havia acontecido. Apesar do foco principal ter dado certo, a prisão do Nara em sua armadilha restringente, Shu sabia que pelo Chunnin ter saído ileso e bem, seu plano tinha falhado. Felizmente tinha uma arma perfeita contra isso, por isso necessitava agir rápido. Ainda fora do seu limite de técnica, mesmo sabendo que poderia ser perigoso, se deslocou até o limite de sua técnica, Shintenshin. Porém, Shu sabia das capacidades de um Nara. Mesmo preso em sua restringente seria perigoso. Por isso quando chegasse no ponto para uso de Shintenshin, jogaria um de seus pergaminhos com armadilhas para um local dentro do alcance de todos que estivessem ali. "Vocês vão ter que escolher, focarem em mim nesse momento ou em um simples pergaminho?" Pensava, mantendo-se sempre atento ao Nara.
— Mas que merda... Quem é esse cara? — indagou-se o Nara quando viu aparecer por trás das rochas a figura desconhecida de Shu e seu pergaminho lançado à frente. — Esse pergaminho deve ter mais uma dessas armadilhas, Jun. Tenha cuidado! — completou ele, fazendo um esforço tremendo para tentar se soltar do líquido, e tendo êxito em deixar a perna esquerda livre. Depois, colocou a pouca força atlética que tinha nas pernas para saltar e escapar de vez da prisão, pousando logo ao lado de forma desajeitada, quase caindo. Enquanto isso, o chuunin terminava de realizar selos. Focando no pergaminho que foi jogado, fez pequenas paredes de pedra surgirem ao redor dele, fechando-se em cima para isolá-lo.
"Focaram em meu pergaminho. Agora preciso tirar a chance daquele Nara usar seu Kage Mane em mim." Com um outro pergaminho em mãos, Shu apontou na direção dos dois. E na mesma hora utilizou sua técnica de liberação, fazendo com que uma espécie de disco ficasse acoplado em sua mão direita, tal como feito anteriormente quando confrontou a equipe de Iwagakure. Naquele equipamento acoplado três botões, rapidamente o Yamanaka apertou o primeiro, fazendo com que uma bola de aço, parecido com uma bola de bilhar fosse lançada contra os dois ninjas, visando acertar o Chunnin. — Você deve morrer... — Dava um breve sorriso, dando a entender que aquele ataque seria falta, porém aquilo não passava de uma mentira para atrair o Nara. No momento que a bola de bilhar se aproximasse deles, usaria o segundo botão para através de um nylon que ligava a bola ao equipamento, aquela bola se tornasse uma cúpula completa de metal, tal como feito anteriormente e prendesse os dois.
A barreira avançou contra o chuunin. Souji, que acabava de se libertar do líquido preto que limitava sua movimentação, ainda olhava preocupado para o primeiro chuunin abatido, que já estava desacordado. Agora, via-se em situação semelhante, quando outro subordinado estava prestes a talvez ser ferido ou mesmo morto por aquele inimigo misterioso. Sem pensar duas vezes, seu corpo se moveu. Com toda a velocidade que tinha, correu na direção de Jun e se jogou contra ele aproveitando o impulso da corrida. Ambos caíram cinco metros a frente, e a bola metálica lançada por Shu passou voando pela posição anterior. O Jounin escolheu salvar seu companheiro.
— Souji-taichou! Não devia... eu poderia ter me defendido sozinho. — disse o rapaz logo que caiu.
— Confio em suas habilidades, Jun. Mas é que ... meio que me movi sozinho... — disse o Nara, sorrindo enquanto se desculpava.
O objetivo de Shu foi conseguido: forçar um movimento descuidado do Nara. Agora, poderia aproveitar a oportunidade para atacá-lo de forma apropriada. E assim o faria... se pudesse. Algo estava estranho com seu corpo. Uma força misteriosa e aparentemente insuperável havia tomado conta do mesmo, de modo que se mover era impossível. Somente sua mente, boca e respiração atendiam aos seus desejos naquele momento, e nada mais. Mas o Yamanaka era inteligente, e logo havia entendido o que ocorreu. A falha inicial no plano, que pretendia abater logo de cara dos dois chuunins, o fez perder a concentração e atenção à sua volta. E assim, outra pessoa havia se aproximado sorrateiramente do ninja da Anbu Ne, e o atacou sem que ele pudesse fazer qualquer movimento defensivo. Ou melhor dizendo: a mesma pessoa. Metros atrás de si, ouviu a voz de Nara Souji ecoar em seu ouvido. — O Kage Mane foi um sucesso.
Dava um breve sorriso quando notava o que havia acontecido. Era de fato desafiador enfrentar alguém assim. Se não fosse um Anbu Ne, com certeza desistir seria a primeira coisa que tivesse passado em sua mente. — Belíssimo... Magnífico. Como se sente tendo conseguido efetuar seu Kage Mane em mim? Nara... — Mantinha seu sorriso no rosto, assim como demonstrava conhecimento sobre o Nara. — O que pretende agora? Me manter preso... enquanto seu aprendiz morre lentamente? — Shu tinha conhecimento sobre a técnica Nara, e sabia que dificilmente conseguiria sair do Kage Mane por formas convencionais. O jeito então, seria através de uma perda de concentração. — Isso mesmo. Enquanto vocês se preocupam comigo, aquele pobre coitado morre. — Seu tom ficava um pouco mais obscuro naquele momento. — Eu gosto desses tipos de dilema. Sabe, é como um quebra-cabeça. Você tem feito escolhas. Salvou um de seus companheiros, porém esqueceu do outro. Mas não há como eu perder isso aqui. Independente do resultado que você consiga, essa vitória é minha. Como é mesmo... Souji... Nara Souji. — Mostrava-se tranquilo e confiante em suas palavras. — A realidade, Souji é que eu gosto da Anarquia... Introduza um pouco de Anarquia, perturbe a ordem vigente e tudo se torna um caos. Sabe... eu sou um agente do Caos, e o caos é a chave para o medo. Meu objetivo aqui não é convencê-lo de me soltar. Meu objetivo é lhe dar uma escolha. Fidelidade à Konoha ou fidelidade à seus alunos? — Shu olhou nessa hora para os olhos do Nara que estava caído pouco a frente dele. — Estou lhe dando duas opções. Salvar seu companheiro ou a conclusão da missão?
