Naruto: Shinobi no Sho - Sistema D8 de RPG
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{Abismo} Episódio 01: Apresentação

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Mensagem  Shinen'gakure no Sato Sáb 07 maio 2011, 11:23

O nascer do Sol trazia pouca diferença para o povo do Abismo. Acostumados a luz escassa que, com custo, alcançava as profundezas na qual as cinco cidades se encontravam, lâmpadas e velas eram a única maneira de se encontrar qualquer claridade. Aquela manhã, em especial, fazia-se mais escura que o comum - na semana anterior, uma tempestade havia sido prevista para sobrepassar a muralha que protegia o País dos fenômenos da Ilha; casos como este tornavam-se mais e mais frequentes, acalentando dúvidas na população sobre quanto tempo a estrutura das Tormentas poderia aguentar.

# Central de Inteligência - 4h anteriores ao inicio do projeto E.M.I #


Numa sala estreita e escura, um homem sentava-se frente ao que parecia ser um estranho monitor de formato circular; do aparato advinha luminosidade de cor azul-escura, reluzindo em sua fronte de forma a transformar a figura numa simples silhueta negra. Em tom de preocupação, sua voz ecoou para o monitor, que transmitia imagens irreconheciveis: — Senhor, acredito que, nesta situação, poucos dos participantes lhe serão de algum proveito. Estarão arriscando a vida num teste impossivel. — Segundos de silêncio sucederam a confissão até que, finalmente, houve resposta: — Seu ponto é...? Os que sobreviverem estarão aptos a me servir. Quanto aos demais, seus destinos não me interessam. A Vila Oculta do Abismo não necessita de mais professores e empregados para limpar banheiros. Necessitamos de armas humanas. De verdadeiros ninjas. — Por fim, o monitor cessou sua transmissão, recobrindo o recinto em breu.

# Honpei - Vila Oculta do Abismo - 1h anterior ao inicio do projeto E.M.I #

Restavam apenas 60 minutos para o esperado começo do programa que prometia reformar as forças militares do país e conceber aos seus participantes uma carreira de sucesso! A concentração para a partida se deu no prédio gigantesco que sediava a Vila Oculta. Cerca de 100 participantes enfileiravam-se num enorme salão revestido de metal, cuja proporção poderia abrigar cerca do dobro daquilo - em eventos comuns, o espaço era utilizado para a realização de torneios ou para o treinamento de Shinobis do alto-escalão. A frente do enorme grupo, um palco de metal coligado por escadas em ambas as extremidades havia sido armado. No topo, cerca de vinte Jounins fortemente armados montavam uma espécie de barreira e, entre eles, o Conselheiro de Sarugutsuwa discursava acompanhado de todos os cinco Porta-vozes do Imperador. A oratória durou por cerca de trinta minutos, enaltecendo o patriotismo, os valores ninja e demais códigos que prezavam honra e senso de obrigação; em seu fim, finalmente, o Conselheiro se despediu de todos, desejou boa sorte, e passou a palavra para o Porta-voz responsável pela cidade de Honpei, capital das Tormentas: — Esta manhã darão o primeiro passo que leva ao futuro de suas vidas. Esperamos que todos se formem com dignidade, e se tornem úteis para a nação. Obrigado a todos os participantes, e boa sorte. Serão direcionados para o inicio dos testes dentro de uma hora. Esperem no salão até lá. — Hiro, que estava posicionado na fileira mais próxima ao palco, pode assistir de perto enquanto os cinco homens, seguindo os porta-vozes, finalmente se retiraram pela porta dos fundos localizada na pare detrás do palanque. Enquanto isso, Tetsuya estava em meio a muvuca, e foi obrigado a escutar a reclamação de duas meninas que durante todo o discurso coxixavam da vida e conversavam sobre namorados - pelo visto, todos os tipos de pessoas haviam se inscrito no projeto, mas nenhuma fazia idéia de como seriam suas etapas ou do que realmente se tratava. Na porta de entrada Tenshi fazia-se presente. Por contratempos naquela manhã, envolvendo tanto problemas intentinais quanto a ausência de qualquer comida em casa senão àquelas a base de pimenta, chegou em cima da hora para o inicio do discurso e se posicionou na última fileira, junto dos delinquentes e malandros que discutiam como se dariam mau caso a primeira etapa fosse um teste escrito.

— Eu já estava pensando que o Senhor lá não iria mais parar de falar... Eu realmente detesto discursos — Pensou alto Tetsuya, enquanto levava a mão à pequena bolsa que trazia presa à cintura, retirando um pequeno livro de capa dura em cor vermelha. Quem se atentasse curiosamente para ler, entenderia “História do Mundo Ninja: Vila Oculta do Abismo”. O genin sempre procurava qualquer momento de ócio para ler. Todavia, a conversa eufórica dos demais, principalmente daquelas duas meninas, estavam deixando-o louco.

“1... 2... 3.... ... 8... 9... 10!” Contou mentalmente, para se acalmar e evitar alterar seu humor. Olhando em volta, nenhum conhecido, no sentido estrito da palavra. No mais, eram alguns colegas da vida acadêmica, com os quais pouco tinha se relacionado até então. Entretanto, uma figura ao longe lhe chamou a atenção. Sim, era ele! A única pessoa da academia que Tetsuya realmente não suportava ver. Seu primeiro pensamento foi de ir até lá e provocar o outro garoto, mas decidiu esperar mais um pouco antes de fazê-lo. Permaneceu, então, somente observando as pessoas ao redor, distraindo-se com conversas alheias.

Em meio a todas aquelas pessoas, Hiro esboça uma feição de naturalidade para com a situação. Sobre o teste pouco conhecia, mas o seu papel no vilarejo era claro: servir como uma boa arma; e como tal deveria realizar o que lhe fosse proposto a partir dali, com a devida eficiência. Seu comportamento fazia-se simples no momento, sem muitos pensamentos ou preocupações, e nem mesmo confiança em si. Com tantos participantes ali além dele mesmo, o jovem não imaginava nem de perto o quão perto ou longe se encontrava em relação ao ponto de sucesso. Apoiado na katana desembainhada que se posicionava fincada ao solo, a sua mente lhe veio lembranças de alguém, um outro garoto de idade semelhante. Não que lhe preocupasse de maneira relevante, mas a sua existência veio atona naquele momento. Olhou de lado mas não pode avistar ao certo aquele que procurava, levando-o a desconsiderar a sua capacidade em encontrar-se ali, pronto para o teste. — "Eu devia saber, que cabeça a minha." — Permaneceu parado, impotente, somente observando o palco.

O rapaz chegara atrasado, ou melhor, em cima da hora, os problemas da manhã foram no mínimo raros, além de ter de alimentar seus animais de invocação tivera um problema para se alimentar, como por muitas vezes tivera, era um costume deixá-lo com fome já que sempre surgia algo que fazia a família optar por comidas apimentadas, chegara a tempo de ver o mais velho discursar sobre os direitos Shinobis, suas honras e deveres. — “Deus, ouvimos isso desde que adentramos na academia, de qualquer forma, parece que meu dia tende a piorar. “ — O Muhura se manteve calado apesar de não estar atento com as divagações do outro, após o termino do discurso e a passagem de palavra para o Porta-Voz suspirou aliviado sabendo que o fim estava próximo, se alongou com o termino das palavras para depois olhar para os lados. Não observara nada de mais, esperou que fosse possível ter uma passagem para o salão e sem pressa ou pelo menos sem demonstrá-la seguiu para o solão como lhe fora ordenado. Não deixara de reparar as ideias não tão engenhosas dos rapazes que adentravam ao seu lado.

