Episódio 04 | Volta para casa

[Fesant]

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############# Abertura 1ª Temporada #############

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A noite e os vigias da Vila Oculta da Folha recebem o quarteto shinobi recém chegado de um súbito e intenso combate. Ao reconhecerem a face (ou “semi-face”) de Ichiro, prontamente abrem passagem. O grupo dá os primeiros passos dentro do grande campo de concentração de tendas que hoje é Konoha. Vários metros adiante, a visão de uma grande cratera e restos de destroços ainda não removidos assustam Shizuma. Ainda pasmo pela cena que lhe comovia os olhos, o rapaz esforçou-se para ouvir as palavras de Ichiro que cortavam seu raciocínio.

— Infelizmente, é este o estado atual de Konoha. Não posso lhe contar os detalhes do que houve, não há tempo para isso. Preciso avisar o Nidaime do perigo sobre Seshu e fazer meu relatório... Tome um tempo para se orientar, Shizuma, e depois vá até o Hokage para relatar o que ocorreu com você. Quanto a vocês, Hiro, Kawatta, estão dispensados. Podem ir descansar. Mas se puderem contextualizar Shizuma, seria bom. Preciso ir, até mais!

E assim dizendo, o Jounin simplesmente desapareceu, deixando os três jovens sozinhos em meio às tendas.

[Sarutobi Hakuro]

Destruição! Konoha havia sido devastada por algo que ia além da imaginação de um pobre garoto. Shizuma observou a cratera, atônito, e sua boca entreabriu involuntariamente perante tamanha demonstração de fúria. Questionava-se quantos haviam morrido naquele processo, e quantos sofriam pelo simples fato de sobreviverem. Dando alguns passos adiante, na frente do grupo, agaixou o olhar e suspirou em desalento.

— Gomen, pessoal ... Preciso ir na frente me encontrar com o Hokage. — Anunciou, desaparecendo em seguida enquanto rumava o centro de Konoha na esperança de procurar pelo único homem que poderia lhe dar uma informação ou outra a respeito do paradeiro de seus aliados e, também, de quão grave se encontrava a situação pertinente aos Juunikami. No processo, deixou através da Vila uma marcação ou duas, tanto na entrada quanto em seu centro, a fim e se certificar que num futuro teria acesso facil àquela área.

[Darthix]

— Certo, certo. — Proferiu Hiro após as diretas palavras de Ichiro. Sua vontade inicial fora de, realmente, contextualizar o mais recente colega como lhe havia sido dito. Entretanto, tal ato fora imediatamente interrompido pela atitude deste ao desaparecer no local, sem rastros. Não restando mais o que fazer ali, em virtude da pouca simpatia que o demais jounin ali presente havia demonstrado até então, mostrando-se não ser uma das melhores companhias, viu-se motivado a abandonar aquele local, como Shizuma havia feito. Seu destino, contudo, provavelmente seria outro: a sua casa. Nada lhe deixaria mais satisfeito no momento que uma boa soneca, algumas horas de descanso que recuperassem as suas forças.

— Ai ai, esse cara não tem jeito. Seja pelo teletransporte no combate ou em plena Konoha, tudo o que sabe fazer é sumir. Hahahahahahahaha. — Comentou, animado como sempre. Eis que Hiro finalmente abandonou o local, como pretendia até então, deixando somente uma leve despedida a Kawatta. — Também vou nessa, cara. A gente se vê.

[Muhura Umarekawatta]

Assim que foi teleportado sentiu a visão borrada, um fato da mudança repentina de ambiente, superou isso em poucos segundos, era um Jutsu incrível, respirou fundo e seguindo as ordens de Ichiro seguiu em saltos pelas árvores, rapidamente Konoha foi se aproximando, estava toda destruída e não podia-se definir os muros desmoronados e a destruição visível como uma “Vila”, apenas como um amontoado de barracas e de pessoas reconstruindo suas moradias, suas vidas, nada que afetasse Kawatta, afinal, ele nem era dali, nem era efetivado como Shinobi, logo que adentraram na vila Ichiro se retirou, um Shunshin básico, ao menos era isso que Kawatta acreditava, em seguida o desconhecido, e por ultimo Hiro, o mais sociável. — Sayonara. — Limitou-se a dizer siso, não havia mais do que dizer, Kawatta assim que Hiro se distanciou abaixou-se e estendeu um pergaminho, com uma sequência de ins rápidos foi feita por Kawatta e em seguida espalmando o pergaminho um pássaro surgiu — Kuchiyose no Jutsu – Īguru — Uma águia com assas arredondas surgiu dando um gasnado rouco e bem audível, Kawatta passou a mão pelas penugens dela carinhosamente. — Amiga, faz tempo... Tenho uma missão especial à você, você deve me passar a rotina de um homem. — Uma descrição exata do desconhecido(Shizuma) foi feita, em seguida Kawatta completou. — Ele seguiu ao Hokage, mantenha-se longe, vou lhe indicar a tenda do Kage, lembre-se, ele é rápido e pode desaparecer de sua vista, de qualquer forma, mantenha-se alimentando-se, devem ter ratos por toda Konoha destruída e caso você o perca por mais de um dia siga vigiando o Hokage, certo? Pode ir. — Após indicar a tenda do Kage e o mesmo voar Kawatta fechou o pergaminho colocando-o na bolsa em sua cintura, em seguida, virou-se na direção que levava a onde o atual clã Muhura se localizava.