Estava claro que um dos dois capitães daquele trio era um clone. Não obstante, o Nara resolveu contar a Shu o que havia sucedido. — Eu pensei que era excesso de preocupação, mas vi que não. Recebi a ordem superior de usar a rota principal, por questões diplomáticas... Mas pensei: não é óbvio demais? Se alguém decidisse interceptar o grupo, seria fácil. Konoha está passando por uma série crise institucional, embora os civis e alguns ninjas não estejam sentindo isso... Por isso, duvido muito que qualquer informação, por menor que seja, não seja vazada para algum lado oposto, e estava certo. Então decidi enviar um clone junto com os chuunins, e andar por outra rota. O problema era deixar meus subordinados em perigo se um indivíduo poderoso aparecesse... Por esse motivo, não pensei duas vezes antes de tentar salvar o Jun... — Souji dizia isso, mas as palavras de Shu o preocuparam. Jun foi salvo, mas o outro companheiro ainda estava caindo sob o efeito do veneno. O inimigo do Nara não estava proferindo palavras vazias: a vida de um amigo estava em jogo naquele momento.
Souji olhou para seu amigo caído ao chão, inconsciente, e vacilou. Shu sentiu por um ínfimo instante que seu corpo havia recuperado o movimento, mas foi num espaço de tempo curto demais para tentar se livrar por completo do Kage Mane. O Nara teve sua concentração e equilíbrio emocional colocados em cheque, mas se recuperou devidamente. — Você está preso. Deixe de falar bobagens. Antes de pensar em talvez lhe libertar, vou olhar se não carrega com você algum antídoto para salvar meu subordinado. — e após essas palavras, Shu viu seus braços se abrirem contra sua vontade, enquanto a segunda versão de Souji se levantava do chão, junto com o chuunin, e iam até ele, começando a revistá-lo. — Não vou cair em suas artimanhas.
— Está realmente preocupado com ele não é? Posso te dar uma opção melhor então... kukukuku "Eu só preciso apertar novamente o botão do disco..." Shu sabia que enfrentar a força do Kage Mane era quase que impossível para ele, porém naquele momento era a única coisa que tinha à fazer. Apertar o terceiro botão, faria com que o disco se tornasse um escudo completo e prendesse ele, o clone e o Chunnin dentro de uma cúpula, ainda o libertaria completamente o Kage Mane. Então quando eles se aproximassem, o mesmo faria um esforço para mover apenas alguns centímetros para apertar o botão do disco.
Aquela era sua última alternativa. Não precisava de muito. Queria vencer a força do Kage Mane um pouco, somente o necessário para mover seu dedo e apertar o botão que ativaria seu dispositivo. Se conseguisse, teria uma chance de reverter o quadro... Mas não conseguiu. A força que o prendia era sobre-humana, principalmente se comparada com o baixo desenvolvimento muscular de Shu. Vencer o Kage Mane era impossível para ele naquelas condições. A revista à procura do antídoto terminaria. Eles salvariam o amigo envenenado e Shu seria captura ou, na pior hipótese, morto. Qualquer que fosse o caso, a missão havia falhado, e falha para a Anbu Ne é sinônimo de morte. A vida de Shu como ninja terminaria ali.
Por mais que tenha perdido, o mesmo estava satisfeito. Shu sabia muito bem que havia feito o máximo possível para obter o sucesso, assim como sabia que se não era capaz o suficiente, não servia para servir fielmente a Masayoshi. — Quem diria que eu seria derrotado por dois vermezinhos. Zenzaki-sama ficará decepcionado comigo... Ele desejava a guerra e eu falhei friamente no meu objetivo de impedir que a paz entre Konoha e Iwa fosse estabelecida... — O jovem Yamanaka permanecia confiante, mesmo que tivesse falhado. — Lembram quando eu disse que venci? Eu posso ter sido derrotado, mas eu venci. Zenzaki-sama sabe disso. Ele conseguirá o que quer... Konoha perecerá, conforme a vontade do meu senhor. — Dava um breve sorriso enquanto começava a concentrar seu chakra em uma determinada parte de seu corpo que todo Anbu Ne possuía. — Selamento Reverso dos Quatro Símbolos... — Direcionava apenas o olhar para o Nara... — Verme...