O fim do discurso trazia o aumento crescente do barulho no salão. Todos os participantes enganjavam em conversas, circulando pela área que, apesar de larga, tornava-se levemente abafada pela ausência de qualquer saida de ar com exceção das portas principais e traseiras. No centro da multidão, Tetsuya ainda permanecia perto do par de garotas, quando não pode deixar de escutar a única parte da conversa que parecia interessante: — Are ... Acho que escutei um barulho estranho lá fora! — Exclamou uma delas, observando a porta de saida. A outra, com as mãos na cintura, arqueou uma sobrancelha em incredulidade: — Você e essas orelhas. Como pode escutar qualquer coisa nesse barulho todo? Devia se tornar uma rastreadora no futuro ... Que tal concorrer para a Teisatsutai? — Um pouco envergonhada, a primeira continuou sua conversa com a segunda, revelando que devido a sua audição aprimorada escutou seu namorado em ato sexual com uma amante. Nos fundos, Tenshi finalmente obteve algum sossego quando os delinquentes e demais se afastaram para o canto do salão, onde permaneceram recostados na parede. Hiro, por sua vez, também obteve espaço - com o dispersar das fileiras, concluiu que "aquela pessoa" não era produto de sua imaginação. Cerca de vinte metros adiante pode avistar Tetsuya, que parecia ocupado com um livro de capa vermelha. No palanque, os Jounins permaneciam em guarda mesmo após a retirada das figuras importantes; faltava agora menos de uma hora para o esperado inicio dos testes.

Um sentimento de surpresa, podia-se resumir assim a reação de Hiro. Desapoiou-se da katana, por acidente, quase caindo ao chão, sendo impedido pela ponta do pé que foi capaz de lhe segurar tempo o suficiente para retomar ao equilíbrio. A presença de Tetsuya ali somente confirmava a sua idéia sobre o projeto, o qual de fato procurava testar todo e qualquer futuro shinobi no vilarejo, afim de selecionar as novas armas. Contudo, ao jovem pouco lhe preocupava com que tipo de concorrentes teria que lidar dali pra frente, a sua eficiência para a permanência no vila permanecia a mesma. Deixando de lado possíveis análises dos participantes do projeto, tal como não pertencia ao seu feitio, retomou à postura inicial, somente aguardando o término da pausa até o começo do teste. Quando mais rápido aquilo terminasse, melhor.

O garoto se manteve parado por alguns segundos, procurou por algum rosto conhecido, alguém que pudesse conversar para fazer com que o tempo passasse mais rápido, infelizmente nada encontrara, se dando por vencido girou o corpo em 360° graus visualizando todo o salão até se deparar com algum ponto a qual pudesse se sentar rumou lento até uma das paredes a onde se sentou no chão com cuidado e depois encostou as costas na parede se mantendo com o pescoço levemente curvado para frente, olhou o material Shinobi garantindo que não havia se esquecido de nada, e realmente não o fez, sem mais o que fazer fintou a frente olhando para as pessoas dali, conhecia grande maioria de vista, mas nenhuma com quem tivera contato, na verdade nunca fizera amigos de verdade fora algum cumprimento não tivera nada mais de contato. — Felizmente as coisas estão se normalizando, não há nada até agora, espero que seja um dia tranquilo. — Falara baixo de mais para qualquer pessoa escutar, levou ambas as mãos a frente do corpo e entrelaçando os dedos com um esticar dos braços estalou grande parte dos mesmo e depois levou as mãos para a nuca, enquanto levava as pernas para frente do corpo esticando-as e as cruzando de forma despreocupada, por nunca ter se destacado sabia que ninguém dali poderia se incomodar com a sua presença.

Coincidência, ou não, os olhos de Tetsuya fitaram Hiro bem no momento em que este notou a presença daquele. Se Hiro demorasse mais alguns instantes olhando para o Mibu, perceberia um sorriso desdenhoso na face do mesmo. Desde a academia, Hiro sempre se mostrou mais forte combativamente que o genin, enquanto que este se destacava em outros quesitos. Talvez esta antagonização natural de estilos fosse o responsável pela aversão mutua que ambos possuíam, ou talvez o fato de os dois carregarem katanas consigo fosse o mais forte motivo. Seja com for, aquele teste era o momento que Tetsuya precisava para mostrar sua superioridade em relação ao seu atualmente “quase-rival”. “Como? Pegou o namorado em traição?! Não se fazem mais homens verdadeiros e cavalheiros neste mundo...” Pensou consigo quando captou acidentalmente o detalhe sórdido da conversa entre as duas meninas, o que interrompeu seus pensamentos anteriores. “Vou continuar com minha leitura... quem sabe o tempo passa mais rápido...”

Tetsuya seguiu adiante com sua leitura, esforçando-se para que o tempo se esvaisse mais rápido, enquanto Hiro se manteve quieto e no mesmo local da formação de filas. Longe dali, Tenshi foi o único a se afastar, recostando-se na gélida parede de placas de metal que formavam as laterais do salão. Dez, vinte, trinta minutos finalmente foram embora - a espera, infelizmente, estava apenas em sua metade. Próximo ao portão, porém, algo similar a um entretenimento foi iniciado; a garota dos bons ouvidos encontrou-se com o namorado traira, que estava junto do grupo de delinquentes no canto do recinto. Ambos começaram a discutir, quando um terceiro rapaz se intrometeu na confusão e, disso, nasceu uma briga. O primeiro socou o segundo, que caiu no chão, e até mesmo a garota levou um tapa que a fez recuar: — Desgraçado, você pegou minha mulher! — Gritava o delinquente enquanto montava sobre a barriga do outro rapaz e socava seu rosto. Todos se amontoaram ao redor, mas ninguém ousou se intrometer para parar a briga - nem mesmo os Jounins no palanque, ou os guardas próximos a porta.

— Hummmm... deu merda! — disse para si mesmo quando viu se configurar todo o “fuzuê”. Vozes alteradas, discussões, terceiros que não tinham nada a ver com a história aproveitando para por lenha na fogueira, e... Não! Tetsuya realmente não podia ver aquilo! A garota, além ter sido traída outrora, ainda recebeu um tapa no rosto! Aquela cena realmente fazia todo o sangue ferver. Respirou fundo, guardou seu livreto novamente na pequena bolsa presa à cintura, e então dirigiu-se para o local da discussão. E, muito educadamente, disse: — Bom dia, rapazes. Tenho duas coisas para pedir a vocês. A primeira é que parem com esta balburdia, porque estou tentando ler. A segunda é que você, covarde, peça desculpas à garota. Caso contrário, cortarei sua mão fora para que nunca mais faça algo do tipo novamente. — embora não esperasse ser realmente ouvido, escolheu palavras que acho que causaria algum impacto e chamassem a atenção. Agora, restava aguardar a reação daqueles dois bagunceiros.

Diante de toda aquela multidão, o jovem, recolhido em sua solidão, somente observou o que acontecia ali perto. A briga entre dois desconhecidos com certeza não o levaria a agir em relação a aquilo, independente da consequência que isto trouxesse a um dos que participantes. Manteve a posição de frente para o palco, um pouco inclinado de forma que o resultado daquela briga, embora pouco interessante, não fugisse ao seu conhecimento. Certamente não possuíria a clareza do resultado necessária de tão longe, contudo as suas capacidades perceptíveis até certo ponto invejáveis lhe concederiam o suficiente por enquanto. Analisar os demais, infelizmente, fazia parte do processo que o levaria ao sucesso no projeto, embora utilizar-se deste meio fosse contra a sua vontade.

Eis que em um movimento lhe chamou a atenção, logo após. A chegada de Tetsuya afim de se intrometer fora logo percebida por si, levando-o instintivamente a dever grande parte de sua atenção para a briga. — "Esse idiota.. sempre tem que se intrometer..." — Embora não demontrasse, estava atento ao que ocorria ali, de vista dificultada pelo tanto de gente que se posicionava logo a frente, aguardando algo mais. Hiro, mante-se assim por um breve tempo..

O rapaz se manteve na mesma posição por alguns segundos, ainda de olhos abertos atento aos movimentos, felizmente não os fechara, vira a garota seguir até o namorado e uma discussão se iniciar, se ajeitou melhor no local agora cruzando as pernas mais a frente do corpo como se estivesse assistindo um filme observou de forma atenta o desenrolar dos fatos. — Até que enfim ação. — O rapaz falara para si mesmo enquanto fechava os punhos levando-os até a frente do rosto em uma torcida silenciosa. “Eu poderia entrar na briga, mas eu me machucaria, provavelmente iria apanhar já que não sou tão bom em lutas, bem, pelo menos agora têm algo para nos distrair. E as coisas só ficam melhores.” Sorrira ao ver que a confusão agora tomava proporções grandes devido a intromissão de outra pessoa, apoiou o cotovelo sobre o joelho e depois apoiara o rosto na palma da mão.

