Naruto: Shinobi no Sho - Sistema D8 de RPG
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Episódio 42 | Planos para o Retorno

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Episódio 42 | Planos para o Retorno Empty Episódio 42 | Planos para o Retorno

Mensagem  Fesant Ter 04 Abr 2017, 23:34


Abertura




Em poucos minutos, Akemi e Genji estavam no Hospital de Iwa, e tal como o Kage disse, não houve problemas para entrar, ou mesmo saber em que quarto Jouichirou estava logo que eles se identificaram como ninjas de Folha. Os dois subiram as escadas para 2º piso, até alcançar o quarto 203. Sem cerimônias, como já disseram na recepção que podia ser feito, bateram à porta suavemente, entrando logo em seguida.

Apesar do horário, um pouco mais de meio-dia, o quarto era bem arejado, com um bom sistema de ventilação. Deitado sobre a única cama do lugar, estava um senhor com todo o tronco enfaixado. Pele clara, barba e cabelos negros. Genji reconheceu de imediato a figura de Jouichirou, afinal, não havia qualquer um em Konoha que não conhecesse o líder da Anbu. Ao lado do mesmo, uma enfermeira, que terminava de lhe dar algum medicamento.

— Uma Akimichi? — deixou escapar Jouichirou, em meio a um quase inaudível gemido de dor. — A que devo a visita de vocês dois? Aliás, para começar... Quem são vocês dois?

... Genji dava um sorriso sádico — Alguém que pretendia lhe dar uma surra... Mas isso foi antes de conversar com uma certa pessoa... — ele caminha pela sala e continua — Sou Sanada Genji! Do Clã Sanada de Konoha! Sai de Konoha sob ordens de Keisei... Acabei desviado de meu caminho, chegando até O Andarilho... Acho que se lembra dele, certo? Zenzaki... E após uma longa conversa, estamos aqui para conversar com você... —  ele solta em cima de Jouichirou o papel que lhe foi entregue por Zenzaki...

Akemi olhava o anbu curiosa imaginando porque será que Genji iria querer bater nele, em resposta ao ninja dizia. — Sim, nosso clã é meio recluso, mas sempre que há risco de guerra somos nós quem seguramos as frentes de batalha, mas acredito que isso já é algo que você deva saber, né? — Provocava-o de forma humorada.

... Genji dava um sorriso — E que frente... Digo... EU não quis dizer que era isso... — quando dizia "isso" sem querer encostava na comissão de frente da garota, fazendo uma cara de susto, negando aquilo ter sido de propósito... Assim que pudesse voltaria ao normal...

Akemi fechava o rosto ficando bravinha com aquilo então dizia. — Genjii! — Dando um leve cascudo nele formando um galo na cabeça dele, um corvo que tinha na janela do hospital saia voando com o barulho da pancada gritando "AHÔ, AHÔ"...

... (X_X)... Genji passava a mão no "galo" e então ficava sério novamente, tentando recuperar a imagem que tentava criar no começo...

Foi pouco, bem pouco, mas a jovem e o rapaz, ainda que despretensiosamente, conseguiram arrancar um pequeno sorriso de canto de boca da expressão séria do ex-líder da Anbu, que esperou toda a pequena confusão se ajustar antes de responder. — Não o culpo por querer me "bater", Genji... não é esse o nome? As circunstâncias o levaram a pensar assim. E se até o Conselho desconfiou de minha lealdade, quanto mais um chuunin... — Nesse momento, a enfermeira deixa o lugar, ficando somente os três a conversarem. — Mas o curioso mesmo é... você se encontrou com Zenzaki? — perguntou, mesmo já sabendo a resposta — E pensar que você seguia Keisei... E agora está aqui... A conversa com Zenzaki deve ter sido mesmo proveitosa. Me diga então: como anda aquele bêbado?

... Genji dava um sorriso e dizia — Acho que Akemi pode até dizer mais, ela estava treinando com ele... Mas, o que posso dizer é que ele estava bebendo muito... O papo demorou a desenrolar, mas o que ele falou fez todo sentido... Omeshirama... Aquele desgraçado... Além do cheiro, que acho que pode senti-lo ainda de Sake barato, ele disse algumas palavras... Hum... Que um jovem audacioso o fez se lembrar da Vontade do Fogo! ... Acho que ele ainda estava bêbado ao proferir essas palavras... — dava um sorriso tipo sem entender, meio tímido e sem graça.... Mas era claro que as palavras se referiam a ele próprio... Assim como seu sobrenome, Sanada, que em Konoha, era o símbolo da União dos Clãs desde as grandes guerras...