— Zenzaki? — o Nara se indagava, não entendendo naquele momento sobre o que Shu falava. Talvez ele não tivesse sequer conhecimento da existência de Zenzaki, mas certamente esse nome entraria no seu relatório, e era esse o último desejo de Shu. O Nara até poderia tentar perguntar algo ao seu inimigo capturado, mas não haveria como e nem tempo. O Yamanaka ativou o selo autodestrutivo, e com isso uma implosão de energia negra se iniciou a partir do seu tórax, lugar onde se encontrava o fuuinjutsu. De imediato, Souji pulou para trás, desfazendo o Kage Mane, enquanto seu clone empurrava para longe o chuunin que estava próximo e que tinha achado uma pequena bolsa com vários frascos, onde julgava estar o antídoto para o veneno. A esfera negra se expandiu rapidamente, destruindo o clone Nara num piscar de olhos. A medida que crescia, parecia sugar para dentro de si toda a existência em sua volta. No fim, extinguiu-se, deixando no seu lugar uma enorme cratera e o mais absoluto vazio. Nem um corpo, nem uma gota de sangue ou traço da existência do Yamanaka. Uma morte limpa e perfeita. Mas em todo aquele cenário, a última deixa de Shu não tinha qualquer coisa vazia, e se ele pudesse ver o desfecho, certamente riria sadicamente no outro mundo...
— Eles partiram da Vila Oculta da Grama, e receberam a ordem de seguir a rota principal até Iwa. — Respondeu Masayoshi de forma curta e direta.
— A missão deles já foi finalizada, e já estão a caminho de Iwa. Devido à proximidade, estimo que devem estar chegando à fronteira em cerca de um dia. — as últimas palavras, apesar de entendidas, já ficaram distorcidas. A esfera de cristal anunciava o fim de seu funcionamento. A imagem do líder da Anbu já não mais era distinguível, e Shu ouviu somente sua recomendação final, antes da comunicação se extinguir e a esfera se quebrar em vários pedaços. — Espero os bons resultados de costume, Shu.
(...)
No dia seguinte, tudo estava pronto. Shu calculou cada passo que seria dado pelo grupo a ser emboscado, e estava ansioso para ver seu plano em ação. E lá estavam eles. Exatamente como Masayoshi informou, ele viajavam pela rota principal, identificando-se aos ninjas que guardavam a fronteira e provavelmente explicando o motivo da viagem. Como a ideia era enviar uma mensagem de paz, usar de subterfúgios seria mau sinal. O Yamanaka observou aquele trio passar pela fronteira e viajando pela estrada aberta do País da Terra, rumo a Iwagakure no Sato. E como o caminho era totalmente previsto, deixou surpresas preparadas para suas presas...
Dez horas da manhã. Nara Souji, acompanhado de dois chuunins, avançava em velocidade pela estrada, aparentemente despreocupado. Mas uma mudança sutil podia ser vista na expressão deles, por um ínfimo instante. Um dos seus subordinados pareceu ter notado isso, e provavelmente lhe perguntaria o que se passava, mas não seria preciso: uma rajada de incontáveis kunais simplesmente surgiu da direita da estrada, avançando em direção ao trio. O Nara conseguiu notar que algo estava estranho e reagir, saltando para a frente em diagonal. Um de seus chuunins fez o mesmo, mas o segundo não teve tanta habilidade. Duas das kunais o acertaram, uma na perna e outra no braço, enquanto ele tentava se esquivar. Em vez de completar o movimento evasivo, acabou caindo ao chão, ferido e gemendo. Sua reação de dor era estranha demais para duas kunais fincadas em seu corpo, mas logo o motivo seria revelado pelo mesmo, que gemeu no esforço de tentar falar. — Ve... ne... no...
O trio caiu em uma armadilha. Mas não imaginavam que a chuva de kunais havia sido somente o primeiro passo. Assim que Souji e seu companheiro pousaram, notaram que o chão que pisaram não era verdadeiro. Um círculo de metal estava sob seus pés, e dele rapidamente se erguem uma parede de mesmo material, com o objetivo de prender os dois ninjas ali dentro. Com sorte, conseguiram notar a segunda armadilha a tempo, e saltaram do lugar bem antes da redoma metálica se fechar.
Entretanto, ainda havia uma terceira armadilha. Assim que pousaram do segundo e mais longo salto, viram que uma folha de pergaminho estava depositada ao chão, como se esperassem por eles. De imediato, um selo se ativou na mesma, e um líquido escuro e viscoso começou a ser liberado, prendendo os pés do Nara. O chuunin, que estava a dois passos dali, por única e exclusiva sorte, não foi pego na terceira e aparente última armadilha.
— Mas que merda... Quem é esse cara? — indagou-se o Nara quando viu aparecer por trás das rochas a figura desconhecida de Shu e seu pergaminho lançado à frente. — Esse pergaminho deve ter mais uma dessas armadilhas, Jun. Tenha cuidado! — completou ele, fazendo um esforço tremendo para tentar se soltar do líquido, e tendo êxito em deixar a perna esquerda livre. Depois, colocou a pouca força atlética que tinha nas pernas para saltar e escapar de vez da prisão, pousando logo ao lado de forma desajeitada, quase caindo. Enquanto isso, o chuunin terminava de realizar selos. Focando no pergaminho que foi jogado, fez pequenas paredes de pedra surgirem ao redor dele, fechando-se em cima para isolá-lo.
A barreira avançou contra o chuunin. Souji, que acabava de se libertar do líquido preto que limitava sua movimentação, ainda olhava preocupado para o primeiro chuunin abatido, que já estava desacordado. Agora, via-se em situação semelhante, quando outro subordinado estava prestes a talvez ser ferido ou mesmo morto por aquele inimigo misterioso. Sem pensar duas vezes, seu corpo se moveu. Com toda a velocidade que tinha, correu na direção de Jun e se jogou contra ele aproveitando o impulso da corrida. Ambos caíram cinco metros a frente, e a bola metálica lançada por Shu passou voando pela posição anterior. O Jounin escolheu salvar seu companheiro.