[Fesant]

(...)

Alguns minutos depois, Shizuma já estava à tenda do Hokage. Esta era a maior de todas na vila, por motivos óbvios. Ao entrar, encontrou um espaço bem arrumado e iluminado. Algumas poucas estantes rústicas, feitas somente para suprir a necessidade, e um tapete vermelho ao chão, da entrada até a grande mesa que ficava ao fundo, à qual se encontrava Yusuke, nitidamente incrédulo pelo que sua visão lhe concedia.

— Shi... Shizuma?! Que felicidade em saber que realmente está vivo! Ichiro acabou de sair, informando superficialmente o que tinha ocorrido, e alerto que provavelmente você viria logo. Venha, aproxime-se, pode se sentar. Imagino que esteja cansado... Se puder, gostaria de ouvir logo o que você tem a dizer: sua missão, os demais do grupo que estavam com você, como você foi capturado... enfim, tudo. E, claro, estou disposto a lhe responder o que for necessário. Creio que esteja um pouco confuso de ter achado toda essa bagunça no lugar de nossa antiga vila...

Para Shizuma, a figura de Yusuke estava a mesma, nos modos e expressões. Só um pouco diferente no físico. Aparentava está ligeiramente mais magro do que a última vez na qual tinham se encontrado.

[Sarutobi Hakuro]

Toda a comoção do Hokage fez com que o rapaz abrisse um pequeno sorriso em meio àquela devastação exacerbada espalhada por todos os cantos de Konoha - uma tragédia havia recaido sobre o vilarejo, e não era de se esperar que todo o estresse e pressão encima da autoridade militar enfraquecesse o físico do homem por detrás do título. Coçando a cabeça, o Jounin não fez cerimonias e tratou de se sentar em frente a Yusuke, ainda um tanto quanto abatido pelos ferimentos sofridos contra o Deus dos Ventos. Seu braço trepidava de leve, numa reação nervosa inerente à sensação de dor, mas sua fisionomia e trejeitos não delatavam qualquer sinal de desconforto — Ooooh, Yusuke-san! Quanto tempo, quanto tempo! O senhor continua bonitão como sempre. — Elogiou, leviano, fazendo um sinal de "joinha" com o polegar direito enquanto exibia no rosto uma simpática sensação de alegria. Era de se esperar que toda uma aura de tristeza se instaurasse no vilarejo após a tragédia sofrida, mas Konoha era conhecida por seu espírito de luta inabalável, sua fé incontaminável no futuro da nação do Fogo e a invejável capacidade de resurgir após qualquer queda; com base nisso, o Shinobi recém-chegado se acalmou, questionando disparado — Jaa, antes de mais nada, preciso saber onde está Kuro! É importante que eu consiga contactá-la o quanto antes. Quanto aos acontecimentos, bom ... — Pausou o rapaz, suspirando e recostando enquanto dava seguimento a longa história que precedeu a cena atual. Relatou a forma como a missão na base dos Doze Deuses fora mal sucedida, a busca dos inimigos por Kekkei Genkais, o exterminio total de sua equipe e, por último, a forma como fora posto para adormecer por dois longos anos, despertando apenas após a intrusão do pequeno esquadrão de Konoha nos domicílios dos Juunikami. No decorrer da conversa, a expressão afável de Shizuma transmutava-se num olhar de seriedade, transmitindo as informações com uma frieza quase política — E foi isso.

[Fesant]

O Nidaime Hokage ouviu atentamente palavra por palavra. Em seus olhos, apesar de cansados e sérios, era nítida a felicidade de ter uma boa notícia ante tantos acontecimentos ruins nas últimas semanas. E quando o rápido, porém preciso, relatório foi concluído, Yusuke junto ambas as mãos frente à boca, franzindo levemente a testa enquanto ainda fitava Shizuma. — Humm... estão buscando shinobis com Kekkei Genkais... Nesse ponto, acho que não há nenhuma dúvida sobre as informações pesquisadas por Ichiro... Mas... você perguntou sobre a Kuro... Infelizmente eu não tenho boas notícias a lhe dar. Nesta época tivemos muitas baixas. Você, inclusive, está julgado como morto, e agora reaparece, estando preso pelos Juunikami todo esse tempo. Faz alguns meses que Kuro também iniciou uma missão... e não retornou... Tendo em vista as características peculiares dela, creio que também tenha acabado nas mãos daquela organização desprezível... Sinto muito...