A Akimichi dava uma risada não muito exagerada e puxando Sanada Genji pelo pescoço colocava o baixinho contra a parte alta do peito mantinha-o preso com o braço o enforcando de brincadeira e riscava a cabeça dele com a outra mão e dizia. — Deixa de ser convencido Genji-kun! — Soltava ele dando um sorriso e um toquinho no ombro.

— Você vinha treinando com Zenzaki? Ora... Surpresa atrás de surpresa... — falou, respirando fundo, enquanto olhava para a Akimichi — O que você já disse é o suficiente para eu entender, Genji. Fico feliz que você o tenha encontrado... seja lá em qual circunstância isso tenha ocorrido. E isso veio em boa hora. Em poucos dias estaremos formalizando uma aliança com Iwa. O plano é voltar para Konoha, e enfrentar de frente aqueles que tramaram contra a vida do Sandaime. E agora que Zenzaki resolveu lutar, além de um ganho de força, ganharemos um líder. Um novo líder, aquele que estávamos tanto precisando... Lutaremos, retornaremos a Konoha, e faremos de Sarutobi Zenzaki o Quarto Hokage! Espero que possamos contar com vocês dois daqui para a frente.

Akemi ficava surpresa com aquilo imaginando se seria mesmo possível de Zenzaki virar o próximo hokage, mas evitava comentar algo para não ser rude.

... Vermelho ele se recompunha, balançando a cabeça ao deixar os peitos de Akemi... Genji dava uma risada — Aquele velho bêbado como líder? AHAHA... Digo... Bem... Se você diz... — ele fecha o punho e diz — Bem... Eu posso dar a lealdade a Zenzaki-Sensei... Porém quero liderar uma unidade para adentrar na Vila antes e conseguir organizar um grupo para retirar as pessoas da Vila... Pelo que houve aqui... O que acontecerá lá não será menos... — ele encara Jouchirou e diz — E então Jouchirou-Sama? — ... O jovem estava crescendo e a tempos já estava em nível superior, mesmo apesar das brincadeiras...

— É louvável sua preocupação, Genji... Mas tudo tem seu tempo. Todos nós estamos preocupados com os civis, e mesmo com os ninjas que não desejem lutar. Cuidaremos de tudo, e se sua vontade é participar da empreitada para proteger os civis, guardarei isso na memória, posso garantir... — as últimas palavras foram emendadas com um longo bocejo. O cansaço estava estampado no rosto de Jouichirou. Um cansaço de vários e incontáveis dias. Ainda assim, era visível que o líder somente estava sendo vencido pelo sono em virtude dos remédios que acabara de receber. Seus olhos estavam pesados e mal conseguia se manter consciente mais. No fim, somente lhe restou forças para se despedir de Genji e Akemi. — Mais uma vez... obrigado por virem... apesar do muito que ainda... há por fazer... hoje acho que... dormirei tranquilo...


Última edição por Fësant em Qua 05 Abr 2017, 01:00, editado 4 vez(es)
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Episódio 42 | Planos para o Retorno Empty Re: Episódio 42 | Planos para o Retorno

Mensagem  Fesant Ter 04 Abr 2017, 23:37

(...)

Um dia havia se passado. A luta fora árdua, difícil. Muitos morreram. Muitos quase morreram... Mas haviam vencido. O ataque da Kyuubi "Falsa" foi contido com poucas casualidades entre os civis. O centro de Iwagakure no Sato estava destruído, mas nada que não pudesse ser reconstruído, do zero. Iwa havia sido destroçada na última Grande Guerra, e aquilo não era nada perto do que já haviam passado. Todavia, diferente de décadas atrás, hoje a Pedra e Folha eram aliadas... ou pelo menos parte da Folha. Embora ainda não tivesse ocorrido o anúncio oficial, já se comentava sobre o casamento de Tomoyo, filha do Tsuchikage, com Sarutobi Hakuro, Jinchuurikid de Konoha. O que era lógico, afinal, havia de se explicar o motivo de os ninjas do País do Fogo terem lutado ao lado dos shinobis da Pedra, e do porquê de eles estarem recebendo tratamento médico após tudo aquilo.