— Souji-taichou! Não devia... eu poderia ter me defendido sozinho. — disse o rapaz logo que caiu.
— Confio em suas habilidades, Jun. Mas é que ... meio que me movi sozinho... — disse o Nara, sorrindo enquanto se desculpava.
O objetivo de Shu foi conseguido: forçar um movimento descuidado do Nara. Agora, poderia aproveitar a oportunidade para atacá-lo de forma apropriada. E assim o faria... se pudesse. Algo estava estranho com seu corpo. Uma força misteriosa e aparentemente insuperável havia tomado conta do mesmo, de modo que se mover era impossível. Somente sua mente, boca e respiração atendiam aos seus desejos naquele momento, e nada mais. Mas o Yamanaka era inteligente, e logo havia entendido o que ocorreu. A falha inicial no plano, que pretendia abater logo de cara dos dois chuunins, o fez perder a concentração e atenção à sua volta. E assim, outra pessoa havia se aproximado sorrateiramente do ninja da Anbu Ne, e o atacou sem que ele pudesse fazer qualquer movimento defensivo. Ou melhor dizendo: a mesma pessoa. Metros atrás de si, ouviu a voz de Nara Souji ecoar em seu ouvido. — O Kage Mane foi um sucesso.
Estava claro que um dos dois capitães daquele trio era um clone. Não obstante, o Nara resolveu contar a Shu o que havia sucedido. — Eu pensei que era excesso de preocupação, mas vi que não. Recebi a ordem superior de usar a rota principal, por questões diplomáticas... Mas pensei: não é óbvio demais? Se alguém decidisse interceptar o grupo, seria fácil. Konoha está passando por uma série crise institucional, embora os civis e alguns ninjas não estejam sentindo isso... Por isso, duvido muito que qualquer informação, por menor que seja, não seja vazada para algum lado oposto, e estava certo. Então decidi enviar um clone junto com os chuunins, e andar por outra rota. O problema era deixar meus subordinados em perigo se um indivíduo poderoso aparecesse... Por esse motivo, não pensei duas vezes antes de tentar salvar o Jun... — Souji dizia isso, mas as palavras de Shu o preocuparam. Jun foi salvo, mas o outro companheiro ainda estava caindo sob o efeito do veneno. O inimigo do Nara não estava proferindo palavras vazias: a vida de um amigo estava em jogo naquele momento.
Souji olhou para seu amigo caído ao chão, inconsciente, e vacilou. Shu sentiu por um ínfimo instante que seu corpo havia recuperado o movimento, mas foi num espaço de tempo curto demais para tentar se livrar por completo do Kage Mane. O Nara teve sua concentração e equilíbrio emocional colocados em cheque, mas se recuperou devidamente. — Você está preso. Deixe de falar bobagens. Antes de pensar em talvez lhe libertar, vou olhar se não carrega com você algum antídoto para salvar meu subordinado. — e após essas palavras, Shu viu seus braços se abrirem contra sua vontade, enquanto a segunda versão de Souji se levantava do chão, junto com o chuunin, e iam até ele, começando a revistá-lo. — Não vou cair em suas artimanhas.
Aquela era sua última alternativa. Não precisava de muito. Queria vencer a força do Kage Mane um pouco, somente o necessário para mover seu dedo e apertar o botão que ativaria seu dispositivo. Se conseguisse, teria uma chance de reverter o quadro... Mas não conseguiu. A força que o prendia era sobre-humana, principalmente se comparada com o baixo desenvolvimento muscular de Shu. Vencer o Kage Mane era impossível para ele naquelas condições. A revista à procura do antídoto terminaria. Eles salvariam o amigo envenenado e Shu seria captura ou, na pior hipótese, morto. Qualquer que fosse o caso, a missão havia falhado, e falha para a Anbu Ne é sinônimo de morte. A vida de Shu como ninja terminaria ali.
— Zenzaki? — o Nara se indagava, não entendendo naquele momento sobre o que Shu falava. Talvez ele não tivesse sequer conhecimento da existência de Zenzaki, mas certamente esse nome entraria no seu relatório, e era esse o último desejo de Shu. O Nara até poderia tentar perguntar algo ao seu inimigo capturado, mas não haveria como e nem tempo. O Yamanaka ativou o selo autodestrutivo, e com isso uma implosão de energia negra se iniciou a partir do seu tórax, lugar onde se encontrava o fuuinjutsu. De imediato, Souji pulou para trás, desfazendo o Kage Mane, enquanto seu clone empurrava para longe o chuunin que estava próximo e que tinha achado uma pequena bolsa com vários frascos, onde julgava estar o antídoto para o veneno. A esfera negra se expandiu rapidamente, destruindo o clone Nara num piscar de olhos. A medida que crescia, parecia sugar para dentro de si toda a existência em sua volta. No fim, extinguiu-se, deixando no seu lugar uma enorme cratera e o mais absoluto vazio. Nem um corpo, nem uma gota de sangue ou traço da existência do Yamanaka. Uma morte limpa e perfeita. Mas em todo aquele cenário, a última deixa de Shu não tinha qualquer coisa vazia, e se ele pudesse ver o desfecho, certamente riria sadicamente no outro mundo...
Última edição por Fësant em Dom 25 Jun 2017, 17:42, editado 5 vez(es)
Re: Episódio 45 | Shu
(...)