Em meio a briga surge um cavaleiro galante! Ou, assim, seria num conto de fadas. Tetsuya se aproximou dos arroaceiros, que continuaram a brigar até ouvir as ameaças do rapaz. No calor do momento, o delinquente virou para o Gennin com pouco para nenhuma paciência, aproximando-se de forma marrenta como quem não pretendia sequer dar respostas em palavras - com o erguer das mãos, um soco parecia estar a caminho, mas sequer chegaria? Nesse momento, Tenshi percebeu que por detrás das grandes portas semi-trancadas do salão um brilho ofuscante apareceu. A luz transpassou as fendas do metal, surpreendendo os guardas e os demais próximos, quando então o silêncio imperou, finalmente. Numa questão de milésimos de segundos, o rugido de uma explosão ecoou por toda a estrutura do local - as portas foram arremessadas brutalmente para dentro através de labaredas, chocando-se contra os guardas com violência tal que instantâneamente os nocauteou. Do corredor, um homem trajando roupas rasgadas e sujas pulou com katana em mãos, gritando como um kamikaze, e fincou sua lâmina nos pulmões do garoto que estava para acertar o jovem Mibu. Tetsuya pôde observar a ponta metálica da arma verter sangue em sua direção quando esta saiu pelo peito do delinquente, cujos olhos se esbugalharam em um misto de desespero e incompreensão ante uma morte tão bruta e repentina. O salão imediatamente adentrou estado de caos - do corredor por onde havia vindo o homem, gritos de guerra podiam ser ouvidos, e estavam se aproximando!


########### ABERTURA DA 1ª TEMPORADA ###########



#############################################



— Mas... que diabos foi isso?! Quem é você?! — a morte do garoto que estava a sua frente foi realmente abrupta. Por uns ínfimos segundos, Tetsuya ficou pasmo, observando a cena que se desenhara, os olhos do garoto e o sangue que respingou em seu próprio rosto tamanha foi a violência do golpe. Quando a adrenalina fez o sangue finalmente circular em ritmo de combate, o Mibu sacou uma de suas katanas que ficam presas às suas costas, mais precisamente a que ficava disponível à mão direita, posto que o garoto era destro. Dando um passo para trás, Tetsuya postou-se em posição de luta, enquanto recuperava os sentidos e raciocínios para entender o que aquela explosão e a morte do garoto significavam

O pânico estava inteiramente instaurado em todos os participantes ali presentes! As luzes do salão se apagaram, dando vez a um globo que desceu de aberturas do teto e reluziu feixes avermelhados que giravam ao redor do local - era o protocolo do alerta de invasão, que logo também disparou, dispersando um eco de sirenes por toda a Vila do Abismo. Os Jounins do palanque investiram contra a entrada, enquanto um deles se manteve na porta que havia por detrás do palco, guiando os participantes para que figussem pelos fundos! Em um evento que reunia um dos Conselheiros e todos os Porta-vozes, talvez um ataque fosse esperado - mas quem seriam os agressores?

Enquanto isso, Tetsuya fazia frente ao homem que assassinou à sangue frio um dos participantes. Barbado e de cabelos despenteados, ele balançou a espada no ar, correndo contra o Genin numa investida óbvia e amadora - provávelmente se tratava de um civil comum, com pouca para nenhuma habilidade em combate real. Outros vinte homens surgiram da entrada principal após a partida dos Jounins, que por lá seguiram. Enquanto o desconhecido avançava, Tetsuya pôde vislumbrar em seu braço direito, na parte de dentro do biceps, uma marca feita a ferro com o desenho de algemas - unida às condições do homem, veio então a constatar algo que talvez lhe fosse de interesse.

Notando de relance a marca no braço do homem desconhecido, algumas informações, lembranças e conclusões praticamente estalaram na mente de Tetsuya. Todavia, ele havia de se preocupar ainda com aquele ataque de espada, que com o estilo, ou melhor, falta de estilo, apresentado pelo atacante, não deveria ser difícil de ser evitado. Mas cuidado nunca é demais, e assim sempre pensava o garoto. Tetsuya então levantou a espada, para que a mesma fosse de encontro à arma do barbudo e assim bloquear o golpe. O genin precisava defender-se e ganhar tempo para agir apropriadamente.

De forma atenciosa, Hiro observou o desenrolar dos acontecimentos, e certamente um lhe chamaria a atenção: o combate de Tetsuya e o desconhecido. De primeira, não foi capaz de determinar o fato mais surpreendente, se aparente habilidade não tão elevada do inimigo de seu conhecido, ou a atitude deste em meio ao caos que se iniciara. Assistindo vários dos participantes partir para os fundos, numa fuga, Hiro pensou em fazer o mesmo, sendo impedido pela vontade de acompanhar o resto da batalha que acontecia ali. O resultado parecia lhe importar, afinal. Assim como em todo o resto, o jovem permaneceu quieto no mesmo local de início, resistindo para não ter que recorrer à fuga.

O garoto arregalara os olhos enquanto via o Gennin desfalecer inerte em poucos segundos, viu o outro se posicionar para o combate para se salvar, em seguida a escuridão tomou conta do local e a iluminação vermelha indicando uma invasão, se ergueu rapidamente analisando de tal modo a situação. — “ Os gennins estão sendo retirados mas não viemos aqui para sermos meros Gennins, o mais correto é fugir, mas se não queremos ser gennins comuns...porque vamos fugir?” — O rapaz concentrou chakra na planta do pé aproveitando que estava na parede começou a subir rapidamente pela mesma tomando um certo cuidado para não ficar na direção da luz da sirene, parou levemente se inclinado diminuindo o possível alvo que seria caso fosse percebido, apesar de também ficar mais vulnerável poderia atacar de forma mais eficaz e escapar de um possível ataque se tornaria mais fácil., fez selos com ambas as mãos enquanto os olhos por poucos segundos foram fechados liberando um selo, estimulou os músculos de seu corpo na tentativa de aumentar a capacidade do mesmo para um possível combate que pudesse vir a ocorrer. — Gakidou no Fuin (Selo da Ativação Corporal) —

Com um movimento simples, Tetsuya foi capaz de parar o golpe do oponente - em reação, o homem se afastou, pasmo, e largou a espada num ato de intenso medo conforme deu as costas e fugiu em meio a tropeços, enquanto implorava: — Eu não quero morrer, eu não quero morrer! — Os demais vinte pareciam avançar sem qualquer temor, retalhando Genins inexperientes que cruzavam seu caminho; apenas dez dos participantes permaneciam na sala, fora de Hiro, Tetsuya e Tenshi. Os demais haviam fugido pelos fundos, sob ordens do Jounin que ali permaneceu, e este continuava a sinalizar para que os remanescentes fizessem o mesmo.

Do corredor, berros de dor e o tilintar das armas eram ouvidos. Os Jounins que partiram muito provávelmente haviam adentrado combate direto com os invasores - de sua visão privilegiada, Tenshi observou os corpos das crianças que foram esfaquiadas. Sangue havia sido espalhado por todos os lados, contrastando com o cinza do salão enquanto sua cor era potencializada pelas luzes já avermelhadas do alarme; aquilo, sem dúvidas, era uma batalha real, com mortes reais, e vidas haviam sido perdidas.

"Que droga.. não sei se posso com uma batalha de verdade dessas, pessoas morrendo tão facilmente.." — Não necessariamente medo, Hiro demonstrou receio para com a proximidade que se encontrava com uma luta futura. Apesar de representar o papel de uma arma do vilarejo, e se considerar um shinobi forte o suficiente para se defender, Hiro optou pela defensiva, mais precisamente se afastar dos combates diretos.

Foi então que sua mão esquerda, inábil, pousou sobre a katana que se localizava em suas costas, preparando-se para saca-la, quando em um ato repentino se movimentou rapidamente de um lado para o outro, procurando com os seus olhos azulados um local cuja ocultação mostrasse-se fácil. Sua finalidade, no momento, era manter-se "inteiro" o suficiente até que fosse necessário participação sua na guerra que já se iniciara.