Hakuro e Hirei compartilharam o mesmo quarto no hospital de Iwa. O Sarutobi estava bastante ferido, e quase chegou a morrer. Apesar disto, teve uma recuperação quase milagrosa em apenas um dia, o que deixou os médicos locais espantados. Já o Yamanaka quase não tinha escoriações. Seu problema era outro: desde o final da luta, foi acometido de uma fraqueza e uma dor de cabeça absurda. Eram os efeitos colaterais de ter invadido a mente de um Jinchuuriki em descontrole. A adrenalina o havia mantido são e inteiro até então, mas o estresse do corpo havia ultrapassado o limite, e precisou descansar.

E então, com sol poente invadindo timidamente a janela, eles despertaram. Já estavam liberados para deixar o leito, e logo assim o fariam. Chiharu havia visitado os dois durante a manhã, e Hakuro já sabia que sua amiga se encontrava bem. O que o angustiava era saber sobre seu pai. Os médicos e enfermeiros já o haviam dito que Jouichirou estava bem, consciente, embora passasse a maior parte do tempo dormindo em virtude dos medicamentos. Mas o seu filho precisava ver com os próprios olhos, e foi a primeira coisa que fez quando deixou seu quarto, sendo seguido por Hirei. Em cinco minutos, já se encontravam ao lado da cama de Jouichirou. O ex-Líder da Anbu aparentemente dormia e não notou quando os dois chegaram, embora ambos o tivessem feito silenciosamente. Mesmo por baixo das vestes hospitalares, era possível notar que tinha todo o tronco do corpo enfaixado.

A situação havia saído de mão durante aquela luta, e Hakuro imensamente se arrependia de não ter sido mais forte para proteger aqueles com quem se importava. Sentado ao lado do pai, deixou escapar um suspiro de agústia - os olhos, estreitados pelas emoções negativas, encaravam o chão com certo pesar. Não demorou para que o rapaz erguesse a cabeça e se recompusesse. Naquele momento, deveria apenas dar graças ao fato de seu pai estar vivo: —  Hirei-chan... o que pretende fazer de agora em diante? A dura verdade é que tudo isso foi apenas o pré-aquecimento. A verdadeira guerra começa agora.  — Sua voz, séria, emitia dúvidas quanto a posição do aliado. Hakuro não conhecia o Shinobi, e a despeito de ter permanecido ao seu lado pela aventura toda em Iwa, sequer havia mostrado o rosto até agora. Era um problema a ser ratificado.

Ao ouvir as palavras de seu colega, pôs-se pensativo, não por não saber a resposta, mas por tentar entender o objetivo daquela pergunta. Quando finalmente conseguiu, tratou de iniciar a sua resposta. — Bem... Vou continuar ao vosso lado, como fiz até então. Eu sei que só fiz o ordenado por Gin vindo até aqui e ficando junto com vocês, mas existe uma parte minha que realmente quer isso. Temos uma missão, Konoha não pode continuar como está. Porém a minha vontade não se resume só a fazer de Jouichirou-sama o líder ou conseguir o melhor para Konoha; acho que eu não teria ido tão longe naquela batalha se tivesse outro companheiro ao meu lado. Me arrisquei bastante ali, mas isso não é nada perto do que vou fazer daqui pra frente, na guerra de verdade. Ainda pretendo provar o meu valor e a minha confiança a todos. Talvez o pessoal daqui ainda não confie plenamente em mim, mas eu confio em vocês, principalmente em vocês dois que estão aqui.

O Sarutobi deixou um escapar um sorriso bobo quando ouviu as palavras de seu aliado; cruzando os braços, recostou-se no assento e relaxou os músculos. Não queria acordar seu pai, mas ao mesmo tempo, não queria deixar aquele tópico morrer: —  Ara! Bom, se confia tanto em nós, é um bom começo tirar essa máscara, pra variar, e me dar um nome que não seja seu codinome da ANBU. Até aqui ficou óbvio que você é uma Yamanaka, mas fora isso, eu não sei absolutamente nada sobre você, enquanto você sabe tudo e mais um pouco sobre mim. Parece meio unilateral, cara! Me dá uma colher de chá.  — Concluiu. A raposa fitou novamente o rosto de seu pai - seria bom se ele estivesse acordado para aquela conversa, ele pensou, como num desejo distante.