E quando terminou a explicação, Yusuke baixou sua vista, revivendo a tristeza sentida por ter que dar uma notícia desse tipo.

[Sarutobi Hakuro]

Os olhos do rapaz fitaram o Hokage de maneira serena e tranquila mediante aquela notícia inesperada; para os mais perceptiveis, porém, uma pequena dica de sua tristeza poderia ser percebida no rebaixar milimétrico de seu ângulo de visão, encaixado num milésimo de segundo entre o comentário a respeito do relatório e seu desabafo quanto à suposta morte de Kuro, a mais preciosa figura na vida de Shizuma — Sente? Pelo quê, Yusuke-san? — Inquiriu Shizuma, debruçando-se sobre a mesa conforme lateralizava seu rosto em relação ao Hokage, fitando-o de lado com uma das sobrancelhas arqueadas e, nos lábios, um singelo sorriso astuto — Nee, os Juunikami já causaram sofrimentos o suficiente para todos aqueles que tiveram o infortúneo de cruzar seus caminhos e propósitos. O senhor sabe do meu passado ... e sabe quão longe a maldade do ser humano é capaz de alcançar. Kuro é minha companheira, e ela sofreu nas mãos do ser humano por tempo o bastante para aprender a sobreviver nesse mundo caótico. — Com um suspiro, o Jounin ergueu a mão na qual apoiava o rosto e deu uma leve marretada na mesa - um gesto que parecia reafirmar sua força de vontade e palavras - endireitando a postura e adotando um tom menos casual — Eu tenho uma promessa a cumprir com ela, e sei que ela não morreria antes de me permitir concretizá-la. Dê-me todas as informações necessárias a respeito do último paradeiro dela e dos membros já conhecidos dos Juunikami, Yusuke-san ... — Pediu, mas devido a seu entonamento e a forma como compôs as orações, mais pareceu uma exigencia — ... Pretendo correr atrás do tempo perdido, e os Juunikami são oficialmente os alvos de minhas próximas empreitadas. Não seria de espanto que o senhor já possua alguns Shinobis envolvidos em persegui-los, sondá-los ou caçá-los. Seria de grande ajuda se eu pudesse me unir a um desses grupos afim de obter maiores esclarecimentos, também.

[Fesant]

— Calma, calma... Sim, estou organizando equipes com o único intuito de literalmente caçar os Doze Deuses, além de estar tomando outras providências também. Mas veja. Todo o estado atual da nossa vila foi causado pela ação de somente um deles. Note o quão perigoso é o que você está pedindo. Além do mais, você mesmo já foi derrotado e aprisionado por subordinados dos Juunikami. — disse Yusuke, aparentemente decidido a negar o pedido de Shizuma — Entretanto... eu sei o quanto essa vontade de buscar e quem sabe rever sua companheira é forte. Tão forte que lhe permitirá fazer coisas que em situações comuns não seriam possíveis. Vou fazer o que pede. Mas, primeiro, você precisa repousar. E se não tem mais nada a tratar, está dispensado. — concluiu o Hokage, em tom sereno.

[Sarutobi Hakuro]

Shizuma abriu os lábios afim de retrucar o Hokage diante de sua fala inicial, mas quando percebeu que não seria impedido de perseguir seu objetivo, logo pôs a abrir um sorriso contente, se erguendo da cadeira enquanto vasculhava na mesa ou nas estantes algum papel em branco. Ao encontrar, focalizou o chakra de seu corpo na superficie do objeto e, lá, um círculo em letras diminutas e antigas se formou, cujo centro era adornado por seis outros menores e três vírgulas de pontas juntas. Ele entregou o papel e, em seguida, saldou curvando-se para frente — Agradeço a compreensão, Yusuke-san, tal como a preocupação. Mantenha essa folha por perto. Caso haja necessidade, poderei utilizá-la para me teleportar até o senhor. — Concluiu, dando de ombros para sair da tenda e seguir em busca de um local de descanso - tal como tratamento para seu braço ferido. Antes, todavia, parou por um instante, anunciando — Ah! Imagino que os suprimentos estejam em falta por aqui, mas meus pertences foram levados quando me capturaram. Se importaria se eu me service com alguma das armas da Vila, por hora? — Questionou, por último, e aguardou a resposta antes de se retirar, finalmente.