Mais um dia começava em Iwa. Na noite anterior, o casamento de Tomoyo e Hakuro alterou o cotidiano da vila, e também adiou os preparativos de Zenzaki, Jouichirou e da Pedra para a investida militar até Konoha. Naquela manhã, Aburame Yuudai estava no prédio que foi reservado aos ninjas da Folha. Debruçado sobre a janela, estava absorto em seus pensamentos, e mal havia notado a aproximação de Zenzaki. — De novo nessa janela... pensando na vida, Yuudai? Mas ora, não tem passarinhos dessa vez... Sempre achei estranho esse seu costume: um Aburame que gosta de pássaros... Mas... — o Andarilho se aproximava do rapaz, parando a poucos passos do mesmo. — Iremos marchar até Konoha... Você saiu da vila... Acabamos nos encontrando pelo acaso. Nunca lhe perguntei os motivos de ter deixado a vila... Talvez por eu próprio já considerar que sempre vai haver um motivo para um ninja deixar Konoha... Mas uma coisa é certa. Ficando conosco, há a possibilidade de enfrentar outros do seu clã... na pior das hipóteses, até um possível familiar...
O Aburame somente ouvia até então. Zenzaki cessou o falatório, mas vendo que Yuudai ainda não lhe dissera nada, prosseguiu. — Muito embora o clã Aburame ainda não tenha exposto seu posicionamento sobre isso tudo... ainda há a chance de não precisar enfrentá-los... De toda forma, você não é obrigado a partir conosco. Até porque, nem sei se você realmente adere à nossa causa e concorda com nossa forma de pensar. Mas se não quiser ir, deverá ficar aqui em Iwa. Somente deverá voltar para Konoha depois que tudo se resolver... O que me diz?
— Fico feliz de ouvir isso, Yuudai. Sua força e vontade são muito bem-vindas! — respondeu Zenzaki, com um sorriso. O Andarilho provavelmente nem teria mais o que discutir ali. A resposta do Aburame foi clara, direta e objetiva, e dizia tudo aquilo que o possível novo Kage gostaria de saber. Mas eis que novos atores chegam à cena. Andando pelo corredor, Hirei e Aruka traziam atrás de si outro ninja, com vestes e a bandana de Konoha. Tinha cabelos curtos e negros. Um par de brincos pequenos em cada orelha, olhos também negros e tão sérios quanto a expressão que trazia no rosto. Ao verem Zenzaki próximo ao janela, o pequeno grupo de imediato se dirigiu a ele.
Souji não esboçou reação ao ver Zenzaki. Certamente não conhecia sua figura, tal como nenhum daqueles outros três conheciam até tempos atrás. Zenzaki havia se mantido afastado da vila por 10 anos. Era natural que somente ninjas mais velhos conhecessem sua aparência. — Bom dia. — limitou-se o Nara a dizer.
— Bom dia. — respondeu Zenzaki. — Jouichirou não está no momento. Está tratando de uns assuntos... Mas podem falar comigo mesmo. Afinal, aqui sou tão responsável quanto Jouichirou por qualquer assunto. Sou Sarutobi Zenzaki — disse o Andarilho, cordialmente, enquanto dava um passo à frente e fazia um sinal com a mão para que o seguissem. — Mas não vamos tratar desses assuntos aqui no corredor. Vamos para alguma sala.
— Zenzaki? — indagou-se retoricamente o Nara, dando um meio passo para trás, como num instinto de receio. — Sinto muito, mas não posso ir com o senhor. Até imagino que tenha a mesma liderança que Jouichirou-sama aqui, mas... Essa é a segunda vez na vida que ouço seu nome. Na primeira, meus dois subordinados e eu quase morremos num ataque suicida de um inimigo, há dois dias. Ele usava técnicas estratégicas, armadilhas e venenos... E antes de morrer, disse algo, dando a entender que estava lá para nos matar sob sua ordem... Isso não lhe é familiar, Zenzaki-san? — o que o Nara disse deixou a todos surpresos e, no mínimo, confusos. O próprio Zenzaki não conseguiu esconder a surpresa no rosto ao ouvir aquelas palavras. — E antes que pense em também me matar aqui, saiba que já relatei o ocorrido a Konoha, fazendo referência ao seu nome... E por tudo isso, não dou mais um passo a partir daqui.
— Filho do Sandaime?! — indagou-se novamente o Nara, incrédulo, ao ponto de quase deixar sua voz se alterar no tom ao expressar sua resposta. Mas logo se recompôs. Na mente dele, provavelmente era claro que havia pouco em que em quem se confiar, principalmente estando em solo estrangeiro.
Mas logo em seguida Zenzaki tomou para si a voz novamente. — Sim, sou filho de Tatsunori, o falecido Sandaime... Você provavelmente não deve ter recebido algum retorno de Konoha ainda, ou então já saberia disso. Todo o Conselho de Anciãos conhece meu nome, embora não sabiam que eu estava vivo... Até você me dedurar. — riu de leve ao final, como se a situação ali não fosse de fato tão tensa quanto aparentava. — E faço das palavras de Hirei as minhas: não tenho qualquer motivo para enviar um ninja para matar um mensageiro de paz enviado por Konoha... porque tenho certeza que é sobre paz o assunto que veio tratar. Ainda assim, entendo sua preocupação. Não vamos dar um passo adiante daqui. — após essas palavras, um conjunto de cinco cadeiras e uma mesinha de centro surgiu no meio do corredor a partir do chão. Todas em cor escura e bem polidas, com um material que parecia granito. A conjuração foi tão rápida que os ninjas presentes mal puderam acompanhá-la, tendo somente Hirei vislumbrado ínfimo instante de realização de selos de mão por Zenzaki. — Vamos ficar aqui, mas não é por isso que vou deixar o visitante de pé. Vamos nos sentar. — completou, sendo o primeiro a fazê-lo.