Hirei olhou para o companheiro por alguns segundos, como quem hesitava para começar a responder. Entretanto, quando o fez, pareceu falar com o tom mais natural possível, como se não tivesse de fato problema algum em lidar com aquela situação. — Ok ok ok... Hum, você parece que realmente não quer mudar de assunto. Acho justo, mas não quero acordar o seu pai, ele está em uma situação crítica e odiaria interromper o descanso dele; embora eu vá fazer o mesmo pra ele depois. Vamos, me siga. — Ao finalizar, saiu do quarto, independente de Hakuro segui-lo ou não. Parecia extremamente confiante de que o seu companheiro o seguiria.

Com um suspiro, Hakuro se levantou da cadeira e encolheu os ombros em sinal de "tanto faz". Ele acompanhou o aliado até certo ponto, embora não sem antes retrucar: —  É só porque você parece muito querer mudar. Raposas são curiosas.

— Hakuro...? — Foi somente Hirei deixar o quarto para o Sarutobi ouvir a voz de seu pai. Fraca, rouca e sonolenta, tal como sua face cansada, cujos olhos se abriam pouco e com dificuldade. — Já está indo embora? Queria conversar com você alguns instantes, enquanto eu ainda estou acordado... Esses remédios são realmente pesados. — com dificuldade, Jouichirou se apoiou com os braços, movendo-se para cima até conseguir ficar sentado, encostando-se na cabeceira da cama.

Os olhos do Sarutobi se arregalaram em surpresa com o despertar de seu pai. Com um sorriso enorme, o rapaz se virou antes de sair do cômodo e acenou com a mão, alegre: —  Ainda bem que você tá bem, fiquei preocupado de morrer de diabetes ou alguma coisa assim.  — Apesar da brincadeira, era óbvia a felicidade no rosto de Hakuro - seu pai, junto de Chiharu, constituíam literalmente todo o seu círculo familiar. Em sequência, apontou para trás com o polegar, em direção a Hirei: —  E acordou em boa hora. Hirei-chan estava prestes a me contar quem ele é de verdade e tirar essa máscara da cara. Aposto que ele é bonitão, pelo menos assim a gente arruma um casamento pra ele também. Além disso, você tem a sua política de conhecer o rosto dos seus subordinados e ele ainda não seguiu a regra. Ôi, Hirei-chan, volta aqui!

Hirei voltou ao chamado do colega. Quando o fez, aproximou-se dos dois, como quem iria começar um discurso. Suspirando pesado, iniciou: — Bem, eu tentei... A verdade é que eu não queria me revelar porque tenho minha fama em Konoha. Meu nome é Yamanaka Inozaki. Sou conhecido e provavelmente procurado na vila da Folha por estuprar a irmã de Keisei. Pronto, falei. — Ao terminar, retirou a máscara e olhou fixamente para os dois ali presentes.

—  Pfff... Cara, Keisei é tão dissimulado que se ele disser que comeu pão com manteiga eu suspeito que foi com requeijão. Hir-... Inozaki-chan, basta agora ouvir de você se isso é verdade ou não.  — concluiu. Observando melhor o rosto de seu aliado, parecia estranhamente analisá-lo em detalhe. Em sua cabeça, cogitava se havia alguém para casar com o rapaz - embora ganhar vantagem política casando um suspeito de estupro fosse difícil.

Ao ouvir a fala direta e clara de Hirei, ainda mais pelo conteúdo da mesma e pelo rosto que lhe aparentava por trás da máscara, Jouichirou não conseguiu evitar a surpresa, que foi tamanha que pareceu agir como uma injeção de cafeína, despertando-o no mesmo ato. O líder ainda esfregou o rosto com mão direita, ou por ainda estar de fato cansado, ou para ter a certeza de que realmente via e ouvia o que acabara de suceder. Respirou fundo e fitou o agora conhecido rosto de Yamanaka Inozaki. Mesmo ouvindo a reação inusitada de seu filho, Jouichirou não esboçou mais reações. Já estava acostumado com o jeito de Hakuro. E antes de Inozaki finalmente responder, se adiantou, tomando a fala para si. — Yamanaka Inozaki... Realmente... Eu tenho mantido contato com alguns poucos aliados em Konoha, e essa notícia veio ao meu conhecimento. De fato não sei em que circunstâncias esse tal estupro ocorreu... ou não ocorreu... Só não imaginava que você estivesse justamente aqui, sob meu nariz... E agora me pergunto: "o que fazer?"