— Humm... Pode sim. Poder pegar alguns armamentos, mas não se acostume. Estou fazendo isso como um presente por ter voltado. Depois, você vai precisar comprar o que necessitar, até para poder manter o comércio local. — respondeu o Hokage, sorridente.

[Muhura Umarekawatta]

Enquanto isso...

Umarekawatta provavelmente fora o ultimo a chega em seu devido local de estádia, o terreno disponibilizado para os Muhura era demasiadamente pequeno se comparado ao que era cedido na Vila do Vulcão, entretanto, ainda assim, era bem melhor do que se enfurnar em uma guerra por poder e recheada de sangue desnecessário, os Muhura são pacifistas e isso nunca foi negado a nenhuma vila, por vezes o sentido de pacifismo foi ligado ao seu nome, bem, isso por aqueles que se lembram de tal nome, afinal, descrição era outra forte caracteristica do Clã. O Clã não tinha uma entrada própriamente dita, era apenas um amontoado de casas com espaçamento de 15 metros uma para a outra, a maioria era de semelhança visual, uma porta de entrada ao estilo oriental, uma porta branca com rolamento lateral que lhe fazia abrir, a diferença é que a porta por ser dividida em duas poderia também ser aberta para o lado oposto, uma sacada frontal que era presa por alicerces de madeira rústica pintados por verniz(O que lhe cediam um tom avermelhado), Muhura observou que entre algumas casas haviam pequenas diferenças, algumas, até drásticas como casas de cores diferentes, provavelmente os primeiros refugiados que chegaram foram lentamente dando seu “Q” de diferença, o Muhura continuou a caminhar entre os amaranhados de casas até chegar em uma ao fundo sem diferença alguma,sequer com sacada, parecia apenas uma casa comum, tornando-a diferente das outras por isso, adentrou na mesma e seguiu para um canto a onde gaiolas de metal estavam cobertas, as abriu e cuidou um à um dos animais que ali estavam, os alimentou com seus respectivos alimentos e mesmo que eles não tivessem uma inteligência humanizada para responder, conversou com todos, colocou sobre um saco de dormir, literalmente um saco de dormir suas coisas da missão, havia chegado a pouquíssimo tempo, sequer havia tido oportunidade de comprar algo, e sinceramente, já não vinha a crer que precisava, foram poucos minutos para o barulho de um grunhir soar pela casa e pousar suavemente sobre os ombros do Muhura, este que em automático foi até sua bolsa de materiais e pegou um dos pergaminhos, o abriu e viu as referências, Shizuma teria ido até o Hokage e em seguida até uma tenda a onde acontecia os atendimentos médicos, em seguida até uma de armamentos, provavelmente repor seus materiais ninjas, isso levou a concluir que o Hokage confiava no shinobi e por fim em uma tenda a onde os desabrigados descansavam enquanto suas casas estavam sendo repostas, fechou o pergaminho e fez ins de mão respectivos ao fim do selamento, em seguida o pássaro voou até um tipo de puleiro no teto da casa(Que nada mais era que um reforço do teto) e lá ficou.

O Muhura por fim sentou-se no chão gélido de sua casa e cruzou as pernas enquanto pegava um pincel e um tinteiro posto ao lado de sua cama e começava a desenhar sobre um pergaminho branco o Fuuin que vira Shizuma usar, analisando-o, afinal, analisar tais coisas era um dos seus pontos fortes como Shinobi, descobrir fraquezas e usá-las em combate, e assim como descobrir fraquezas nos aliados e ajudá-los a superá-las. Dali em diante, apenas o barulho da tinta gotejando sobre o pergaminho era ouvido.

(...)

Kawatta ficaria algumas horas estudando aquele selo, e também descansando, até que um shinobi desconhecido adentrou em sua tenda, nitidamente apressado. – Muhura Umarekawatta? O Nidaime-sama me pediu que ficasse de prontidão para sair em uma missão rápida em alguns minutos. Se for necessário, ele enviará alguém para lhe dar a ordem de partida. Dito o que tinha a dizer, me retiro.

[Muhura Umarekawatta]

O Muhura observou o Shinobi falando rapidamente, provavelmente com pressa de mais ou acostumado a tal recado, viu-o também se retirar com a mesma velocidade que chegou, ficou alguns segundos sentado antes de enrolar o pergaminho e colocá-lo junto aos outros dentro da bolsa de Kunais e Shurikens(A onde respectivamente estava o resto dos materiais Shinobis), fechou-a e encostou-se na parede ao canto, próximo a cama, massageou o pescoço enquanto o mexia para os lados estalando-o algumas vezes, por fim, apenas esperou a tal missão, não havia muito à fazer além disso.

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