Souji também se sentou, sem cerimônias, e quase acompanhou Hirei na risada. Pelo visto, o Nara também havia interpretado aquela "apresentação" da mesma forma que o ninja mascarado que agora se revelava como Yamanaka. — Não sei se Zenzaki-san se importa se lerem sua mente, mas minha não será possível, se essa for sua ideia. Eu vim para cá logo após terminar outra missão, e tenho informações sigilosas ainda frescas na mente... Mas pelo que você disse, Yamanaka-san, devem se tratar sim da mesma pessoa. E até onde sei, venenos não é bem a especialidade dos ninjas de Iwa, o que também reduz as chances de ser alguém diferente. E também, não cheguei a ver a feição do sujeito: estava mascarado. — Souji concordava com o dito por Hirei, que por sua vez também lembrava que não conhecia sequer a silhueta do inimigo, pois quando apareceu, estava controlando outra pessoa, usando técnicas do clã Yamanaka. — Não me recordo exatamente das palavras ditas. — disse agora, voltando-se para Aruka. — Mas certamente faziam menção a Zenzaki como o mentor da tentativa de matar a mim e meu grupo.
— Já eu, não me importo que veja minhas memórias recentes, Hirei. — disse agora Zenzaki. — Mas advirto que as minhas memórias de ontem à noite, após a festa, têm conteúdo... impróprio. Digamos assim. — completou, rindo. — E Yuudai... Duvido muito que o Conselho queria minha morte após saber que estou vivo. Claro, é possível que os assassinos do meu pai me queiram morto sim, mas acho que posso lidar com isso.
Última edição por Fësant em Dom 25 Jun 2017, 21:48, editado 5 vez(es)
Re: Episódio 45 | Shu
Souji cruzava os braços, passando a responder as demais perguntas ainda em aberto. — Até agora, Ojou-chan, eu nem sabia quem era Zenzaki. Para mim era somente um nome que ouvi de um inimigo, que passei ao Conselho, e os anciãos sequer me falaram de quem se tratava. E eu, logicamente, na minha posição de subalterno, não perguntei. Pra mim foi uma surpresa encontrar a pessoa Zenzaki aqui... Não como se eu pudesse prever isso. E mesmo que pudesse, entregar a mensagem é minha missão, e teria que completá-la. — O Nara havia primeiro respondido o questionamento de Aruka, e fez uma pausa curta para ter certeza de que o explicado foi claro o suficiente. E assim, voltando-se aos demais, prosseguiu. — Bem... A mensagem é destinada a Jouichirou-sama... Mas não é como se fosse algo realmente sigiloso. E se Zenzaki-san também é líder aqui, não tem porque não falar a respeito. Mas friso que, mesmo falando aqui, ainda preciso me encontrar pessoalmente com Jouichirou-sama... — Mais uma pequena pausa. Dessa vez, em virtude a importância que a próxima fala possuía. — A Vila Oculta da Folha, por meio do Conselho de Anciãos que temporariamente está assumindo a função de governo, deseja uma reunião com Jouichirou, demais líderes e seguidores, para resolver as questões relativas à morte do Sandaime e as acusações a Jouichirou, de forma diplomática e pacífica, de modo que um confronto armado seja evitado.
— Evitar um confronto armado... — disse Zenzaki logo em seguida... em tom baixo, enquanto levava a mão ao queixo, de forma pensativa. — Engraçado como Konoha sabia que estávamos aqui, que possuímos uma aliança com Iwa e que planejávamos realizar uma intervenção armada na Vila... A rede informações dos nossos ninjas sempre me trás surpresas... Enfim. Não é um assunto que eu possa decidir sozinho. Precisamos de Jouichirou para conversar a respeito.
Hirei olhou para Souji com descontentamento, revelando não estar nada satisfeito com aquilo. A sua máscara, felizmente, escondia qualquer reação que vinha a ter, facilitando a sua vida. Tossiu de leve, como se estivesse prestes a falar. E, olhando atenciosamente para o Nara, o fez: — Konoha sabe muito bem que se existisse a opção de resolver tudo diplomaticamente, então não teriamos chegado a esse ponto. Além do mais, não tem como confiarmos no que está dizendo: pode ser tudo uma armadilha. — O Yamanaka então desviou o olhar de Souji, mostrando-se bastante inquieto. Havia algo que o incomodava em muito. A partir daquele ponto, sequer olhava mais para o mensageiro, visto que a sua utilidade ali havia acabado. Por alguns instantes, começou a sussurrar o que o incomodava. — Não faz sentido. Konoha devia saber que não aceitariamos isso. Por quê então? Não, esta é somente uma mensagem. Uma chance de nos rendermos, uma derrota sem mortes pra nenhum dos lados. Eles devem estar bem confiantes. Se realmente achassem que tinhamos chance, teriam simplesmente se preparado e nos surpreendido. Posso estar pensando demais também, ainda existem pessoas boas no topo da folha. Hmm.. difícil. Ei, Souji-san, eles realmente só te mandaram aqui pra entregar essa mensagem? Não deram nenhuma instrução para o que fazer dependendo de nossa reação? Como oferecer algo, como garantia de que estão dispostos a cumprir a parte deles no acordo? Hmm, imagino que não. To me sentindo meio ofendido, não achei que nos subestimariam tanto.