—  Não é uma pergunta tão difícil de responder, pai. Se alguém se dispõe a enfrentar uma Kyuubi ao seu lado, acho que é mais que justo acreditar que ele realmente quer estar onde está, ou no mínimo tem razões extremamente fortes para estar lá. Acho que se o estupro fosse real, haveriam provas suficientes para condená-lo e nesse ponto ele não estaria aqui, justo onde tem outra facção de Konoha ... estaria, sei lá, há mil milhas pescando caranguejo em Kiri ou comendo areia em Suna. Enfim ... não sou particularmente a favor de estupro, mas até onde sei, isso não importa pra situação atual. O mais importante é em que circunstancia ele chegou até nós e porquê. —  Concluiu, de braços cruzados desta vez.

Hirei surpreendeu-se com a reação de Hakuro, mas só por alguns instantes. Após isso, deu-se conta de que qualquer outra forma de agir vinda dele seria sim de fato a verdadeira surpresa. A resposta de Jouichirou, entretanto, foi a mais esperada possível. Como tal, sentiu-se na necessidade de voltar a falar: — Bem, eu não sou culpado, inclusive gosto muito dela e se algum dia cruzarem com ela, ela dirá isso. Não acho que eu dizer isto adiantará de algo, podem muito bem dizer que eu estou mentindo, assim como todos fizeram até agora. Não acho que as circunstâncias venham ao caso, afinal tudo que eu disser pode ser duvidado. Eu gostaria muito de provar o quão fiel sou a vocês; por isso escondi o meu rosto para somente revelar a verdade quando tivesse provado quem eu sou realmente, e não o que me acusam ser. Saiba que qualquer atitude que você tomar, Jouichirou-sama, não receberá resistência de minha parte. Só estando aqui, no lado certo, é o suficiente. Você não se lembra, mas fui eu que tentou parar o seu sangramento na situação mais crítica, assim como o afastei da batalha quando estava prestes a morrer. Só gostaria de dizer que faria isso de novo, mesmo que resolva me prender ou algo do tipo. O que decidir fazer comigo eu irei apoiar.

Jouichirou ouviu a defesa de Hakuro, e depois todas as explicações e motivos que Inozaki poderia dar, tudo em silêncio e sem tirar os olhos do Yamanaka. Não esperou muito, e após os dois jovens falaram, externou seu pensamento, e sua decisão. — Você sabe, Inozaki, que fui líder da Anbu desde que o saudoso Tatsunori-sama era Hokage. Foi ele que me deu esse posto, do qual cuidei da melhor forma que pude. Dei minha vida pela organização... E na função de líder, já passei por situações que você sequer poderia imaginar, e lidei com todo o tipo de pessoa. E uma coisa eu posso afirmar com toda a certeza. — Jouichirou pausou, enquanto se ajeitava novamente na cama. No movimento, mesmo cauteloso, deixou escapar uma leve expressão de dor. Os analgésicos pareciam estar perdendo o efeito. — Como dizia... Eu posso afirmar com certeza: sei reconhecer um estuprador quando vejo, e você não é um. — mesmo fazendo uma análise positiva do ninja, Jouichirou não mudava sua expressão séria. A situação assim pedia. — E olhando outro lado... Você poderia ter me matado assim que quisesse. Não faltaram oportunidades. Poderia ter feito o mesmo com Hakuro também, e ao contrário você ajudou nós dois. Por isso, de antemão, sou-lhe grato. — disse, fazendo um leve aceno com a cabeça. — Por fim... Eu não poderia fazer nada contigo, ainda que quisesse. Você pode estar sendo procurado por Konoha pelo suposto crime de estupro... Mas eu não represento Konoha... Pelo menos não a Konoha que lhe procura. Então... Desde que seja o aliado que tem sido até então, é bem-vindo... Quando a situação normalizar na nossa Vila, a gente pensa sobre o caso do estupro. Estamos de acordo?