"Tsc...estranho isso, mesmo os invasores sendo fracos e pararem em frente de um Gennin o Jounin ainda nos manda sair, ele poderia simplesmente salvar a todos com algum Jutsu, claro, eu acho, bem, vou agir...espero estar com sorte. " — O rapaz que se mantinha no alto da parede em silêncio levou a mão até a bolsa de shurikens e kunais a onde pegou 6 shurikens, mantendo três para cada mão, um arremesso comum, sabia que não era um gênio na tentativa de lançamento de shurikens mas a devida bonificação do jutsu lhe concederia uma possibilidade maior de acerto, mirou o amontoado de invasores sabendo que em multidão seria mais fácil de acertar e assim que a luz da sirene iluminou outro lado da parede fez o lançamento usando a escuridão que se instalára por poucos segundos como vantagem para não ter o ataque percebido, lançou-as com força tentando acertá-los para pelo menos impossibilitá-los, lançou um shuriken para cada invasor tentando deter pelo menos seis deles, isso se acertasse todas. — Droga, espero acertar, seria tudo mais fácil se eu pudesse apenas invadir algum lugar...ai ai... — Reclamara baixo para si mesmo enquanto terminava o lançamento.

Tetsuya leva a mão esquerda ao rosto, limpando o sangue do garoto assassinado que havia respingado em seu rosto. Por alguns instantes, ficou olhando a mão suja. Sabia que a vida shinobi significava guerra, confrontos e sangue, mas não imaginava que conheceria este lado tão cedo, e de forma tão repentina. Todavia, ao ver o sangue na palma de sua mão, assim como o jorrar de mais sangue dos demais genins assassinados e feridos, e a própria cena potencializada pela luz vermelha e gritos, um sentimento estranho veio ao corpo do genin. O mesmo não encontrou palavras em sua mente para entender aquela sensação, mas, no mínimo, todo aquele caos e cena de guerra lhe gerou algum tipo de contentamento que não sabia explicar a si mesmo. Voltando a si, Tetsuya viu que somente poucos genins restavam naquela cena. Ainda empunhando sua espada, tratou então de correr para os fundos, seguindo a orientação dos Jounins. “Fiz minha parte... a partir de agora, é com eles. Até porque... tudo isso é muito estranho...”

Tenshi arremessou seus projéteis de maneira hábil contra os homens que encurralavam uma menina próximo ao canto do salão. As shurikens fincavam na carne de suas costas, causando uma sensação agoniante que os forçou a gritar e olhar para trás afim de vislumbrar seu agressor - para a sorte do Genin, que estava no alto, a escuridão ficou a seu favor. Enquanto isto, Hiro correu para de baixo das escadarias do palanque, onde nem mesmo a parca iluminação das sirenes poderia alcançar. Dali, observou enquanto Tetsuya e os outros 8 sobreviventes fugiram pela porta dos fundos. Do corredor principal, cerca de mais quinze homens armados emergiram; como último chamado, o Jounin gritou de maneira severa: — Vocês dois! Se não querem morrer, entrem logo! — Tetsuya, ao cruzar a porta, deparou-se com uma sala de porte médio onde encontravam-se cerca de cinco elevadores paralelos. O último havia acabado de descer, levando a penúltima remessa de Genins sobreviventes. De pronto, o Jounin apontou para um dos elevadores abertos, ordenando que o jovem Mibu aguardasse lá dentro. No salão, os invasores haviam por fim se dado conta da posição de Tenshi. Um deles trazia consigo um arco e flecha, provávelmente roubado de algum lugar da torre, e tratou de mirá-lo contra o Genin, disparondo o projétil que cortou o ar em sua direção.

[color=blue]"O merda..." — O rapaz flexionara os joelhos visualizando o local a onde o jounin se mantinha, saltar em direção da saída a qual o Jounin se mantinha esbravejando para seguirmos, tinha ciência que poderia ser acertado mas as chances de não ser superavam a de ser. — "Vamos vamos..mais um pouco e eu saio...porque eu vim para essa prova mesmo?" — Enquanto saltava tentava se manter alerta para qualquer outro ataque apesar de saber que seria extremamente difícil.

Tendo maior noção do perigo que se encontrava agora, Hiro avista atentamente os inimigos, buscando um padrão. Dessa forma, utiliza-se de Henge no Jutsu, se disfarçando como um deles. Procurava assim evitar maioria dos presentes ali que, pelas habilidades demonstradas até então, não seriam capazes de detecta-lo. Uma vez burlada a desvantagem de número, retira-se lentamente de sua posição, partindo na direção de Tenshi, tal como os demais. Sua finalidade ali, era passar-se por um deles, e pelo sucesso neste meio, sua sobrevivência estaria garantida até determinado ponto.

Hiro, uma vez próximo à saída do local, oculto nas sombras, iniciou a tão desejada fuga. A maioria já havia se retirado dali, e embora a sua preocupação fosse com a sobrevivência da maioria, somente havia restado um, pouco significante tão logo. A passos rápidos, movimentos discretos porém potentes, o jovem de cabelos esbranquiçados parte da sua posição para realizar a fuga dali.

Com certa maestria, o salto de Tenshi foi suficientemente rápido para evadir a flecha, que bateu seca contra o metal e, em seguida, caiu por lá - todos os trinta e quatro homens debandaram contra o Gennin, correndo para alcança-lo como lobos que vão em matilha de encontro a presa. Por sorte, o jovem foi rápido o bastante para adentrar a próxima sala, e logo o Jounin trancou a porta que os separava dos inimigos. Tenshi, Tetsuya e Hiro finalmente encontravam-se face à face, sendo os três últimos a chegarem até o elevador. O Jounin tratou de apertar o botão para que todos decessem, e conforme prosseguiam, não pôde deixar de alertar: — Da próxima vez os deixarei para trás. Sejam mais espertos. A cidade já foi evacuada; ao chegarem lá em baixo, vão para a galeria mais próximo. Outro Jounin os guiará até uma das saidas da cidade. — E assim, o elevador chegou em seu destino. As portas de metal abriram-se no lobby da Vila Oculta, um espaço gigantesco e infestado por mesas e balcões para todos os lados. Haviam corpos de funcionários espalhados por cima um do outro, assim como sangue formando trilha pelas paredes, teto e, principalmente, chão. Lá, cerca de cinco inimigos os aguardavam, mas o Jounin tratou de assegurar um avanço tranquilo até a porta de saida que dava para a rua principal da cidade de Honpei.

Agora, sozinho com os outros dois genins, Tetsuya fita os companheiros acidentais que acabou arranjando. — Reiketsu Hiro e Muhura Tenshi, não é mesmo? Vamos logo. Vocês já me deixaram esperando demais naquele elevador. — disse, finalizando o curto início de diálogo, enquanto iniciava a corrida para a galeria mais próxima daquele local.

Hiro, agora são e salvo, relaxou um pouco mais. Ao lado de Tenshi e Tetsuya, caminha em direção a porta de saída, que levaria logo mais para a rua principal da cidade. Embora tivesse superado um perigo, outro iria se aproximar. Um destino certo, rumo as galerias, parecia simples, contudo a inexistência de alguém mais apto a ajudar e o trajeto pouco seguro até lá trazia-lhe preocupação. — Foi mal, achei que fosse cortar a mão daquele cara. No final, acabou correndo pra variar. — Respondeu, em tom irônico e pouco motivado. A sua convivência com Tetsuya não era boa, e isso estava claro para os dois. Para Hiro, não havia razão pra fingir o contrário. Já em relação a Tenshi, o observa de lado, mas nada faz, nada diz.

— Vou averiguar nosso caminho.... — O Shinobi falara alto o suficiente para que todos os Gennins ali pudessem escutar, rapidamente tirou um de seus pergaminhos da bolsa de Kunais e o estendeu no chão, levou o polegar ao dedo e iniciou uma curta sequência de selos terminando por fim para espalmar o chão liberando uma fumaça baixa para em seguida surgir um pequeno animal, um pássaro comum, realmente comum, o pássaro apesar disso tinha um selo imperceptível para aqueles que não o olhassem de perto e seus olhos pareciam estar hipnotizados em um transe profundo — Tori, preciso que sobrevoe a Vila até a Galaria para a procura de possíveis inimigos. — Se levantara ainda com os pergaminhos em mãos enquanto o fechava de leve, sabia que não teria problemas para andar com ele usando as duas mãos, seguiu pela rota que o pássaro demonstrava através de seu olhar, sempre que possível visualizava o pergaminho para verificar se havia inimigos.