Ouvia atentamente a mensagem e ao pedido que Souji transmitia vindo de Konoha, não esperava que o Conselho fosse se mobilizar tão rápido, ainda mais com a descoberta de que Zenzaki ainda estava vivo, e isso deixava Yuudai um tanto quanto curioso a respeito de como o novo Hokage, Jouichirou e Ichiro iriam lidar com esta nova situação. Entretanto, o jovem Aburame ainda considerava que pudesse ser algum tipo de armadilha e Souji estava ali apenas para atrair a todos a ela. — Se eles sabiam que faríamos uma intervenção armada, pode ser perigoso irmos até Konoha "em estado de paz". Poderia ser desvantajoso pra nós, Zenzaki-sama.
— Não acho que estejam nos subestimando, Hirei. Penso justamente o oposto. — Zenzaki passou, então, a falar novamente, expressando seu ponto de vista. — Se eles realmente nos subestimassem, não temeriam um confronto, e não tentariam resolver a situação de forma diplomática. Mas o que vocês disseram, Hirei e Yuudai, ainda é correto: não temos qualquer vantagem e ir de peito aberto a Konoha, com uma garantia de paz frágil como essa. E mesmo que fosse feita uma reunião em lugar neutro, não seria o suficiente. O Conselho precisa entender que Jouichirou foi obrigado a deixar a Vila por culpa deles, pela forma equivocada com a qual trataram o assunto. Vão ser necessárias boas garantias de segurança para que se inicie uma conversa diplomática. — concluiu o Andarilho, voltando-se para Souji ao final.
— O Conselho já imaginava que teriam esse tipo de receio, Zenzaki-san. — o Nara inciou sua resposta. — Então segue a segunda parte da mensagem, que responde também sua pergunta, Hirei-san. Se a proposta de conversa diplomática for aceita, o Conselho gostaria que fosse feita em Konoha. Para isso, propõe que será feita uma retratação pública sobre o ocorrido a Jouichirou-sama. E para confirmar que isso será feito, vocês podem enviar um ou dois representantes a Konoha antes da reunião, para que vejam com os próprios os olhos que tudo o que foi prometido será respeitado e feito.
O Yamanaka ficou meio confuso com as palavras de Zenkaki. — Mas se eles temem um confronto então por que... Ah, entendi. Faz sentido, Zenkaki-sama. — Hirei virou-se para o lado, pensativo, como se concluísse o seu raciocínio sem falar em voz alta. "Faz sentido mesmo... Sempre esqueço como inteligência não é o forte dos outros. Jogar fora o elemento surpresa assim... típico, realmente. Pode ser ingenuidade demais também, nunca saberei." — O Yamanaka então preparou-se para retomar a falar: — Certo, então acho que só precisamos que Jouichirou-sama retorne para tomar alguma decisão. Não tenho mais nada a acrescentar, por enquanto.
— Tomar decisão sobre o que? E que bagunça é essa no corredor? — e eis que voz de Jouichirou surge ecoando pelo corredor, junto com sua figura que caminhava, e diminuía o passo enquanto se aproximava. — Coisa sua, Zenzaki? E você... Nara... Souji, não é? O que se passa aqui? — Jouichirou fazia uma pergunta sobre a outra, e todas com o rosto direcionado a Zenzaki.
— Jouichirou-dono! Estávamos aguardando você! — respondeu Zenzaki, casualmente, como se toda a cena não fosse tão esdrúxula quanto Jouichirou transparecia em suas indagações. O Andarilho juntava as mãos, como quem estava prestes a iniciar uma sequência de selos. — Por que não se senta? Aí podemos lhe contar so...
— Estou bem de pé. — interrompeu Jouichirou, rispidamente. Rindo, como quem parecia já estar acostumado com aquela situação, Zenzaki se recompõe, e então explica com calma e detalhes tudo o que foi dito ali.
— Nara Souji-san. Por favor, diga ao Conselho que aceitamos a proposta. — disse Jouichirou, após ouvir os fatos e os argumentos expostos por Hirei, Yuudai e Zenzaki. — Se possível, queremos que nossos representantes voltem a Konoha junto com sua equipe. Mas... ainda há uma condição: queremos que a decisão do cargo de Hokage seja adiada até tudo se resolver. Sei que o Conselho ainda está indeciso entre Keisei e Omeshirama, mas... Sinceramente... Não enxergo mais outra pessoa como Yondaime, senão Zenzaki. — disse o ex-líder da Anbu, voltando-se rapidamente para Zenzaki, que fez uma leve reverência com a cabeça em agradecimento. Para os demais presentes, o que Jouchirou disse tinha muito mais coisas nas entrelinhas: além de querer que Zenzaki fosse o Yondaime, o líder não admitiria que Keisei ou Omeshirama se tornasse o próximo Hokage. — Inclusive, Souji-san, informe que Zenzaki e eu iremos à reunião. Nosso desejo é que resolvamos de uma vez por todas esses problemas, e que Zenzaki possa se tornar um real candidato a Hokage.