Última edição por Fësant em Qua 05 Abr 2017, 02:04, editado 3 vez(es)
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Episódio 42 | Planos para o Retorno Empty Re: Episódio 42 | Planos para o Retorno

Mensagem  Fesant Qua 05 Abr 2017, 00:01

Inozaki suspirou, como quem tivesse se livrado de um problema gigantesco. Colocou a máscara de volta, afinal ainda gostaria de esconder a sua identidade de todos os demais. — Estamos sim. É uma honra estar ao vosso lado e pretendo continuar assim por quanto tempo puder. — Virando-se para Hakuro, pareceu ficar imóvel por uns instantes, como se procurasse a forma apropriada de agradece-lo. E assim o fez: — Err... Valeu, Hakuro! — Por final permaneceu em silêncio, como se esperasse que os outros dois dessem sequência à conversa, caso quisessem. Ainda haviam que discutir o que fazer dali pra frente, ainda mais com o casamento chegando.

— Bem... resolvido este assunto, vamos para algo mais importante: Konoha. — falou Jouichirou, que aparentava estar cada vez mais incomodado com as dores — Graças a vocês, tudo tem caminhado bem. Conseguimos uma aliança com Iwa e vamos poder retornar à Konoha... recuperar a vila tal como era... tal como Tatsunori-senpai a queria. Sobre o casamento... Ele será realizado em dois dias. E somente porque precisaremos desse tempo para nos organizar. Infelizmente não haverá uma festa... isso ficará para quando sairmos vitoriosos. O Tsuchikage-sama está realizando os preparativos que são de sua pauta enquanto eu ainda não posso sair daqui. Felizmente, o fato de termos lutado sozinhos por um tempo contra aquela Kyuubi fez os moradores de Iwa que viam Konoha com maus olhos mudarem a concepção. E isso incluiu o Conselho de Anciãos daqui e demais lideranças. Resumindo, tudo está indo melhor que o esperado. — Jouichirou fez uma pequena pausa, levando mão direita até o ferimento no abdômen, respirando fundo antes de prosseguir. — O único problema que havia era quem assumiria o posto de Hokage quando retornássemos. Hakuro bem sabe que eu não almejo isso. Nunca almejei, e somente o faria se não houvesse outra solução. Mas algo de surpreendente aconteceu: Zenzaki deixou de se esconder e vai se juntar a nós. — ao falar aquele nome, rostos de interrogação se sobrepuseram a Hakuro e Inozaki, afinal nenhum dos dois sabia de quem Jouichirou estava falando. Hakuro, entretanto, tinha a impressão de já ter ouvido este nome antes, mas sua memória lhe falhava em lembrar onde e quando.

— Perdão... falei como vocês já soubessem de quem estou falando. Me refiro a Sarutobi Zenzaki, o filho de Tatsunori que supostamente morreu na guerra contra Kiri há 10 anos. Ele esteve escondido em Iwa durante esse tempo e mantinha contato comigo e com o Sandaime. Depois dos incidentes em Kiri ele preferiu não voltar para Konoha... Mas essa parte da história é longa. O fato é que ele não queria qualquer conta com a Folha, e quando o Sandaime foi assassinado isso se agravou... Eu tentei entrar em contato com ele logo depois que atentaram contra Tatsunori-sama, quando ele ainda estava vivo... mas minha mensagem foi interceptada pelos irmãos Kurogane... Enfim, parece que alguém o convenceu. Embora ele tenha passado todo esse tempo exilado e com a identidade oculta, não há pessoa melhor para seguir o legado de Tatsunori, senão seu próprio filho. Eu próprio cheguei a sugerir isso ao Sandaime, mas ele recusou a ideia, em respeito ao filho.

Hirei ouviu atenciosamente as palavras de Jouichirou, sem parecer se preocupar muito com a decisão. A ideia de o filho do Sandaime estar do seu lado, entretanto, parecia ser um fator decisivo para a vitória do grupo. — Realmente nunca havia ouvido falar dele. É bom ter o filho do Sandaime-sama com a gente. Sinto que temos muito mais chances agora. Uma pena esses irmãos Kurogane em questão terem interceptado a mensagem na época, sinto que tudo seria diferente hoje caso não o tivessem feito.