— Você até que tem uma habilidade interessante, Tenshi-san! — disse, sorrindo para Tenshi. Depois, olhou com desdém para Hiro, logo voltando-se para frente e voltando a falar. — Se você falar mais alguma besteira, Hiro, cortarei a sua mão, já que não pude fazer isso com o outro. E, para sua informação, eu não fiquei para lutar ali por um motivo qualquer, como você, e somente saí correndo quando entendi o que se passava, concluindo então minhas suspeitas. Feito isso, não havia motivo para ficar lá e arriscar minha vida. — depois de uma breve pausa, para ter certeza que ambos, Hiro e Tenshi, estavam lhe ouvindo, continuou — aquele barbudo com qual lutei tinha uma marca no braço, na região do bíceps, a marca dos prisioneiros. Levando em conta sua capacidade de luta e seu próprio estado físico deplorável, era fato que nem ele, nem s demais, conseguiriam fugir sozinhos. Depois, lembrei-me de outra coisa: A Vila do Abismo estava sofrendo problemas de superlotação nas prisões, e com a chegada do projeto E.M.I. não dispunha da mão de obra pra construir novas cadeias. Então, conclui que essa era a forma perfeita de tanto testar os participantes quanto de se livrar do problema em questão, a superlotação de presos, que foram soltos propositalmente. O teste do projeto provavelmente já começou, e esta invasão é uma farsa!

— Obrigado... — O Rapaz se calara enquanto abria o pergaminho e averiguava o caminho a qual deveria seguir, claro que não deixara de escutar a dedução do outro balançando a cabeça positivamente as vezes como se concordasse de forma silenciosa com o Tetsuya — Entendo, na verdade foi estranho...você se defendeu facilmente dos inimigos...tínhamos um Jounin em bom estado nos tirando dali...ele poderia facilmente derrotar todos com algum tipo de técnica, pelo menos em teoria, acho que você está certo. — Se calara enquanto novamente abria o pergaminho parando por poucos segundos para lhe dar instruções que surgiam diretamente do olhar do pássaro, e novamente voltou a seguir pelas ruas.

Com seu pergaminho, Tenshi invocou sua criatura sem maiores dificuldades enquanto Tetsuya explicava suas teorias referentes a situação - nesta altura, o grupo estava no coração do distrito comercial. A rua, de extensa largura, era formada por pedras retangulares que se encaixavam afim de facilitar a passagem de carroças e demais transportes de carga. Em suas calçadas, postes de média altura reluziam com forte iluminação, que unidas aos letreiros das lojas e variados estabelecimentos criavam uma iluminação perfeita que pouco deixava a desejar. Naquele dia em questão, todavia, não havia uma única alma a perambular - tudo estava desértico e silencioso, por exceção dos gritos subsequentes que se davam na torre. O pássaro voou alto e seguiu seu caminho, logo a frente do grupo, sem avistar qualquer perigo eminente. Dez minutos de caminhada foram o bastante para que chegassem a uma das aberturas que coligava os famosos túneis subterrâneos do País das Tempestades. Sua entrada consistia numa gigantesca abertura redonda em meio ao chão, cuja boca era adornada por fortificações de metal e contava, também, com portas de correr que, em casos de emergencia lacravam a cidade. O Jounin que os esperava fez mensão para que adentrassem o túnel, e quando assim o fizeram, as comportas escorregaram num ranger estridente até que colidissem e selassem completamente seu interior. Quando se deram conta, porém, estavam a sós - O Jounin havia permanecido na cidade, ficando para trás.

A despeito da parca iluminação das galerias, os recém chegados puderam vislumbrar em detalhes quão bem estruturado era o túnel subterrâneo da Capital. Suas paredes, em formato cilindrico, consistiam de uma sequência interminável de placas de metal que se intercalavam para revestir a extensão das bordas, enquanto o chão contava com uma plataforma de grades que mais se assemelhavam a uma esteira, sob a qual havia espaço o suficiente para o escorrer da água da chuva - um ambiente similar a um boeiro em muitos aspectos, por exceção de sua limpeza. Após seus primeiros passos para dentro da escuridão, os três Genins notaram a peculiar ausência de qualquer ruido, untada por uma sensação mórbida de perigo advinda de sequer saberem onde aquela entrada virá a levá-los.

Analisando rapidamente o local, Tetsuya constata o óbvio. — Bem, só nos resta seguir adiante, então. Mas devo admitir que este lugar me causa algum medo... — O genin então põe a mão esquerda por dentro da blusa, repousando-a no próprio kimono, e assim começando a andar. Depois de somente três passos, ele se vira para trás — Tenshi, dá pra mandar o animalzinho na frente? Por precaução... — Terminou com um sorriso. E virando todo o corpo para os dois genins que o acompanhava, completou. — Acho que podemos usar esta pequena caminhada para nos conhecermos. Tenho a impressão de que ficaremos um bom tempo lado a lado. Vamos andando! — Voltou-se novamente para frente e continuou a andar, vagarosamente para logo o alcançassem.

"Como se eu ligasse para o fato de essa invasão ser uma farsa.." - Pensou, como resposta ao que fora dito anteriormente por seu colega. Apesar da ameça, misturada a um tanto de informações em excesso sob o único intuito de criar para si uma situação constrangedora, Hiro não considerou relevante o suficiente o feito para que agisse com uma resposta imediata. Sendo assim, permaneceu na caminhada como havia sido proposto ao grupo, sem levantar qualquer comentário. Em meio ao esgoto, somente observou o que ocorria ali, o que não demonstrava ser, em sua maioria, motivo de total preocupação, por enquanto. Assistindo a atitude repentina de Tetsuya, logo se apressa a alcança-lo, retomando ao seu comum silêncio.


Última edição por Shinen'gakure no Sato em Dom 28 Ago 2011, 22:30, editado 3 vez(es)
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Mensagem  Shinen'gakure no Sato Sáb 27 Ago 2011, 16:28