— Humm... Tudo bem, Jouichirou-sama. Passarei esta mensagem ao Conselho. Assim que tiver a resposta, falarei com vocês novamente. — disse o Nara, passando a se levantar e realizar uma reverência cordial. — Estou de saída. Agradeço a vocês por terem intercedido perante o Tsuchikage para que permitissem nossa entrada e dar cuidados médicos aos membros de minha equipe. — finalizando a reverência, o ninja mensageiro deixou o lugar.
— Agora temos algumas coisas para conversar... Vamos para uma sala e... — olhando para Zenzaki... — Arrume essa bagunça, Zenzaki, por favor...
— Haha! Você ainda precisa melhorar seu senso de humor, Jouichirou-dono! — respondeu o candidato a Kage, rindo.
— Evitar um confronto armado... — disse Zenzaki logo em seguida... em tom baixo, enquanto levava a mão ao queixo, de forma pensativa. — Engraçado como Konoha sabia que estávamos aqui, que possuímos uma aliança com Iwa e que planejávamos realizar uma intervenção armada na Vila... A rede informações dos nossos ninjas sempre me trás surpresas... Enfim. Não é um assunto que eu possa decidir sozinho. Precisamos de Jouichirou para conversar a respeito.
— Não acho que estejam nos subestimando, Hirei. Penso justamente o oposto. — Zenzaki passou, então, a falar novamente, expressando seu ponto de vista. — Se eles realmente nos subestimassem, não temeriam um confronto, e não tentariam resolver a situação de forma diplomática. Mas o que vocês disseram, Hirei e Yuudai, ainda é correto: não temos qualquer vantagem e ir de peito aberto a Konoha, com uma garantia de paz frágil como essa. E mesmo que fosse feita uma reunião em lugar neutro, não seria o suficiente. O Conselho precisa entender que Jouichirou foi obrigado a deixar a Vila por culpa deles, pela forma equivocada com a qual trataram o assunto. Vão ser necessárias boas garantias de segurança para que se inicie uma conversa diplomática. — concluiu o Andarilho, voltando-se para Souji ao final.
— O Conselho já imaginava que teriam esse tipo de receio, Zenzaki-san. — o Nara inciou sua resposta. — Então segue a segunda parte da mensagem, que responde também sua pergunta, Hirei-san. Se a proposta de conversa diplomática for aceita, o Conselho gostaria que fosse feita em Konoha. Para isso, propõe que será feita uma retratação pública sobre o ocorrido a Jouichirou-sama. E para confirmar que isso será feito, vocês podem enviar um ou dois representantes a Konoha antes da reunião, para que vejam com os próprios os olhos que tudo o que foi prometido será respeitado e feito.
— Tomar decisão sobre o que? E que bagunça é essa no corredor? — e eis que voz de Jouichirou surge ecoando pelo corredor, junto com sua figura que caminhava, e diminuía o passo enquanto se aproximava. — Coisa sua, Zenzaki? E você... Nara... Souji, não é? O que se passa aqui? — Jouichirou fazia uma pergunta sobre a outra, e todas com o rosto direcionado a Zenzaki.
— Jouichirou-dono! Estávamos aguardando você! — respondeu Zenzaki, casualmente, como se toda a cena não fosse tão esdrúxula quanto Jouichirou transparecia em suas indagações. O Andarilho juntava as mãos, como quem estava prestes a iniciar uma sequência de selos. — Por que não se senta? Aí podemos lhe contar so...
— Estou bem de pé. — interrompeu Jouichirou, rispidamente. Rindo, como quem parecia já estar acostumado com aquela situação, Zenzaki se recompõe, e então explica com calma e detalhes tudo o que foi dito ali.
(...)
— Nara Souji-san. Por favor, diga ao Conselho que aceitamos a proposta. — disse Jouichirou, após ouvir os fatos e os argumentos expostos por Hirei, Yuudai e Zenzaki. — Se possível, queremos que nossos representantes voltem a Konoha junto com sua equipe. Mas... ainda há uma condição: queremos que a decisão do cargo de Hokage seja adiada até tudo se resolver. Sei que o Conselho ainda está indeciso entre Keisei e Omeshirama, mas... Sinceramente... Não enxergo mais outra pessoa como Yondaime, senão Zenzaki. — disse o ex-líder da Anbu, voltando-se rapidamente para Zenzaki, que fez uma leve reverência com a cabeça em agradecimento. Para os demais presentes, o que Jouchirou disse tinha muito mais coisas nas entrelinhas: além de querer que Zenzaki fosse o Yondaime, o líder não admitiria que Keisei ou Omeshirama se tornasse o próximo Hokage. — Inclusive, Souji-san, informe que Zenzaki e eu iremos à reunião. Nosso desejo é que resolvamos de uma vez por todas esses problemas, e que Zenzaki possa se tornar um real candidato a Hokage.
— Humm... Tudo bem, Jouichirou-sama. Passarei esta mensagem ao Conselho. Assim que tiver a resposta, falarei com vocês novamente. — disse o Nara, passando a se levantar e realizar uma reverência cordial. — Estou de saída. Agradeço a vocês por terem intercedido perante o Tsuchikage para que permitissem nossa entrada e dar cuidados médicos aos membros de minha equipe. — finalizando a reverência, o ninja mensageiro deixou o lugar.
— Agora temos algumas coisas para conversar... Vamos para uma sala e... — olhando para Zenzaki... — Arrume essa bagunça, Zenzaki, por favor...
— Haha! Você ainda precisa melhorar seu senso de humor, Jouichirou-dono! — respondeu o candidato a Kage, rindo.
Última edição por Fësant em Dom 25 Jun 2017, 22:49, editado 3 vez(es)
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