—  Ahhh!  — Exclamou Hakuro, surpreso, ao passo que seu dedo indicador apontou para o alto como se lembrasse de alguma coisa. De fato, ele não sabia muito sobre Zenzaki, mas o nome lhe era familiar por serem nobres da mesma família. Por um instante, tudo pareceu um tanto quanto positivo - se esse homem realmente tomasse o posto, seu pai poderia voltar para a função de líder da ANBU, embora seu acordo com o sogro tivesse sido diferente. Descruzando os braços, Hakuro permaneceu pensativo por alguns instantes e tomou a fala: —  Ouvi dizer que o irmão mais velho era um galã de primeiro nível. Enfim... a presença de Zenzaki ajuda, mas ainda não faço ideia de como retomaremos Konoha. À força parece ser a única opção, mas também a mais perigosa, pois garantir a aliança das lideranças será difícil a menos que haja uma completa reforma política. Em todo caso, onde tá esse cara?! Ele poderia ter ajudado contra a Kyuubi!

— Ele deve chegar em breve. — começou a responder Jouichirou, já se ajeitando para voltar a se deitar. — Como vocês sabem, boa parte das lideranças de Iwa ainda nutriam revanchismo contra Konoha. Eles só toleravam Zenzaki aqui porque ele ajudou a vila na formação de novos ninjas por alguns anos, então eles tem meio que uma dívida com eles. Contudo, quando eu vim para o País da Terra também, eles não toleraram, e então enviaram alguns ninjas para nos expulsar, como você bem sabe, e também para expulsar Zenzaki. Ele havia acabado de tomar a decisão de nos apoiar, e nem sabia das movimentações de Masayoshi... muito menos da outra Kyuubi. Mas agora tudo está se ajeitando, ele logo estará aqui. — neste ponto, Jouichirou já estava completamente deitado. As dores estavam fortes demais, até para o veterano líder. — E sim, Hakuro. Teremos que recuperar Konoha à força... não há outra alternativa. E não será fácil: na melhor das hipóteses, há todo o clã Senju, Hyuuga e Uchiha contra nós. Sem contar a Anbu sob o comando de Masayoshi... Gin está trabalhando internamente para conseguirmos aliados lá dentro. Tomara que consiga, mas não podemos nos confiar nisso... Será uma batalha dura, mas necessária. Konoha não ficará nas mãos daqueles que mataram o Sandaime... Não permitiremos isso!

—  Hmm... É complicado, realmente. O que importa é que sobrevivemos, e tudo está sendo encaminhado. Ao menos Konoha está sem Jinchuuriki agora, o que me lembra... uma moça estranha esteve envolvida na batalha e foi a culpada pela morte de nossos companheiros. Ela usava Genjutsu pra fazerem com que se suicidassem andando contra a Kyuubi distraídos. O sogro-san capturou o Jinchuuriki em si, mas não a moça ... também haviam outros caras que pelo visto eram parte da equipe de queima de arquivos, mas não conseguiram pegar a falsa Kyuubi a tempo. Preciso ver com o Tsuchikage se já houve um interrogatório e então retornarei para contá-lo sobre os detalhes, pai. —  Concluiu, levantando-se da cadeira. Inozaki provavelmente o acompanharia, então o esperou também. Com uma despedida e um desejo de boa melhora, Hakuro logo partiria para o trabalho, que estava longe de terminar.

— Fico grato por isso, Hakuro... — disse Jouichirou, já com pouca força na voz. — Ainda não estou podendo cuidar de assuntos importantes... mas fico feliz que pudemos conversar... Ah! Que bom que já chegou. Não suportava mais essa dor... — Disse ele assim que viu uma enfermeira entrar, calma e sorridente. Ao que parecia, era chegada a hora dos remédios do tratamento. — Bem... vejo vocês mais tarde...

A dupla então deixou o quarto, com assuntos resolvidos, e esperanças renovadas. Quando chegaram em Iwa, somente tinham incertezas, dúvidas e a raiva de estarem naquela posição. Agora, estavam a poucos passos de iniciar o contragolpe. Logo-logo, voltariam à Vila Oculta da Folha, para a última e verdadeira batalha...


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