Muhura Tenshi diz:
— Para um local a onde as pessoas deviam se proteger...a situação é bem estranha. — Falou calmo enquanto o pergaminho que ainda carregava em mãos era colocado sobre o chão e em seguida juntou as mãos a frente do corpo — Kai(Liberar) — Diferente da utilização comum o Kai , o pergaminho foi fechado por um único instante, logo após as letras desaparecerem, o Gennin colocou o pergaminho cuidadosamente em sua bolsa e tateando o invisível puxou outro, estendeu sobre o chão, levou o polegar a boca mordendo-o fazendo um filete de sangue escorrer pela mão, seguiu ins estapeando-o o pergaminho e liberando uma pequena fumaça a onde um rato, típico de esgotos e que se enfiaria em qualquer lugar apareceu, aparentemente não havia diferença para com os ratos de esgotos. - -Nezumi, quero que siga pelo caminho a nossa frente, use das sombras, e procure por qualquer movimentação humana ou algo anormal. - Fez o in com as mãos novamente e o rato adentrou em um tipo de transe, os olhos vermelhos se tornaram mais opacos como se estivesse confuso e em seguida seguiu a frente dos três Genins, enquanto isso se levantou segurando o pergaminho em mãos e abrindo um sorriso para o garoto que pedira para mandar o pássaro a frente. - --Achei que um pássaro seria muito estranho, bem, vamos indo, e como você disse é uma boa oportunidade. - O rapaz olhou para o pergaminho ainda em branco devido não ter visto nada de anormal e voltou-se para os Gennins enquanto caminhava ao lado de ambos. - --Sou Kasimato Tenshi, mas bem, isso vocês sabem, não tenho o que falar. - Mexeu a cabeça em um sinal positivo e voltou a abrir o pergaminho em mãos olhando se algo havia se alterado.
Narrador diz:
Aparentemente indispostos a qualquer diálogo mais elaborado, Hiro e Tenshi seguiram adiante, junto de Tetsuya, enquanto o pequeno rato adentrou a escuridão afim de servir como batedor - seus grunhidos, potencializados pelo silêncio, se fizeram presentes na forma de eco por cerca de trinta segundos antes que o animalzinho estivesse muito distante para ser ouvido. Após cinco minutos de caminhada, o grupo finalmente bateu face ao primeiro sinal de outros participantes no subterrâneo - mesmo que, todavia, estivessem mortos. No total de três, um dos corpos encontrava-se sentado contra a parede, em posição fetal, enquanto suas mãos agarravam ferrenhamente a lâmina da espada que lhe havia empalado o estômago. O segundo, de uma menina esbelta, foi deixado de pernas abertas em meio ao caminho; suas roupas rasgadas, exibindo as partes privadas do corpo, juntamente as arroxeadas marcas de mão no contorno do pescoço, davam a constatar que a vítima havia sido estuprada e, durante o ato, estrangulada até a morte. Do terceiro corpo, estranhamente, restaram apenas os braços, que estavam em par largados cerca de dois metros a frente dos demais falecidos - sangue ainda escorria pela abertura da extremidade de cada membro, gotejando pelas aberturas do chão, significando que não haviam sido amputados a muito mais que dez ou vinte minutos.
Mibu Tetsuya diz:
— Acho que é melhor conversar com a parede do que com vocês dois... — dizia Tetsuya, segundos antes de parar, atônito, ao deparar-se com a cena de morte e crueldade. Ver aquela menina frágil completamente violentada lhe causou um ódio que provavelmente nunca havia sentido na vida até então. Serrando o punho direito, e ainda meu incrédulo, aproximou-se mais um pouco dos três corpos... ou quase três... que ali estavam, a fim de confirmar mais uma vez a realidade. —Filhos de uma... Como puderam?! — cessando a falar, Tetsuya buscava segurar a raiva. Impulsividade não seria nada bom naquela situação. Um pouco mais recomposto, prossegue — Isso sinaliza que este esconderijo não faz mais jus à sua denominação. Devemos ficar mais atentos daqui em diante. — E assim dizendo, o Mibu saca sua katana curta disposta à sua mão direita, somente esperando alguma ação dos companheiros antes de prosseguir a caminhada.
Reiketsu Hiro diz:
-- Que cena aterrorizante. - Deixou escapar, em oposição a sua vontade. A situação, como de esperado do projeto em questão, mostrava-se ser cada vez mais perigosa conforme avançavam. Como se não bastasse a farsa da invasão e a morte impiedosa a que haviam se submetido alguns de seus colegas no local de início do projeto, agora isso. A mente de Hiro funcionava assim, tentando prever sempre o que poderia acontecer dali pra frente, mas como em todas as outras vezes do dia atual, havia sido pego de surpresa. Procurando ignorar o momento, prossegue os passos atento. Algo lhe dizia que o real perigo se aproxima.

-- Melhor deixar a conversa de lado por enquanto, eu acho. - Comentou, com um visível receio com o que poderia ocorrer logo mais.
Muhura Tenshi diz:
--É....aparentemente a invasão sendo falsa ou não...o sangue me parece bem real... – O garoto falou em um tom normal, aparentemente já sabia de tais fatos devido a passagem do rato ali, por isso não se assustou, mas a visão do pequeno animal não conseguia captar a total complexidade da situação, o sangue banhando o chão como se fosse apenas a água de uma gruta que escorria, passou por cima dos corpos tomando cuidado para não pisar sobre os corpos falecidos. – Isso é desconfortável... – O rapaz desceu ao chão apoiando o joelho no chão, o da perna direita, e o da esquerda ficava flexionado, colocou o dedo anelar e indicador a uma das poças de sangue e levando e entendendo a língua e sentindo o gosto amargo do sangue, o gosto amargo da morte descer pela garganta, se ergueu em seguida abrindo o pergaminho e olhando para o mesmo em busca de alguma informação, se ergueu ainda fintando o pergaminho e depois o fechando entre as mãos, esperou os de mais seguirem para tomar o caminho ao lado de ambos.

Narrador diz:
Atônitos, enojados ou furiosos, o grupo deu procedimento no adentrar dos túneis subterrâneos de Honpei; a escuridão mórbida trazia consigo o presságio de que mais corpos como aqueles logo seriam encontrados e, cedo ou tarde, fariam face ante uma situação na qual talvez pudessem também se tornar vítimas da terrível Prova do Abismo. O passar dos três ecoava desritmado através do cilindro gigante, emitindo ruídos de botas contra o metal da estranha esteira que compunha o chão. De sentidos mais afiados, Hiro pôde sentir uma estranha brisa cortar ao redor de seu tornozelo, um tanto rente ao chão - foi quando, então, notou que sob as grades fluia agora um pequeno rio, lento, quieto e limpo de mais para que seja algo vindo das tubulações.
Reiketsu Hiro diz:
Caminhando a passos leves, o jovem Hiro nota algo. Como de costume, suas capacidades perceptivas em nada deixaram a desejar. Observando abaixo dos pés, através da grade, observa atenciosamente aquele pequeno rio, de características um tanto incomus para com a situação em questão. Apesar da estranheza, o garoto prefere permanecer andando junto aos outros dois, não levando tanto em consideração o que havia percebido até então. Sua atenção, contudo, somente se intensificava com o decorrer daquela tão longa caminhada.
Mibu Tetsuya diz:
. - Tendo em punho sua katana, por mera precaução, Tetsuya continua andando, tentando ficar a tento a qualquer sinal, por mínimo que seja, a fim de que não seja surpreendido pelos indivíduos que massacraram aquelas pessoas. Enquanto prossegue, nota que Hiro deteve o olhar por alguns segundos ao chão. Curioso, Tetsuya fez o mesmo, mas sua visão aparentemente não era tão boa quanto à de seu então companheiro. - — Ow, Hiro-san, algo de errado? Por que ficou olhando para as grades? - — indagou, buscando sanar sua curiosidade.
Muhura Tenshi diz:
--Hum.. - Murmurou em um tom baixo, não estava realmente atento aos dois, na verdade, apenas se atentava ao pergaminho, de cabeça baixa continuou a segui-los de perto, mas desatento aos mesmos, olhara o pergaminho com frequência e não vendo nada de diferente o fechou, voltando a atenção para a pergunta de Tetsuya, ele carregava a katana em punhos como um samurai apto para um ataque, riu baixo devido a ambos. - --Vocês são curiosos. - Falou em um tom audível para todos, e então voltou a se atentar ao pergaminho, novamente o abrindo e o analisando. - "Minha invocação é fraca, esse jutsu apesar de útil se torna ineficaz em uma situação a onde nós devemos invadir e nossa presença já foi notada, de qualquer forma, é o que posso fazer."
Reiketsu Hiro diz:
— Algo de errado? Imagina.. - Respondeu, em tom de ignorância para com o seu "colega". Se havia algo ali com que não se importava, era de fato até onde Tetsuya estava a par da situação. Não que se tratasse de arrogância ou teimosia, ao Hiro apenas não lhe satisfazia auxiliar Mibu de forma alguma. Terminada a resposta, manteve a sua caminhada, procurando avistar algo mais.
Narrador diz:
A água que escorria por de baixo da esteira permaneceu estável por cerca de vinte metros até que, finalmente, fluiu ladeira a cima numa pequena depressão - foi quando, então, Hiro teve a confirmação da natureza mais que duvidosa do corpo aquoso. Como poderia um líquido impulsionar-se contra a gravidade, afinal? Em meio a isso, o pergaminho de Tenshi finalmente veio a mostrar alguma informação. O papiru que o compunha avermelhou-se em escala gradual, do topo a ponta inferior, como se sangue fosse derramado sobre o material; ao verificar as últimas recordações de Nezumi, vislumbrou o pequeno camundongo percorrendo ágil dentre os cantos obscuros quando, de maneira abrupta, uma figura disforme aproximou-se rápida pela parte superior. De acordo com o pouco que pôde captar, tratavam-se de duas fileiras de dentes que, num movimento feroz, abocanharam o ratinho de maneira brutal, o engolindo em seguida. Tenshi pôde ainda ver o interior da boca daquele ser, vez esta que Nezumi não pereceu de imediato, e parecia larga o bastante para abrigar a cabeça de um ser humano!
Muhura Tenshi diz:
O rapaz seguiu junto de ambos em silêncio, não era muito de falar com desconhecidos, era isso que eram, apesar das apresentações, novamente fechou o pergaminho o abrindo em seguida, dessa vez, algo surgia, ainda meio embaçado devido a lentidão da visão, o rato se espreitava pelos canos e dutos com facilidade, era um rato, e então o papel se manchou de vermelho, partindo do ponto a onde o rato foi ferido, o sangue começou a se espalhar pelo pergaminho, mas as palavras continuavam, o rapaz estancou na passada e rapidamente fechou o pergaminho, era o fim, apertou o mesmo contra a mão com força, retorcendo o papel, apesar de ser uma invocação subjugada por um selo que permite a ela ( a invocação) seguir ordens que normalmente não poderia seguir o invocador e a invocação tinha sim uma relação de companheirismo, para os Muhura as relações entre suas invocações fora do campo de batalha era como de um tratador para seu animal preferido, e Tenshi não fugia dessa regra, colocou o pergaminho de volta no local a qual estava anteriormente, com cuidado, e se aproximou de Mibu e Hiro, falando em tom baixo. — Minha invocação detectou algo, aparentemente não é humano, mas acredito que seja rápido e bem feroz, tenhamos cuidado daqui em diante. — O tom baixo na voz do Muhura era totalmente claro e também amargurado, algo ocorrera para o Muhura, e já que Mibu e Hiro estavam mais a frente tal coisa passará despercebida por eles, agora mais perto, quase ao lado de ambos, continuou a caminha. — Espero que tenhamos sorte.
Reiketsu Hiro diz:
— Ooh droga! - Comentou Hiro, logo após perceber a água ignorar a gravidade, se elevando cada vez mais. Apesar do espanto, o jovem procurou manter a calma para entender de fato o que ocorria ali. Quando notificado pelo colega a respeito da existência de uma possível criatura, ignora e decide passar a sua informação a respeito do fenômeno da água. — Vem cá.. o que vocês diriam se eu falasse que o pequeno rio lá embaixo tá, digamos assim, se elevando e se impulsionando contra a gravidade?
Mibu Tetsuya diz:
— Criatura não-humana?! Rio ignorando a gravidade?! Parece que as coisas são piores e mais esquisitas do que eu imaginava. Mas diga, Tenshi, o seu finado ratinho estava andando por lá embaixo, né? Não tem chances dessa “coisa” vim até nós, né? Por que se for este o caso, eu não sou doido de ir lá embaixo... - — concluiu Tetsuya
Narrador diz:
A partir das informações concebidas pelo pergaminho seria impossivel cogitar em que posição exata o rato se encontrava quando foi inteiramente devorado; fosse como fosse, os problemas se amontoavam e, independentemente, o grupo deu seguimento ao avanço túnel a dentro. Cerca de seis minutos de caminhada culminaram, finalmente, numa bifurcação. O túnel cilindrico no qual se encontravam, que possuia cerca de sete metros de raio, dividia-se para dois sentidos oportos. A água fluia para a direita, estando a esquerda então livre de sua ameaça; na esquerda, todavia, havia a suposta criatura que engoliu inteiro o ratinho, estando a direita livre de seus dentes. Que caminho tomar? Neste ponto, em específico, uma única lâmpada permanecia acesa sob o trio, bem ao centro da bifurcação. A luminosidade era suficiente para que, finalmente, Tenshi e Tetsuya pudessem vislumbrar a límpida, larga e lenta massa d'água que se arrastava bem de baixo de seus pés, a cerca de dois metros de distância.
Muhura Tenshi diz:
— Como vocês parecem tão opostos acredito que eu deva tomar o primeiro voto, correto? — O rapaz parou por alguns segundos, em frente a Mibu e Hiro, a mão direita foi levada ao queixo como se cogitasse as possibilidades, por fim, se virou para o caminho da direita, aparentemente o mais seguro, deu alguns passos em direção ao caminho. — Apenas para me justificar, a água está subindo certo? Mesmo que ela suba em uma velocidade considerável todos somos Shinobis e fomos treinados para situações a onde nossas capacidades são testas, além disso podemos caminhar sobre o teto evitando a proximidade para com a água durante alguns minutos, além disso, seja o que tenha engolido minha invocação poderia engolir nossas cabeças facilmente, independente da escolha de vocês, eu seguirei por aqui. — Não eram um time, de fato, só estavam juntos pela sorte ou azar, o garoto acabara de deixar claro que a atual união era apenas uma conveniência da situação, nunca foi de se comunicar com as outras pessoas, ou melhor, com pessoas que não eram seus familiares, esperou para que Mibu e Hiro tomassem suas devidas decisões para poder continuar. — Bem, eu vou pela direita.
Mibu Tetsuya diz:
— É, ali o rio. Por um momento pensei que você tinha ingerido alguma bebida alcóolica quando eu me distrai, mas... Creio que devemos seguir o Tenshi e escolher o caminho aparentemente mais seguro, indo pela direita. Vamos então? Ou você será imbecil o bastante para ir sozinho atrás da criatura comedora de cabeças? - — disse então a Hiro, com uma expressão que mesclava desdém e mau humor.
Reiketsu Hiro diz:
— Esquerda. — Disse, sem hesitar. De acordo com a sua lógica, tal como um teste do Abismo, o caminho da direita, o aparentemente mais fácil, poderia se tornar mais problemático depois; visto que a maioria optaria por esse mesmo lado. Hiro, sem motivos pra temer um combate direto, seguiu pelo caminho dito por si, sem ao menos esperar os demais. Porém, antes que se afastasse por completo, deixou escapar um comentário, afim de, por um único instante, convencer Tetsuya e Tenshi a o seguirem, embora realmente não se importar: — Seja lá o que for essa criatura, tenho certeza que juntos podemos derrota-la. Já essa água, não faço nem idéia de que tipo de ameaça enfrentaremos.. enfim.. fui.
Muhura Tenshi diz:
—Tudo bem...cada um tem suas escolhas, independente de qual você faça...muitas pessoas já morreram hoje... então...tentaremos minimizar tais mortes certo? — O rapaz esticou o pergaminho contra o chão, um pergaminho parecido com o que usara para o rato e para o pássaro mas com um Kanji diferente, o do centro, a onde o Gennin levava a mão a boca e mordia o dedo, estapeando o chão e iniciando uma pequena fumaça. — Veja...Hebi-san, vá junto de Hiro, caso ele corra riscos ou algo relevante aconteça, avisa-me. — Esticou a mão em direção da cobra, a mesma em transe deslizou por ela, depois levou ela em direção de Hiro, colocando sobre o braço dele. — Não se preocupe, caso ela exploda significa que algo nos aconteceu, caso contrário sei que algo aconteceu a você, parece ilógico, mas caso você seja morto e devorado aquela coisa provavelmente vai vir atrás de nós, então, estaremos preparados, e caso algo nos ocorra você também pode se preparar. Boa sorte, Hiro-san. — Esperou o mesmo pegar a pequena cobra, a mesma iria subir pelo seu ombro até se estabilizar no pescoço/ ombro do rapaz, após tais atos esperou Mibu para continuar.
Mibu Tetsuya diz:
Tetsuya bate a palma da mão esquerda na testa, descendo-a pelo rosto, descontente, enquanto exclama: - — Puta que pariu... Vocês são malucos?! Seja qual for a escolha, temos que permanecer juntos! Mesmo que não nos conhecemos e não tenhamos afinidade alguma, as chances de sobrevivermos, a qualquer que seja o perigo, será bem maior se estivermos juntos. Por que não fazemos uma escolha democrática? - — Tetsuya leva, então, a mão a um de seus bolsos, retirando uma moeda - — Cara, vamos pra esquerda, corou, pra direita. Topam?
Mibu Tetsuya diz:
— É, vai lá e morra sozinho então - — disse alto Tetsuya, para que Hiro pudesse talvez ouvi-lo, enquanto seguia para direita, acompanhando Tenshi.
Mibu Tetsuya diz:
“É um demente mesmo. Quem ele pensa que é? O Tama?! Não vou ficar cuidando de bebê não. Além do mais, Tenshi ainda é rastreador. É capaz do maluco ficar perdido lá. Com certeza esta foi a melhor opção.”
Narrador diz:
A separação havia, apesar de tudo, sido a decisão definitiva do grupo. Por medida de precaução Tenshi invocou um de seus animais, o prostrando sobre o braço esquerdo de Hiro; a pele gelada do réptil deslizou ao redor dos músculos do rapaz, adornando o perímetro de seu membro superior afim de agarrar-se com força para não se soltar facilmente durante o combate. Os dois rapazes puderam observar enquanto a figura confiante de Hiro era absorvida pela escuridão, mesclando-se gradualmente até tornar-se indetectável. Seus passos, agora ecoando a sós na imensidão do túnel, tornaram-se plano de fundo para uma intensa respiração que pôde detectar após cerca de dez minutos de caminhada; uma espécie de arfar, similar a de uma besta cansada, advinha de algum lugar logo adiante. Sobre ela, uma das lâmpadas piscava de maneira desritmada, revelando em seu brilho a presença de um ser com pêlos em cada centímetro de suas largas, musculosas e gigantescas costas. A besta encontrava-se curvada e, finalmente, voltou-se para o Genin após se dar conta da presença de uma presa; tratava-se de um gorila, com cerca de três metros de altura, cuja face era recheada de cicatrizes e feridas provenientes de prováveis combates. Em sua testa, estranhamente, jazia um par de chifres curtos, similares ao de uma cabra, enquanto caninos largos e afiados protuberavam para fora dos lábios negros e retorcidos. O animal deu um passo a frente, carregando consigo um pedaço de tronco humano cujas roupas ensanguentadas coincidiam com a do par de braços que haviam encontrado poucos instantes atrás; a cabeça e as pernas, todavia, não estavam lá!
Narrador diz:
[Trilha=https://www.youtube.com/watch?v=fe1MBHrDoWo&feature=related]
Reiketsu Hiro diz:
— Parece que a situação vai se complicar. — Comentou, Hiro, ao avistar finalmente o estranho gorila com quem iria lutar. Antes que o verdadeiro combate se iniciasse, procurou garantir para si mesmo algumas vantagens, possivelmente necessárias para a sua vitória. Como forma de prevenção, o jovem pretendia não só poder fazer uso de suas habilidades, mas burlar a desvantagem que a baixa luminosidade do local lhe causaria em caso de combate direto. — Sensor de Vida, ativar..
Narrador diz:
A ativação do sensor de vida deu-se poucos segundos antes de um rosnar gutural emanado a partir da garganta da fera; o monstro abriu os braços, deixando de lado o tronco que carregava, e batendo no próprio peito saltou de maneira destra em direção ao teto do túnel! Suas garras, medindo cerca de dez centímetros para cada dedo, cravaram no metal e serviram de suporte enquanto, balançando-se, o bicho aproveitou do impulso para esticar a perna e dar contra Hiro algo similar a uma voadora, visando acertar-lhe em cheio o peito. O berro havia sido suficiente para fazer reverberar todos os parafusos da estrutura e, o peso do monstro, dependurado nas placas que compunham o teto, por pouco não entortou todas as vigas que seguravam aquela área. Dotado de uma visão "privilegiada", Hiro pôde burlar a escuridão e, assim, vislumbrar a velocidade desumana de seu possivel carrasco.
Reiketsu Hiro diz:
Hiro, analisando cada movimento da besta que enfrentava, contrai as pernas e obtém impulso para se distanciar do alcance do golpe desferido sobre si. Fazendo uso de suas altas capacidades perceptivas, o jovem buscou prever com exatidão o ataque para uma reação sem problemas.
Narrador diz:
A brutalidade da fera sobrepujou toda e qualquer tentativa de leitura de movimentos; o golpe provou-se mais amargo que deveria quando, preciso e poderoso, o chute acertou em cheio o peito do Genin. Seu corpo pequeno foi lançado cerca de três metros para trás, com uma das costelas quebradas, e vez esta que se chocou contra a grade que formava o chão, num baque seco e desordenado, sequer quicou; a grade afundou com o impacto e, em seguida, arrebentou de vez, lançando Hiro para cerca de dois metros a baixo, onde anteriormente corria a misteriosa água. O monstro o seguiu até lá de imediato, desprendendo-se do teto e caindo de forma a deixar que o próprio peso absurdo arrebentasse com as grades e o lançasse para o mesmo terreno em que estava sua presa.
Reiketsu Hiro diz:
— Desgraça.. — Lamentou-se, enquanto se recompunha e retomava a batalha. A sua mão esquerda logo fora em direção ao peito, tentando inutilmente amenizar a dor. Ciente de que nada adiantava tal ato, a restante mão buscou a katana em suas costas, preparando-se para o ataque. Assumiu uma postura mais atenciosa e discreta, e logo partiu na direção da criatura feroz lançando-se de forma veloz, desferindo um corte rápido, porém preciso, durante o trajeto. — Kirikakaru (Início do Corte).
Mibu Tetsuya diz:
kkkkkkkkkkkkkkkkk
Narrador diz:
Ativando suas técnicas especiais e postura avançada de combate, Hiro preparou-se para um bote preciso e ligeiro quando desembainhou a lâmina de encontro ao monstro; seus pés, uma vez impulsionados contra o metal do solo, deslocaram o ar e criaram uma poderosa pressão que o lançou com tudo adiante. Sua lâmina passou rente ao pescoço do gorila, que acompanhou o movimento de maneira ligeira o suficiente para que pudesse escapar ser degolado; no fim, apenas a extremidade da lâmina acertou superficialmente sua pele. Como resposta imediata, o monstro rodou o tronco e desordenadamente rugiu enquanto lançou um soco com o peito da mão contra o braço esquerdo de Hiro; seu punho era grande o bastante para englobar toda a região do tronco do rapaz! Após mal ter pousado no chão, cabia a Hiro reagir.
Reiketsu Hiro diz:
Não tão satisfeito com a profundidade a que havia se limitado o seu corte, Hiro se lamenta novamente, porém dessa vez fora pego de surpresa com a resposta rápida do gorila. Seu pé, mal apoiado no chão, girou e novamente ganhou impulso para um pequeno salto para o lado, buscando novamente prever o ataque da besta. Suas capacidades, dessa vez porém, se encontravam ampliadas, como consequência da poderosa kekkei em sua posse.
Narrador diz:
Para a surpesa do gorila, Hiro havia se tornado estranhamente mais hábil no pouco tempo de batalha que havia se passado. Seu corpo se deslocou favorávelmente, evadindo o punho do monstro que, longe do alvo, acertou a grade logo a cima e arrancou mais um pedaço da passarela. O bicho rosnou, em ira, esticando os braços para um segundo golpe com a mão oposta que, desta vez, visava esmagar o garoto como se lhe batesse com um martelo.
Reiketsu Hiro diz:
A reação se repetiu, buscando evitar, a partir de uma hábil leitura de movimentos, o golpe do gorila. Seu corpo novamente lançou-se para o lado oposto ao ataque, fugindo do alcance.
Narrador diz:
Uma vez mais o Genin se provou superior em agilidade. O gorila bateu de encontro ao chão, retorcendo o metal que ali havia, e Hiro se viu livre de um esmagamento nada confortável; repentinamente, então, sua detecção de vida captou atividades estranhas cerca de quarenta metros para mais adiante. Tratavam-se de três seres de porte mediano, com formato de cachorros, que vinham em alta velocidade nesta direção. Enquanto isso, na outra extremidade das galerias subterrâneas, Tetsuya e Tenshi seguiam a trilha traçada pelo rio; a caminhada rendeu frutos quando, então, avistaram a subida para uma das gigantescas comportas que davam para a superfície. O pequeno córrego parecia subir pelas paredes, atravessando através das frestas do metal para o exterior. O que lhes aguardará do outro lado?
Shinen'gakure no Sato
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Narrador
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